Mendonça Filho (político)José Mendonça Bezerra Filho GCRB • GCME • GOMA (Recife, 12 de junho de 1966) é um administrador e político brasileiro filiado ao União Brasil (UNIÃO). Atualmente é deputado federal. Foi ministro da Educação durante o governo Michel Temer. Por Pernambuco, foi governador, deputado federal durante três mandatos anteriores e deputado estadual em duas ocasiões. Consultor na área de educação e gestão pública, atualmente é consultor da Fundação Lemann[6] e da Unesco.[7] Família e educaçãoNasceu no Recife e passou a infância e a adolescência entre a capital e Belo Jardim, terra natal de seus pais e município onde iniciou a carreira política. Filho de Estefânia Maria Nazaré de Moura Bezerra e do ex-deputado federal José Mendonça Bezerra, falecido em 2011,[8] é o segundo filho de uma família de seis irmãos. É Casado com Taciana Vilaça Mendonça, filha do ex-ministro Marcos Vilaça, com quem tem 3 filhos, José, Ilanna e Vinícius.[9] Estudou na Escola Parque,[10] considerada uma instituição de formação de esquerda. Formou-se em Administração de Empresas pela Universidade de Pernambuco e fez o curso de Gestão Pública pela Kennedy School, Escola de Governo da Universidade de Harvard (EUA). Carreira políticaTem experiência em diversos cargos e funções públicas, tanto no Poder Legislativo, como no Executivo. Foi deputado estadual,[11] secretário de Estado, secretário de Estado,[12] vice-governador do Estado de Pernambuco nas duas gestões do governador Jarbas Vasconcelos (1999-2003/ 2003-2006), governador, deputado federal por três mandatos e ministro da Educação.[13] Deputado estadualComeçou a vida pública aos 20 anos filiando-se ao PFL e sendo eleito o deputado estadual mais novo nas eleições de 1986. Foi Deputado Constituinte e contribuiu para a elaboração da Constituição de Pernambuco, em 1989.[14][15] Secretário de AgriculturaComo secretário de Agricultura, no Governo de Joaquim Francisco (1991/1995),[16] criou o Programa Água Para Todos para construção de adutoras no Estado e o “Terra e Comida”, um programa de reforma agrária feito pelo Governo do Estado com a distribuição de 13.000 títulos de terra para agricultores da zona canavieira em troca de dívida de usineiros.[17] Deputado federalComo deputado federal foi reconhecido pela Revista Veja e pelo DIAP como um dos parlamentares mais atuantes do País.[18] Foi autor do projeto que prorrogou o prazo dos benefícios da Lei de Informática até 2029;[19] Coordenador do Comitê Pró impeachment,[20] Mendonça Filho teve atuação destacada no processo que levou ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Em março de 1995, Mendonça Filho foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1] Na Câmara dos Deputados, participou de várias comissões, destacando-se como presidente da Comissão Especial de Reforma Política e Eleitoral. O seu mandato ficou marcado pela emenda constitucional que recebeu seu nome e permitiu a reeleição para presidente, governadores e prefeitos. O que ocasionou a reeleição de FHC e do vice Marco Maciel, aliados de Mendonça. Em 1998, disputou o governo de Pernambuco como vice na chapa encabeçada por Jarbas Vasconcelos (PMDB). Vice-governadorAssumiu como vice-governador em janeiro de 1999, ao lado do governador Jarbas Vasconcelos. Foi o principal executivo do Governo Jarbas/Mendonça tendo coordenado a atração de investimentos como a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul, a ampliação e consolidação do Porto de Suape, programas como Águas de Pernambuco, Estradas para o Desenvolvimento, a implantação dos Centros de Ensino Experimental (Escolas em Tempo Integral) e do Porto Digital. Foi secretário-executivo do Pacto 21, um conselho formado por empresários, intelectuais e universidades para discutir projetos estruturadores para impulsionar o desenvolvimento econômico e social de Pernambuco. Coordenou o processo de privatização da CELPE, iniciado ainda no governo de Miguel Arraes, em que o então Governador Eduardo Campos era o Secretário da Fazenda. GovernadorEm abril de 2006 assumiu o Governo de Pernambuco