Márcio França
Márcio Luiz França Gomes (Santos, 23 de junho de 1963) é um político e advogado brasileiro, filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e atual ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.[2] Foi governador do estado de São Paulo de 2018 a 2019, tendo sido vice-governador de 2015 a 2018 e assumido o governo após a renúncia do titular, Geraldo Alckmin. Exerceu também o cargo de ministro dos Portos e Aeroportos em 2023.[3] Graduou-se em direito pela Universidade Católica de Santos e presidiu o diretório acadêmico da instituição. Trabalhou como oficial de justiça do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo entre 1983 e 1992. Em 1986, casou-se com Lúcia, com quem teve dois filhos, incluindo o deputado Caio. Em 1988, ingressou no PSB, o único partido político ao qual foi filiado desde então. Em 1989, assumiu o cargo de vereador de São Vicente, cidade da qual foi eleito prefeito em 1996 e reeleito em 2000, com 93% dos votos válidos. Em 2006, elegeu-se deputado federal, reelegendo-se em 2010. Em 2011, foi nomeado secretário de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Em 2014, França foi eleito vice-governador na chapa de Alckmin. Após a posse, assumiu também a função de secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. Quando Alckmin renunciou para concorrer à presidência da República em abril de 2018, França foi empossado governador. Candidatou-se à reeleição e recebeu 21,5% dos votos válidos no primeiro turno e 48,25% dos votos válidos no segundo turno das eleições de 2018, perdendo para seu adversário João Doria (PSDB). Nas eleições de 2022, foi candidato a senador por São Paulo, ficando em segundo lugar na disputa, atrás de Marcos Pontes (PL). Início de vida, família, educação e carreiraMárcio França nasceu em 23 de junho de 1963 em Santos, litoral de São Paulo, sendo filho do médico Luís Gonzaga de Oliveira Gomes e de Myrtes Giani França Gomes.[3][4][5] França interessou-se pela política ainda no ensino básico, como estudante da EE Martim Afonso, em São Vicente, quando integrou o Movimento da Unidade Popular (MUP).[5] Em 1982, França ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santos, concluindo sua graduação em 1986.[4] Ainda na faculdade, elegeu-se presidente do diretório acadêmico da universidade, o Centro Acadêmico Alexandre Gusmão.[5][6][7] Deu prosseguimento aos estudos fazendo pós-graduação em direito administrativo e constitucional.[4] Entre 1983 e 1992, França trabalhou como oficial de justiça na Comarca de São Vicente.[4] Também exerceu a advocacia.[8] Em 1986, casou-se com a professora Lúcia, com quem teve dois filhos: Helena, pedagoga; e Caio, advogado e deputado estadual.[9] Carreira políticaEm São VicenteEm 1988, França filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), o único partido político em que esteve filiado.[10] Naquele ano, elegeu-se vereador com São Vicente em 472 votos, reelegendo-se em 1992 com 1 082 votos.[11] Em 1996, foi eleito prefeito da cidade com 44,3% dos votos válidos.[11][12] Durante seu mandato, focou na área social, buscando incentivar o turismo e a criação de empregos, além de realizar obras de infraestrutura e ações culturais. França criou o projeto Jovens no Exercício do Programa de Orientação Municipal, um programa de alistamento civil que oferecia o primeiro emprego para jovens de 18 anos em condições de vulnerabilidade.[11] Em 2000, reelegeu-se prefeito com 93,1% dos votos. Ao deixar o cargo, elegeu seu sucessor com 84% dos votos.[11][13] Deputado federalFrança foi eleito deputado federal na eleição de 2006 com 215 mil votos (1,04%), o nono mais votado do estado e o segundo do PSB em todo o país, atrás apenas de Ciro Gomes.[14][15] Na Câmara dos Deputados, foi escolhido como líder do PSB e de um bloco formado por deputados filiados a PCdoB, PDT, PAN, PMN e PHS, além do PSB.[16] Também fez parte do conselho político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reunia dirigentes de partidos aliados.[17] Sua atuação lhe incluiu na relação dos deputados mais influentes pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar.[18] Em 2010, foi reeleito deputado federal com 172 mil votos (0,78%).[19] Secretário e vice-governadorEm 2011, França assumiu a secretaria de Esporte, Lazer e Turismo no governo de Geraldo Alckmin.[20] Como o primeiro secretário da pasta, implantou programas turísticos de acesso à população, como o Roda SP, que oferecia roteiros culturais e históricos na Baixada Santista.[21][11][22] Para a eleição de 2014, Alckmin escolheu França como o candidato a vice-governador em sua chapa.[23] Com a vitória, juntamente com suas atribuições como vice-governador, França foi designado secretário estadual de Desenvolvimento Econômico.[24] Neste cargo, deu inicio a expansão da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), cujo número de vagas subiu de 3 mil para 55 mil vagas, oferecendo cursos gratuitos para 290 cidades, e criou o Mercado SP para os produtos rurais paulistas, além de incrementar os parques tecnológicos.[13] GovernadorEm 6 de abril de 2018, Alckmin renunciou ao cargo de governador para concorrer a presidente, fazendo de França o novo governador de São Paulo.[25] Mesmo antes de ser empossado, já planejava concorrer à reeleição na eleição de 2018.[26] Em agosto, o PSB oficializou seu nome para a reeleição ao governo, com a coronel Eliane Nikoluk como candidata a vice-governadora.[27] No primeiro turno, ficou em segundo lugar com 4,3 milhões de votos, o que corresponde a 21,53% dos votos válidos, e disputou o segundo turno contra João Doria, do PSDB.[28] Para o segundo turno, recebeu o apoio de representantes de ideologias diversas, desde o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra a Paulo Skaf e Major Olímpio, senador eleito apoiador de Jair Bolsonaro.[29][30][31] Na disputa presidencial entre Bolsonaro e Fernando Haddad, declarou neutralidade—no primeiro turno afirmou ter votado "com orgulho" em Alckmin.[32][33] França acabou sendo derrotado por Doria, recebendo 10,2 milhões de votos, ou 48,25%, e se tornou o primeiro governador do Estado de São Paulo a ser derrotado em uma tentativa de reeleição.[34][35] Eleições municipais de 2020Em setembro de 2020, França teve sua candidatura à prefeitura de São Paulo oficializada pelo PSB. A chapa contou com Antônino Neto de vice e disputa o cargo com apoio da coligação formada com PDT, PMN, Avante e Solidariedade.[36] Eleições estaduais de 2022Nas eleições de 2022, concorreu ao cargo de Senador por São Paulo, disputando a única vaga disponível naquele pleito. Não foi eleito, ficando em segundo lugar, sendo superado por Marcos Pontes. Ministério dos Portos e AeroportosCom a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para um terceiro mandato como presidência da república, França foi nomeado Ministro dos Portos e Aeroportos a partir de janeiro de 2023. Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno PorteCom a reforma ministerial ocorrida em setembro de 2023, França foi nomeado Ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, assumindo o cargo em 13 de setembro de 2023.[37] Desempenho eleitoral
Referências
Ligações externas
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