Menachem Mendel Schneerson
Menachem Mendel Schneerson (em hebraico מנחם מנדל שניאורסון, em russo, Менахем Мендель Шнеерсон'; Nikolayev, 18 de abril de 1902 – Nova York, 12 de junho de 1994), conhecido por seus seguidores como O Rebe ou O Rebe de Lubavitch, foi um rabino ortodoxo, o sétimo e último rebe do movimento Chabad Lubavitch. Uma figura muito controversa, Schneerson insinuou que ele próprio era o messias.[1] Schneerson e Chabad-Lubavitch foram condenados por outros rabinos ortodoxos, como o Chefe Rabino de Israel Ovadia Yosef, que acusou Schneerson de "heresia" e "idolatria", e Elazar Shach, que descreveu Chabad como "o culto bem conhecido."[2] BiografiaNascido no dia 11 de nissan pelo calendário hebraico, filho de Chana Schneerson e do rabino Levi Yitschac Schneerson, cabalista e rabino-chefe da cidade de Dniepropetrovsk, na Ucrânia, Menachem Mendel fez seus estudos em sua própria casa. Na educação do jovem, toda a ênfase era dada aos estudos religiosos. Na década de 1930, em Paris, ele fez um curso de engenharia de dois anos em uma escola profissionalizante, onde foi um aluno medíocre; esta foi sua única educação secular formal.[3] Em 1923, Menachem Mendel encontrou-se pela primeira vez com o rabino Yosef Yitzchok Schneersohn, à época chefe do movimento chassídico Chabad Lubavitch. Yossef lutava para manter o judaísmo ortodoxo na recém-criada União Soviética, enfrentando as perseguições do governo soviético. Escolas, sinagogas e outras instituições religiosas haviam sido fechadas. Líderes judaicos eram aprisionados, exilados ou executados. No verão de 1927, Yossef Yitzchak Schneerson foi preso pelas autoridades comunistas. Ele foi libertado após protestos internacionais.[4] Em dezembro de 1928, Menachem Mendel casou-se com a segunda filha de Yossef Yitzhak, Chaya Mishka, em Varsóvia. O casal mudou-se, em seguida, para Berlim. Todavia, em 1933, com a ascensão do nazismo, o casal mudou-se para Paris. Em 14 de junho de 1940 o exército nazista ocupou Paris. Menachem Mendel e sua esposa fugiram para Vichy; de lá para Nice e depois, Lisboa. Nesse ínterim, Yossef Yitzchak Schneerson foi finalmente libertado pelos soviéticos e partiu para Nova York. Logo, conseguiu permissão para que seu genro e filha entrassem nos Estados Unidos e, assim, em 23 de junho daquele mesmo ano, o casal se estabeleceu na América. Durante a Segunda Guerra Mundial, Schneerson era um trabalhador no Brooklyn Navy Yard.[5] Como milhões de outros judeus, Schneerson perdeu parte de sua família no Holocausto: seu irmão mais jovem, Dov Ber, sua avó e muitos outros familiares. Sua esposa Chaia Mushka também perdeu a irmã com o marido e o filho adotivo, exterminados no campo de concentração de Treblinka. Quando o rebe anterior morreu em 28 de janeiro de 1950, Schneerson o sucedeu. Em 1953 fundou a organização feminina Lubavitch. Acreditava que as mulheres não podiam ser mais impedidas de estudar a Torá em seus níveis mais elevados. A seu ver, podiam estudar mesmo seus aspectos mais místicos, insistindo em que o papel das mulheres era igual - e em muitos casos mais importante - do que o dos homens. Seguindo as ordens de Schneerson, milhares de "shluchim" (emissários) do movimento Chabad-Lubavitch percorreram o mundo, fundando sinagogas, centros cívicos e instituições de caridade. Em 1992, aos 90 anos, Schneerson sofreu um derrame, e morreu dois anos mais tarde. LegadoNorman Lamm, chanceler da Universidade Yeshiva e um líder do Judaísmo ortodoxo moderno, criticou o Chabad como um "culto à personalidade" que Schneerson, um "visionário da organização" consolidou "tão que foi capaz de sobreviver à sua própria vida."[6] Scheerson criou uma rede global de emissários, conhecida como Shluchim que existem em todos os estados dos Estados Unidos, em mais de 80 países e 1 000 cidades ao redor do mundo, totalizando mais de 3 600 instituições, incluindo cerca de 300 em Israel.[6] O modelo de divulgação do judaísmo de Schneerson foi imitado por outros movimentos judeus, incluindo a Reforma, Conservador, Ortodoxa e Haredi. Seus trabalhos publicados preenchem mais de 200 volumes.[6] Referências
Ligações externas |