Após filiar-se ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em 2009, o ex-BBB foi eleito Deputado federal pela primeira vez nas eleições de 2010 com a menor quantidade de votos pelo Rio de Janeiro, 13.018 (0,16%) votos válidos.[22] Ele conseguiu a vaga graças ao desempenho de outro candidato a deputado federal do seu partido, Chico Alencar, que conquistou 240.724 (3%) dos votos na eleição.[23][24] Nas eleições de 2014, em uma situação inversa, Wyllys foi reeleito como o sétimo mais votado entre os deputados federais eleitos do Rio de Janeiro, com 144.770 (1,90%) dos votos válidos, resultado onze vezes maior do que em 2014.[25][26]
Wyllys foi um dos autores dos Projetos de Leis, que dentre outros objetivos, visavam a revogação de determinados artigos do Código Civil que regulamentavam o casamento, para que houvesse o reconhecimento do casamento civil e da união estável entre pessoas do mesmo sexo (PL 5120/2013) e a regulação da atividade dos profissionais do sexo (PL 4211/2012).[27] Na sua atuação como parlamentar sempre foi um dos mais combatentes contra a família Bolsonaro e outros grupos conservadores presentes na Câmara.[28][29][30][31]
Em 24 de janeiro de 2019, Wyllys anunciou que desistiu de assumir o terceiro mandato como deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, garantido nas eleições de 2018, e deixará de viver no Brasil, dedicando-se a carreira acadêmica.[34] Desde o assassinato da vereadora Marielle Franco, passou a viver sob escolta policial.[35][36] De acordo com suas declarações à Folha de S.Paulo, "as intensificações de ameaças de mortes, recorrentes antes mesmo da execução de Marielle, e a atuação da milícia no estado, o levaram a tomar a decisão".[37][38] O Ministério da Justiça declarou em nota que foram instaurados diversos inquéritos pela Polícia Federal para apurar as ameaças ao ex-deputado federal Jean Wyllys e que já identificou um dos autores, Marcelo Valle Silveira Mello, preso desde maio de 2018 na Operação Bravata da Polícia Federal.[39]
Em 15 de fevereiro de 2019, fez sua primeira aparição pública desde a desistência do mandato, participando da sessão de gala do filme "Marighella", dirigido pelo ator Wagner Moura, no Festival de Berlim.[40] Em março de 2019, estreou um blog no portal UOL.[41]
No ano de 2015, apoiou a sanção da Lei do Feminicídio defendido pelo governo Dilma.[48][49] Posicionou-se de maneira contrária a Lei Antiterrorismo, alegando que “Nós, do PSOL, somos contra esse PL. Era um horror e foi criado um pior ainda: é um projeto problemático em todos os sentidos”.[50]
Em 2016, votou a favor da cassação do mandato do Deputado federal, Eduardo Cunha (PMDB).[51] Foi um dos votos que mais repercutiu durante o impeachment de Dilma Rousseff, que votou de maneira contrária.[52] O então deputado, recebeu xingamentos homofóbicos antes de seu voto e se envolveu numa discussão com os deputados Jair Bolsonaro (PSC) e Eduardo Bolsonaro (PSC).[53][54] Após ser ofendido por Jair Bolsonaro, Wyllys cuspiu nele, o que foi revidado com um cuspe pelo filho de Jair, o Deputado Eduardo Bolsonaro.[55]
O PL 882/15 prevê a legalização do aborto até 12 semanas de gestação no Sistema Único de Saúde (SUS) se a mulher assim o quiser. "Precisamos tornar essa pauta uma política pública, independente de ser contra ou a favor da interrupção voluntária da gravidez indesejada", "O aborto é, hoje, um assunto proibido em quase todos os espaços, e não importa o motivo para a interrupção da gravidez. O assunto é tratado como tabu, evitado em quase todas as campanhas eleitorais e a prática é criminalizada segundo o Código Penal", argumentou o deputado no Twitter.[59]
Legalização de drogas
Jean Wyllys propôs também, em 2014, o Projeto de lei 7270, que tem como objetivo regular a produção, comércio e consumo da maconha, como um passo inicial para a regulação futura de todas as drogas. Para o deputado, a proibição mata muito mais do que o uso de qualquer droga, e, portanto, é necessário romper com a lógica do tráfico, transferindo o controle das drogas para as mãos do Estado.[60]
Controvérsias
Separar controvérsias numa se(c)ção específica pode não ser a melhor maneira de se estruturar um artigo, pois pode gerar peso indevido para pontos de vista negativos. Se possível, integre o conteúdo ao corpo do texto.
