A RKO começou o ano em ebulição e antes do final do semestre já era considerada o estúdio mais movimentado de Hollywood.[1][2]Verão a dentro, havia 5 filmes prontos, 3 a caminho e 6 programados para início imediato.[1][2] Além disso, novos talentos foram contratados, entre eles Anita Ekberg e Rod Steiger, enquanto o departamento de publicidade inundava a mídia com material sobre os atores e as novas produções. Mais de 2000 empregados revezavam-se para dar conta não só dos longas-metragens, como também dos comerciais para a televisão, filmes para a indústria e curtas-metragens que o estúdio começou a fazer. Tom O'Neil, o presidente da corporação, foi saudado pela Newsweek como "um dos mais rápidos e supercolossais retornos da história de Hollywood".[1]
Parecia que o atribulado estúdio estava finalmente na trilha certa para a total recuperação.
Entretanto, quando o ano chegou ao fim, a euforia foi substituída pelo pessimismo, ao constatar-se que as finanças da empresa estavam em queda livre. Relatórios internos indicavam que os novos filmes teriam desempenho desastroso, e a presidência, então, anunciou um corte substancial nas produções de 1957. Procurava-se, ainda, alguma empresa interessada em fusão na área de distribuição.[1][2] Ora, como distribuir filmes é normalmente a atividade mais lucrativa de um estúdio, isso foi visto como uma declaração de que a RKO estava à beira do colapso total.[1][2]