Mixoma odontogênicoO mixoma odontogênico é um tumor odontogênico benigno raro que tem origem da parte mesenquimal do germe dentário, imitando a polpa e o folículo dentário.[1][2][3] São localmente agressivos e infiltrativos, com alta taxa de recidiva.[2][3] Sinais e sintomasO mixoma odontogênico se apresenta como um tumor de crescimento lento, assintomático, causando expansão da cortical óssea e chegando a causar assimetria facial.[2][3] Casos sintomáticos podem apresentar[3]: Aspectos radiográficos e histológicosRadiograficamente, é uma lesão sempre radiolúcida, uni ou multilocular, que pode ser bem delimitada ou difusa. Nas lesões multiloculares, observa-se presença de septos ósseos em padrão de bolha de sabão (favo de mel) ou de raquete de tênis.[3]
Histologicamente, é uma lesão não encapsulada, constituída de substância mixomatoide (tecido conjuntivo frouxo pouco celularizado).[3] É composto por células esféricas, fusiformes ou estreladas em um estroma tumoral mixoide, com poucos fibroblastos benignos e miofibroblastos, e quantidade variável de fibras colágenas. Seu aspecto é semelhante ao da papila dentária.[1][3]
EpidemiologiaO mixoma odontogênico é raro, e representa de 3 a 5,1% de todos os tumores odontogênicos.[2] Afeta mulheres ligeiramente mais que homens (1,5:1), e é mais comum na segunda e terceira décadas de vida.[2] Afeta mais a mandíbula do que a maxila (3:1).[2] DiagnósticoAlém do exame clínico, exames de imagem como radiografias panorâmicas e tomografias computadorizadas são utilizadas para fins diagnósticos e planejamento cirúrgico.[2][3] A biópsia é obrigatória para confirmação do diagnóstico.[3] Diagnósticos diferenciais do mixoma odontogênico incluem[2][3]:
Prognóstico e tratamentoPossui alta taxa de recidiva, entre 7 e 8,4%.[2] A ressecção radical do tumor, com margem de segurança de 1,5 a 2 cm, é recomendada para evitar recidiva, ainda que a transformação maligna seja improvável.[3] Em casos de tumores menores, a ressecção mais conservadora é possível.[3] Outras técnicas como a curetagem são utilizadas, com menor taxa de sucesso.[3] Referências
Bibliografia
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