Clóvis Salgado da Gama
Clóvis Salgado da Gama (Leopoldina, 20 de janeiro de 1906 — Belo Horizonte, 25 de julho de 1978) foi um médico, professor e político brasileiro. Foi governador de Minas Gerais e ministro da Educação e Cultura. Era membro do Partido Republicano (PR), que existiu entre 1945 a 1965, quando o PR foi extinto pela Ditadura militar brasileira, por intermédio do AI-2.[1] BiografiaNasceu em Leopoldina, Minas Gerais, onde iniciou seus estudos no Grupo Escolar Ribeiro Junqueira. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1929.[2] Começou suas atividades políticas ao regressar a Leopoldina e fundar o jornal Nova Fase. Ingressou na Aliança Liberal em 1930, apoiando a candidatura de Getúlio Vargas à presidência da República. Após a Revolução de 1930, manteve-se na ala do Partido Republicano Mineiro ligada ao ex-presidente Artur Bernardes e contrária ao presidente Vargas. Após a instauração do Estado Novo em 1937, Clóvis Salgado dedicou-se ao magistério, lecionando na Faculdade Nacional de Medicina e na Universidade de Minas Gerais. Em 1942 ajudou a organizar a Cruz Vermelha em Minas Gerais. Em 1944 foi diretor do Hospital das Clínicas da Universidade de Minas Gerais, do qual se afastou em 1954 ao integrar o Conselho Federal de Educação. Vida PolíticaEm 1950, Clóvis Salgado foi eleito vice-governador de Minas Gerais pelo Partido Republicano (PR), em chapa formada com Juscelino Kubitschek, eleito governador pelo PSD. Assumiu o governo mineiro em 31 de março de 1955, quando Juscelino renunciou ao mandato para disputar a presidência da República. Com a vitória de Juscelino, Clóvis Salgado tornou-se seu ministro da Educação e Cultura, cargo que ocupou em três ocasiões.[2] Como governador, criou o Conservatório Estadual de Música, o Departamento de Saúde Pública e o Departamento Social do Menor e iniciou a construção do Hospital do Câncer e da Escola de Saúde Pública. Como ministro da Educação, criou o Teatro Nacional de Comédia e o Museu Villa-Lobos e participou da elaboração da Universidade de Brasília. Clóvis Salgado foi novamente vice-governador de Minas Gerais de 1961 e 1966, período em que José de Magalhães Pinto era o governador. Apoiou o Golpe Militar de 1964, filiando-se posteriormente à Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Entre 1967 e 1971, foi secretário da Saúde no mandato do governador Israel Pinheiro. Foi um dos idealizadores do Palácio das Artes de Belo Horizonte, inaugurado em 1971. Criou o Teatro Marília e presidiu a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.[3] Em 1973 tornou-se diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, permanecendo no cargo até 1976. Morreu em 1978 em Belo Horizonte. É patrono da cadeira 5 da Academia Leopoldinense de Letras e Artes.[4] Foi eleito membro da Academia Nacional de Medicina em 1960, sucedendo Mauricio Gudin na cadeira 37, que tem José Alves Maurity Santos como patrono.[5] Condecorações
Referências
Ligações externas
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