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Rodrigo Ferreira França (Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 1978), mais conhecido como Rodrigo França, é um diretor de cinema e teatro, ator, dramaturgo, filósofo, professor, articulador cultural, produtor, escritor, artista plástico e empresário brasileiro.[1]
É ativista pelos direitos civis, sociais e políticos da população negra no Brasil. Tem como inspiração o ator, diretor e político Abdias do Nascimento e a atriz Chica Xavier.
O carioca é responsável pela dramaturgia e direção do espetáculo infanto-juvenil O Pequeno Príncipe Preto, que discute os estereótipos associados à representação dos negros como heróis infantis, onde foi assistido por mais de 60 mil espectadores.
Com o filme Barba, Cabelo & Bigode, Rodrigo França entra na história sendo o primeiro diretor negro da Netflix Brasil a produzir conteúdo original.[2]
Carreira
Rodrigo França iniciou sua carreira de ator no teatro e no cinema em 1992, na companhia teatral TUERJ do ator e diretor Antonio Pedro Borges. Desde então, participou de mais de 60 espetáculos. Interpretou Martin Luther King (1929-1968) na montagem teatral intitulada "O Encontro – Malcolm X e Martin Luther King"[3], que narra a reunião fictícia entre os dois grandes líderes estadunidenses para discutir rumos e estratégias da luta pelo fim da discriminação racial.
França é coautor do texto e da direção de O Inimigo Oculto e integrou o elenco da peça documentário Contos Negreiros do Brasil, com texto de Marcelino Freire e direção de Fernando Philbert. Esteve também à frente da produção do musical O Grande Circo dos Sonhos e foi diretor assistente da peça Além do que Nossos Olhos Registram. Atuando com diversos parceiros, como as diretoras Valéria Monã e Mery Delmond, é ainda um dos idealizadores do movimento Segunda Black, que articula trabalhos artísticos de coletivos de teatro negro do Rio de Janeiro.
É secretário executivo da Diverso Cultura e Desenvolvimento; incubadora que fomenta projetos de arte e tecnologia. Também é sócio das produtoras Orí Conhecimentos e Palco 123.
Em 2020, lançou seu primeiro livro infantil – O pequeno príncipe preto – que anteriormente era uma peça teatral e sofreu algumas alterações para a publicação no novo formato, publicando pela editora Nova Fronteira[4]. No best seller, o escritor aborda questões de representatividade, exaltação da beleza negra, além de trazer a mensagem de que negros descendem de reis e rainhas.
Escreveu junto com o jornalista Adalberto Neto o livro Confinamentos & Afins: o olhar de um homem negro sobre resistência e representatividade, editado pela Agir. Organizou com o historiador Jonathan Raymundo a antologia Pretagonismos[5], que ficou entre os dez livros mais vendidos do país nas primeiras semanas de lançamento. Este publicado pela editora Agir, participam 28 intelectuais negros, negras e uma indígena elaborando uma análise da sociedade a partir de um profundo recorte racial.
Sobre a presença de pessoas negras no audiovisual e na literatura, Rodrigo afirmou em entrevista ao portal Ecoa: “Protagonismo não é só gente preta na frente da TV ou no teatro, protagonismo é poder. Narrativa é poder. É poder quem escreve, quem dirige, quem ilumina, quem veste. Então, na medida em que tenho mais produtores de elenco seguindo essa lógica, mais eu modifico essa estrutura hegemônica que a narrativa nos coloca como subalternos.”[6]
Foi júri profissional do Festival Internacional de Animação - Anima Mundi 2012.
Passou a ser conhecido pelo grande público por ter participado da décima nona edição do Big Brother Brasil.
Também formado em artes-plásticas (pintura impressionista, cerâmica e escultura pedra sabão) pela Oficina de Artes Maria Teresa Vieira e pela Sociedade Brasileira de Belas Artes, já expôs suas pinturas no Brasil, nos Estados Unidos e em Portugal.
Com foco na filosofia econômica black money, o empresário Rodrigo França criou a Kaza 123[7], onde não faz mais parte como sócio do espaço gastronômico; Boteco & Gafieira Seu França[8], espaço que cultua a boemia da Lapa – Rio; e o Restaurante Consulado Rosa Malê no Pelourinho[9] – Salvador.