em substituição a Jarbas Vasconcelos, que deixou o cargo para disputar uma vaga de senador da República. Entre os projetos criados na gestão Mendonça Filho estão o Universidade Democrática, que garantiu gratuitamente o acesso de jovens da rede pública estadual à Universidade de Pernambuco, o Jovem Campeão, com construção de quadras poliesportivas nas escolas da rede estadual e o Ação Integrada pela Segurança, para promover a juventude, estimular a cidadania e aumentar a segurança no Estado com um conjunto de ações de prevenção e repressão policial. Ministro da EducaçãoA gestão de Mendonça Filho à frente do Ministério da Educação promoveu um conjunto de mudanças estruturais visando dar um salto de qualidade na educação nos próximos anos, como a reforma do ensino médio,[21] e a homologação da primeira Base Nacional Comum Curricular da educação básica no País.[22] Quando assumiu o MEC, em maio de 2016,[23] o diagnóstico dos especialistas e os indicadores de ensino nacionais como o IDEB[24] e ANA[25] e internacionais como o PISA mostravam uma realidade dura. Os principais gargalos na educação eram alfabetização inadequada, a aprendizagem ruim de nossos jovens e as dificuldades na formação do professor. Mendonça lançou várias ações para enfrentar essa realidade como a política nacional de alfabetização,[26] a política nacional de escolas em tempo integral,[27] a reforma do ensino médio,[28] a política de formação de professores,[29] que teve como carro chefe o programa residência pedagógica.[30] Sua gestão foi marcada por polêmicas como a audiência concedida ao ex-ator pornô Alexandre Frota[31] e a tentativa de censura à disciplina do professor Luis Felipe Miguel intitulada "O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil".[32] Ele também juntamente com o CFM, suspendeu a criação de curso de medicina no Brasil por 5 anos, por mais que o Brasil tenha um dos menores índices mundiais de médicos para sua população[33], mal distribuidos "A taxa das 27 capitais é de 5,07 médicos por mil habitantes. No Interior do País, esse índice é 1,28, ou seja, 3,9 vezes menor"[34], gerando preços exorbitantes em custo deste curso nas faculdades[35] , dados conflitantes do IBGE[36], entre outras consequências: [37]
Assumiu a presidência pro tempore do setor educacional do Mercosul (jun a dez 2017), durante a 50ª Reunião de Ministros de Educação do Mercosul (RME), em Buenos Aires, em junho de 2017.[38] O Brasil assumiu o posto – que estava com os argentinos – sugerindo a implementação de um sistema comum de avaliação de indicadores de qualidade para a educação básica.[39] Deixou o ministério em 6 de abril de 2018.[40] CandidaturasDisputou a reeleição em 2006 pelo cargo de governador, vencendo o primeiro turno com quase 40% dos votos, porém, perde o 2 turno com a união dos opositores.[41] Candidatou-se a prefeitura do Recife na eleição municipal de 2008, obtendo o segundo lugar, voltou a ser candidato na eleição municipal de 2012, obtendo o quarto lugar.[42][43] Nas eleições de 2018, após ter sido cotado como possível candidato a vice na chapa de Geraldo Alckmin para a Presidência da República,[44] foi um dos candidatos ao Senado Federal por Pernambuco, pela coligação oposicionista. Após uma campanha acirrada em que chegou a aparecer como um dos favoritos em pesquisas,[45] ficou em terceiro lugar na disputa com 19,58%, sendo derrotado por Humberto Costa e Jarbas Vasconcelos, ambos eleitos na ocasião.[46] Nas eleições municipais de 2020, Mendonça Filho foi candidato a prefeito da coligação "Recife acima de tudo" (PSDB/PTB/PL/DEM), com Priscila Krause como vice. Dentre as principais doações para sua campanha, o Diretório Nacional do Democratas enviou mais de 3,8 milhões de reais e o empresário Salim Mattar Júnior doou 200 mil reais.[47] Ao final, o candidato recebeu 25,11% dos votos válidos no primeiro turno e, em razão de uma diferença inferior a 23 mil votos, não conseguiu ficar entre os dois mais votados (João Campos e Marília Arraes).[48] Premiações
Livros
Referências
Ligações externas
|
Portal di Ensiklopedia Dunia