Tumor de Warthin
Tumor de Warthin, Cistoadenoma linfomatoso papilar ou Cistoadenolinfoma é um tipo de tumor benigno das glândulas salivares. Cresce lentamente como uma massa firme e indolor na bochecha. Seu nome é uma homenagem ao patologista Aldred Scott Warthin, que descreveu dois casos desse tumor em 1929.[1] CausasSua etiologia é desconhecida, mas sabe-se que há uma forte associação com o tabagismo. Fumantes possuem 8,3 vezes mais chances de desenvolver o tumor, em comparação com a população não-fumante e a maioria fumou por mais de 20 anos.[2] Estudos indicam que exposição à radiação e distúrbios auto-imunes também podem estar associados ao tumor de Warthin.[3] Sinais e sintomasA glândula salivar afetada cresce lentamente como uma massa indolor firme e palpável. A glândula parótida é afetada em quase 90% dos casos e aocrescer pode comprimir o nervo facial causando paralisia de Bell. Em 5-14% dos casos o tumor é bilateral e em 12 a 20% dos casos os tumores são multíplos. Os tumores podem aparecer em momentos diferentes, afetar diferentes glândulas e ter tamanhos diferentes.[4] DiagnósticoO diagnóstico é feito analisando a biópsia da glândula salivar afetada. Estes tumores são lesões bem encapsuladas com áreas císticas e sólidas. As células epiteliais oncocíticas estao dispostas em camadas duplas, que formam cistos, projeções papilares e tecido linfóide, muitas vezes com centros germinativos. O perfil imune dos linfócitos é semelhante ao dos linfonodos normais ou reativos.[5] EpidemiologiaO tumor de Warthin geralmente aparece entre os 50 e os 70 anos. É 3 a 10 vezes mais comum em homens. O seu crescimento é lento, indolor e geralmente aparece na cauda da glândula parótida próximo ao ângulo da mandíbula. Embora muito menos provável de ocorrer que um adenoma pleomórfico, o tumor de Warthin é o segundo tumor mais comum de glândula parótida. É muito improvável que um tumor de Warthin se torne maligno.[6] TratamentoEnquanto o tumor não causar muito incômodo é possivel esperar para tratá-lo com remoção cirúrgica. As recidivas são raras, ocorrendo em 2% dos casos.[7] Imagens adicionais
Referências
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