A doença é transmitida pelo contato direto ou indireto (através de fômites) com os aerossóis expelidos por uma pessoa infectada. Algumas pessoas podem transportar a bactéria sem apresentar sintomas.[1][5] O diagnóstico é confirmado através de teste rápido ou por cultura de orofaringe.[2][6][7]
A forma básica de prevenção consiste nas lavagem das mãos e o não compartilhamento de utensílios de mesa. Não existe vacina para a doença.[1] O tratamento com antibióticos é recomendado apenas em pacientes com diagnóstico confirmado.[7] Os infectados devem manter distância de outras pessoas por, pelo menos, 24 horas após o início do tratamento.[1] A dor de garganta pode ser tratada com paracetamol (acetaminofeno) e anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), como o ibuprofeno.[8][9]
A faringite estreptocócica é uma infecção bacteriana comum em crianças, sendo a causa de 15-40% dos quadros de dor de garganta nesse grupo etário.[10][11][12] A prevalência em adultos é de 5-15%.[13] As potenciais complicações incluem febre reumática e abscesso peritonsilar.[1][10]
Infeção de garganta com cultivo positivo de estreptococos do grupo A. Repare-se nas amigdalas inflamadas com exsudatos esbranquiçada.[19]
Boca bem aberta mostrando a garganta. Note-se as petéquias, ou pontos de cor vermelha, no véu do palato. Esta condição é pouco comum mas altamente específica para a faringite estreptocócica.[14]
Amígdalas inflamadas na parte posterior da garganta cobertas por exsudato esbranquiçado.[14] Um caso de cultivo positivo de faringite estreptocócica com exsudatos amigdalares típicos numa criança de 8 anos.
Tratamento
Na evolução habitual da faringite estreptocócica não-complicada, os sintomas sofrem resolução depois de 3 a 5 dias. O tempo e evolução é ligeiramente encurtado pelo tratamento, instituído basicamente para evitar as complicações supurativas e a febre reumática aguda, cuja prevenção depende da erradicação do microrganismo da faringe, e não simplesmente da resolução dos sintomas.
O tratamento é feito com penicilina benzatina (bezetacil) por via intramuscular dose única ou amoxicilina por via oral durante 10 dias. Se o paciente for alérgico a penicilina, pode-se fazer eritromicina por via oral durante 10 dias ou azitromicina por via oral durante 5 dias.
Complicações
As complicações supurativas da faringite estreptocócica resultam da disseminação da infecção da mucosa faríngea para tecidos mais profundos por extensão direta ou por vias hematogênica ou linfática, podendo consistir em linfadenite cervical, abscesso periamigdaliano ou retrofaríngeo, sinusite, otite média, meningite, bacteremia, endocardite, pneumonia.
↑ abcdef«Is It Strep Throat?». Centers for Disease Control and Prevention (em inglês). U.S. Department of Health & Human Services. 2015. Consultado em 6 de Setembro de 2016
↑«Infecção causada por estreptococos do grupo A»(PDF). Informativo de Saúde Pública de Massachusetts. Massachusetts Department of Public Health - Bureau of Infectious Disease. 2014. Consultado em 12 de Setembro de 2016
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↑Brook I, Dohar JE (dezembro de 2006). «Management of group A beta-hemolytic streptococcal pharyngotonsillitis in children». J Fam Pract. 55 (12): S1–11; quiz S12. PMID17137534
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↑Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome amigdalitis
Hayden, G.F.; Turner, R.B. (2014). «Capítulo 373: Faringite Aguda». In: Kliegman, R.M.; Stanton, B.F.; Geme III, J.W.S.; Schor, N.F.; Behrman, R.E. Nelson Tratado de Pediatria. v. 1 19ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 1437 páginas. ISBN978-85-352-7588-9. Consultado em 6 de setembro de 2016
Kormos, W.A. (2009). «Capítulo 220: Approach to the Patient with Pharyngitis». In: Goroll, A.H.; Mulley, A.G. Primary Care Medicine: Office Evaluation and Management of the Adult Patient (em inglês) 6ª ed. Filadélfia: Wolters Kluwer Health/Lippincott Williams & Wilkins. 1408 páginas. ISBN978-0-7817-7513-7. Consultado em 6 de setembro de 2016