A primeira temporada[a] do reality showBig Brother Brasil foi exibida pela TV Globo de 29 de janeiro a 2 de abril de 2002. Foi apresentada por Pedro Bial e Marisa Orth – a única edição com Orth como apresentadora e também a ter uma apresentadora feminina – e dirigida por José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho. Foi a mais curta edição da história do BBB, com 64 dias de exibição.
A edição terminou com a vitória do dançarino Kleber Bambam, que recebeu 68% dos votos. O prêmio foi de meio milhão de reais sem desconto de impostos, e um carro Fiat Marea HLX.[1]
A edição foi reexibida pelo Viva de 11 de maio a 13 de julho de 2021, com exibições de segunda a sábado às 19h30 e aos domingos às 23h45, se tornando o segundo reality show a ser exibido pelo canal, após a reprise da primeira temporada de No Limite em 2016.[2] Além da reprise no Viva, a edição também foi disponibilizada na plataforma de streamingGloboplay.[3]
Geral
O BBB1 foi lançado poucas semanas depois de concluída a primeira temporada da Casa dos Artistas, sucesso do SBT, e tinha como diferencial a proposta de elevar pessoas "comuns" a celebridades. Ainda que nenhum dos participantes do BBB1 fosse familiar do grande público, não demoraram a surgir questionamentos sobre os critérios de seleção dos participantes.
Como não tinham muita noção do que se podia falar dentro da casa, os participantes soltaram informações cruciais sobre suas vidas fora da casa. Kleber "Bambam" de Paula já havia feito figurações em programas da TV Globo, como o Zorra Total, e já foi dançarino do Planeta Verão, programa comandado por Xuxa. André "Gabeh" Carvalho também já havia cantado em um programa de Xuxa anos antes. Helena Louro já tinha participado de um filme com Gracindo Júnior (A Hora Marcada, de 2001). Vanessa Pascale e Bruno Saladini também já haviam aparecido em catálogos de moda e trabalhavam na mesma agência de modelos, assim como Helena. Alessandra "Leka" Begliomini já havia concedido entrevistas ao Programa Amaury Jr., então na Record.
O BBB1 foi o único que começou com dois apresentadores: o jornalista Pedro Bial e a atriz Marisa Orth. A saída de Marisa Orth se deve à inexperiência da atriz como apresentadora, na época, marcada por duas gafes cometidas ao vivo em 2 e 3 de fevereiro de 2002. Na primeira, o Líder da semana, Sérgio, deveria indicar quem iria para o "Paredão". Marisa anunciou, antes do próprio participante, que Caetano era o indicado, deixando o Líder em saia justa. Já a segunda, que aconteceu no dia seguinte, a apresentadora anunciou o eliminado da semana (Caetano) antes da hora prevista. Para não desaparecer repentinamente do programa, Marisa Orth aparecia no telão da casa todas as sextas-feiras para conversar com os competidores, como uma espécie de psicóloga, tirando algumas confidências dos confinados.
O vencedor Kleber Bambam voltaria a competir no Big Brother Brasil 13, desistindo do programa após apenas cinco dias de confinamento naquela edição.[4]
Audiência
O programa registrou em sua estreia uma audiência explosiva de 49 pontos, número esse que foi batido já no dia seguinte ao alcançar 53 pontos. Ao longo da temporada, a audiência foi oscilando entre 38 e 50 pontos, o que a fez ser um sucesso em relação aos números de audiência, já que na época a TV Globo exigia para o horário médias de 35. Em sua final, a primeira edição do reality show alcançou uma audiência histórica (e até o momento nunca registrada por nenhuma outra final do programa) de 59 pontos, chegando ao pico de 64 e 76% dos televisores ligados no momento que consagrou Kleber Bambam como o grande campeão.[5]
Participantes
As informações referentes à profissão dos participantes estão de acordo com o momento em que ingressaram no programa.
↑Nota 1: Logo após a indicação da Líder Alessandra, houve uma prova e Adriano ganhou imunidade. Dessa forma, ele só ficou imune aos votos da casa, mas a Líder poderia tê-lo indicado ao Paredão, se assim quisesse.[20]
↑Nota 2: Houve um empate na votação da casa entre Estela e Kleber, que receberam quatro votos cada. A Líder Alessandra deu o voto de minerva, indicando Estela.
↑Nota 3: Estela ganhou imunidade antes de se formar o Paredão. Dessa forma, ela ficou imune tanto à indicação do Líder quanto aos votos da casa.[20]
↑Nota 4: Na final, o público vota pelo participante que deve vencer a temporada.
Big Brother Brasil foi a primeira trilha sonora do reality showBig Brother Brasil, lançada em 2002, durante a exibição da primeira edição, em formato CD, pela gravadora Som Livre. A capa apresenta o logotipo do programa.[21]
O álbum junta sucessos nacionais e internacionais, e possui uma regravação inédita em português de "Leef", do cantor neerlandêsHan van Eijk, utilizada como música-tema do originário Big Brother dos Países Baixos em 1999. A banda RPM gravou a adaptação chamada de "Vida Real", escrita por Paulo Ricardo, a pedido da TV Globo, que viria a ser utilizada como música de abertura nesta e em todas as edições futuras do programa.[22] A canção marca a primeira gravação do RPM desde seu retorno oficial com a formação original no final de 2001.[23]
Coincidentemente, a trilha sonora de Big Brother Brasil tem três músicas que tocaram no reality showCasa dos Artistas, do SBT: "I Will Survive", "Noite do Prazer" e "Erva Venenosa (Poison Ivy)", embora as duas últimas tenham sido regravações de outros artistas.[24]
As Preferidas do BamBam – No Meu Modo de Vista foi uma coletânea das músicas favoritas do vencedor da primeira edição do Big Brother Brasil, Kleber Bambam, lançada em 2002, após a exibição da primeira edição, em formato CD, pela gravadora Som Livre. A capa apresenta o vencedor da temporada, Kleber Bambam.[25]
↑O termo "Paredão" foi utilizado pelo participante Adriano de Castro nos primeiros dias de programa, e posteriormente foi adotado pelo próprio programa; anteriormente o ato de ser indicado para eliminação era denominado como "Berlinda".[18][19]