Merkabah

Visão de Ezequiel por Matthäus Merian (1593-1650).

Merkabah é uma tradição do misticismo judaico inicial que retrata o Merkabah ou Trono ou Carro de Deus, que podia subir ou descer através de diferentes câmaras ou palácios celestiais conhecidos como Hekhalot - o último deles revelava a divina Glória de Deus. Durante o período do Segundo Templo, a visão de Ezequiel foi interpretada com um voo místico para o céu, e os místicos cabalistas desenvolveram uma técnica para usar o símbolo do Merkabah como ponto focal da meditação. O místico faria uma viagem interior para os sete palácios e usaria os nomes mágicos secretos para garantir uma passagem segura por cada um deles. Até bem recentemente, esses procedimentos e fórmulas místicas só eram conhecidos pelos estudiosos da Cabala. Contudo, os textos relevantes do Hekhalot Maior - o principal trabalho dos místicos do Merkabah - foram publicados em inglês no importante livro intitulado "Meditation and Kabbalah" (1982), da autoria de Aryeh Kaplan.[1]

O principal corpus da literatura Merkabah foi composto no período de 200-700 EC, embora referências posteriores à tradição da Carruagem também possam ser encontradas na literatura dos Chassidei Ashkenaz na Idade Média.[2]

Merkabah na ficção

  • No romance de Richard Zimler "O Evangelho Segundo Lázaro, Jesus é um praticante de misticismo merkabah.

Ver também

Referências

  1. See Idel, Moshe, «Merkavah mysticism in Rabbinic Literature.». Consultado em 16 de outubro de 2007. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2008 , citing Babylonian Talmud, Sukkah 28a.
  2. From Apocalypticism to Merkabah Mysticism: Studies in the Slavonic, p. 224, Andrei A. Orlov (2007). No entanto, como observa Gruenwald, o principal corpus da literatura Merkavah foi composto em Israel no período 200-700 EC. Algumas referências a esta tradição podem ser encontradas também na literatura dos hassídicos alemães (séculos XII ao XIII).

Ligações externas