Insuficiência respiratória
O termo insuficiência respiratória, em medicina, é usado para descrever a troca inadequada de gases pelo sistema respiratório, resultando numa incapacidade de manter os níveis de oxigênio e dióxido de carbono arteriais dentro dos níveis normais. A baixa oxigenação é denominada como hipoxemia e um aumento dos níveis sanguíneos de dióxido de carbono denomina-se hipercapnia. Pode ser dividida em Insuficiência respiratória aguda e Insuficiência respiratória crônica, dependendo da velocidade de instalação.[1] ClassificaçãoA insuficiência pode ser classificada entre[2]:
Insuficiência Respiratória Tipo IÉ também conhecida como insuficiência alveolocapilar é caracterizada por hipoxemia, quando o a Pa02 é menor que 60 mmHg, no entanto a ventilação está normal, ou seja, o nível de PaCo2 está normal ou baixo. É a forma mais comum de IRP e podem estar associadas a todas as doenças que colapsem as unidades alveolares. Algumas causas: Asma, hipertensão pulmonar, fibrose pulmonar, bronquiectasia.[2] Pode-se diferenciar a IRP Tipo I em duas:
Insuficiência Respiratória Tipo IIÉ caracterizada por hipoventilação, ou seja, aumento da PaCo2 para mais de 45 mmHg, devido a falência respiratória. A hipoxemia é comum em pessoas com IRP tipo 2 que estejam respirando em ar ambiente. A diminuição da ventilação alveolar pode ser causada por redução do volume-minuto ou por aumento do espaço morto, sendo que a redução do volume minuto pode ser observada principalmente nas doenças neuromusculares e na depressão do sistema nervoso central e o aumento do espaço morto pode ser observada, principalmente, na enfisema pulmonar, quando há perda de áreas pulmonares disponíveis para troca gasosa.[2] A IRP Tipo II pode ser divida em:
Diferença entre IRP Tipo I e Tipo II
Insuficiência Tipo IIIConhecida também como IRP pós-operatória, pois geralmente ocorre após cirurgias torácicas e abdominais, induzida pelos anestésicos. É causada por uma obstrução e colapso das vias aéreas (atelectasia), por pressão na parte externa do pulmão ou quando o ar escapa dos pulmões (pneumotórax). Mais comum em pacientes idosos, obesos, tabagistas ou com ascite.[3] Insuficiência Tipo IVConhecido como IRP Circulatória, é causado pelo quadro de choque (cardiogênico, séptico e hipovolêmico), resultando na insuficiência na oferta de oxigênio aos principais órgãos e ao diafragma que, associado ao quadro de aumento de demanda metabólica, leva à sobrecarga da musculatura respiratória. Alguns mecanismos da que envolvem a circulação podem estar alterados, acarretando déficits de remoção de CO2 ou principalmente, na entrega de O2 aos tecidos. O débito cardíaco pode estar diminuído, a concentração de hemoglobina pode estar reduzida e a capacidade de se ligar ao oxigênio estar comprometida.[2] SintomasIndependentemente da causa da insuficiência respiratória, os sintomas apresentam-se dentro das 24 ou 48 horas posteriores à lesão da seguinte forma:
ClassificaçãoA Insuficiência pode ser classificada quanto ao tempo de instalação e a condição clinica[2]:
Causas
TratamentoO tratamento de emergência segue os princípios da ressuscitação cardiopulmonar. O tratamento da causa subjacente é necessário intubação endotraqueal e ventilação mecânica podem ser necessários. Estimulantes respiratórios como o doxapram podem ser usados, e se a insuficiência respiratória resultou de uma overdose de drogas sedativas como opioides ou benzodiazepinas, então um antídoto como a naloxona ou flumazenil deverá ser usado. Pode ser utilizado a ventilação, por meio de suporte de pressão positiva nas vias aéreas.[6] Referências
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