Suposta homofobia contra gays da direita política
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou em 20 de julho de 2023 que decidiu processar Jean Wyllys por falas "preconceituosas e discriminatórias". Os 2 discutiram no dia 14 de julho de 2023 por causa do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, encerrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e defendido por Leite que manteria escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul. Na Ocasião, Leite foi respondido por Jean Wyllys, que disse: "..esperava essa atitude de “governadores héteros de direita e extrema-direita, e não de um gay". Se referindo a orientação sexual do governador. Jean Wyllys ainda completou dizendo: "Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico, então… Tá feio, bee [sic]!". Em resposta, o governador chamou a fala de Jean Wyllys de "deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções... E que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância" "A exemplo do que fiz quando fui atacado com declarações homofóbicas por Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro, decidi ingressar com representação contra Jean Wyllys pelas falas preconceituosas e discriminatórias...". Jean Wyllys foi obrigado por lei a apagar sua postagem com multa diária pelo descumprimento da ordem em torno de R$100.000,00 por dia segundo a decisão da juíza Rosália Huyer, da 2.ª Vara Criminal de Porto Alegre, foi determinado também a quebra do sigilo de dados e cadastrais de Wyllys na plataforma. Para o julgamento, a remoção se justifica por que Jean Wyllys extrapolou o limite da crítica. Segundo ela, “a forma criminosa de agir está caracterizada nas ofensas homofóbicas à pessoa do Governador do Estado”. As condutas citadas pela juíza são dos crimes de injúria e homofobia.[61][62]
Em julho de 2013, no programa Tas ao vivo, ao ser questionado sobre a remuneração dos parlamentares brasileiros, Wyllys declarou que não acha a remuneração excessiva e comparou seus ganhos com o salário de um professor de universidade particular: "Quando desconta tudo, a contribuição partidária, o imposto de renda, eu ganho aquilo que eu ganhava como professor (estando em universidade privada) 40 horas praticamente, que dá mais ou menos 15 mil reais. Para o tanto que eu trabalho, eu não acho que esse seja um salário alto."[67] A declaração repercutiu na Internet gerando controvérsias e discussões acaloradas. Em sua defesa, Wyllys afirmou que "não disse que os deputados 'ganham pouco', nem que o salário de um deputado seja igual ao de um professor" e apenas disse que "feitos os descontos da seguridade social, imposto de renda, plano de saúde, contribuição partidária, etc., o que entra no meu bolso cada mês é menos do que eu receberia hoje, com a minha qualificação, se trabalhasse no setor privado."[68]
Eleitores do PSDB
Em outubro de 2014, durante a eleição presidencial brasileira mais disputada da história do país, o deputado classificou, através de uma rede social, a maioria dos eleitores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) como "classistas, racistas e violentos".[69][70] Logo após o episódio, Wyllys se retratou dizendo que na verdade quis dizer que boa parte e não a maioria dos referidos eleitores se enquadram em sua classificação desqualificativa.[71]
Defesa de Falabella
Em novembro de 2014, Wyllys foi criticado por lideranças de seu próprio partido e por grupos de defesa dos direitos dos afro-brasileiros por defender o programa Sexo e as Negas, exibido pela Rede Globo.[72] Wyllys, disse que, ao contrário daqueles que acusavam o seriado de ser sexista e racista, a produção na verdade "denuncia o racismo" e afirmou que “Miguel Falabella [o idealizador do seriado] é um cara que está longe, muito longe mesmo, de ser um racista”. Entretanto, o programa foi alvo de denúncias à Secretaria de Políticas para Mulher da Presidência da República e ainda é alvo de críticas por movimentos de mulheres e negros.[73]
Aflitos - crônicas e contos, editado pela Casa de Palavras da Fundação Casa de Jorge Amado.[75] Vencedor do Prêmio Copene de Literatura (atual Prêmio Braskem).[76]
Ainda Lembro - crônicas e experiências vividas no BBB5, editado pela Editora Globo.[77]
Tudo ao mesmo tempo agora - contos e crônicas, lançado pela Giostro Editora.[78]
Tempo bom tempo ruim - identidades, políticas, afeto - lançado pela Cia das Letras.[79]
O deputado federal Jean Wyllys foi uma das 50 personalidades incluídas na "Lista Global da Diversidade", divulgada pela revista britânica The Economist em outubro de 2015. O critério usado para a composição da lista é o comprometimento dos nomes indicados pelos leitores da publicação com as causas da diversidade de gênero e raça. Além de Jean Wyllys, também faz parte da lista a brasileira Maria Aparecida da Silva Bento, pesquisadora de temas de raça e gênero e fundadora do Centro de Estudos das Relações do Trabalho e das Desigualdades, além do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a ex-secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o Dalai Lama, o co-fundador da MicrosoftBill Gates, a atriz Angelina Jolie e a ativistapaquistanesa pela educação feminina Malala Yousafzai. Willys foi descrito como um acadêmico de origem pobre que venceu um reality show e se tornou "o primeiro deputado federal a fazer campanha pelo movimento LBGT".[10]