Síndrome de Papillon-Lefevre
A Síndrome de Papillon-Lefevre é uma doença genética autossómica recessiva[1] causada pela deficiência em catepsina C.[2] Em 1924, Papillon e Lefèvre descreveram inicialmente a síndrome que levou seus nomes. Esta desordem autossômica recessiva demonstra predominantemente manifestações orais e dermatológicas; alterações dermatológicas semelhantes podem ser observadas na ausência de achados orais (síndrome ceratoderma palmoplantar de UnnaThost e doença de Meleda). Devido ao padrão de herança autossômica recessiva, os pais tipicamente não são afetados; consanguinidade é encontrada em cerca de um terço dos casos. A característica oral predominante é uma periodontite acelerada que parece ser causada por defeitos na função dos neutrófilos e múltiplos mecanismos imunomediados. Estudos genéticos de pacientes com a síndrome de Papillon-Lefèvre mapearam o principal lócus do gene no cromossomo 11q14-q21 e revelaram mutação e perda da função do gene da catepsina C. Este gene é importante no crescimento estrutural e desenvolvimento da pele e é fundamental para a resposta imune apropriada das células mieloides e linfoides. Pesquisadores acreditam que a perda da função adequada do gene da catepsina C resulta em uma resposta imune alterada a infecção. Além disso, o gene alterado pode afetar a integridade do epitélio juncional que circunda o dente. A síndrome de Papillon-Lefèvre exibe uma prevalência de um a quatro casos por milhão de pessoas na população e acredita-se que existam de 2 a 4 portadores para cada mil pessoas. Na maioria dos casos, as manifestações dermato- lógicas tornam-se clinicamente evidentes nos primeiros 3 anos de vida. Há o desenvolvimento de ceratose palmoplantar transgressiva e difusa (primeiro ocorre nas palmas e nas solas e então se espalha para o dorso das mãos e dos pés), com relatos ocasionais de hiperceratose folicular difusa, distrofia ungueal, hiperidrose e ceratose nos cotovelos e joelhos.
SintomasA Síndrome de Papillon-Lefevre é caracterizado por periodontite e queratoderma palmoplantar.[3] A destruição severa das regiões periodontais resulta na perda da maioria dos dentes primários por volta do quarto ano de vida e perda da maioria dos dentes definitivos aos quatorze anos. A hiperqueratose das palmas das mãos e sola dos pés aparece nos primeiros anos de vida. As manifestações orais consistem em periodontite muito avançada, que é vista tanto na dentição decídua como na permanente e que se desenvolve tão logo os dentes erupcionam. Uma gengivite hiperplásica e hemorrágica intensa é observada. Uma perda rápida da inserção ocorre, com os dentes perdendo precocemente o suporte ósseo e com aparência radiográfica como se flutuassem nos tecidos moles. Tratamento
EpónimoA doença é nomeada devido a M. M. Papillon e Paul Lefèvre.[5][6] Referências
Ligações externas
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