O tratamento consiste no alívio dos sintomas e em diminuir o risco de complicações.[5] As dores podem ser aliviadas com paracetamol ou ibuprofeno.[5] Em casos de faringite estreptocócica geralmente recomenda-se a administração de penicilina por via oral.[5] Em pessoas alérgicas à penicilina podem ser administradas cefalosporinas ou macrólidos.[5] Em crianças com episódios recorrentes de amigdalite, a tonsilectomia diminui ligeiramente o risco de novos episódios.[10]
A cada período de três meses, cerca de 7,5% das pessoas apresentam uma inflamação da garganta. Em cada ano, 2% das pessoas consultam um médico devido a amigdalites.[7] A doença é mais comum entre crianças em idade escolar e geralmente ocorre nos meses de outono ou inverno.[5][6] A maioria das pessoas recupera com ou sem medicação.[5] EM 40% dos casos, os sintomas desaparecem em três dias. Em 80% dos casos não se manifestam sintomas após uma semana, mesmo quando é causada por estreptococos.[4] Os antibióticos apenas diminuem a duração dos sintomas em cerca de 16 horas.[4]
Sinais e sintomas
Os principais sintomas são dor de garganta, dores difusas pelo corpo, dor na nuca, febre, cansaço, falta de apetite, dificuldade de respirar e dor de cabeça. O diagnóstico mais comum é observar a dilatação das amígdalas, estudar o histórico familiar e verificar a temperatura com um termômetro.
Tipos
Existem 3 tipos principais de tonsilites: aguda, subaguda e crônica. A tonsilite aguda pode ser de origem tanto bacteriana quanto viral (mais comum, 75%). A tonsilite subaguda (que pode durar entre 3 semanas e 3 meses) é causada pela bactériaActinomyces. A tonsilite crônica, que pode durar por longos períodos se não tratada, é quase sempre bacteriana.
A tonsilite viral não requer tratamento. Apenas o tratamento sintomático basta, tendo em vista que a tonsilite viral possui um ciclo natural, de modo que a cura ocorre em poucos dias.
Estudo da Universidade do Nebraska (APPICE et al., 2009) aponta que vibrações das cordas vocais produzidas no ato de cantar podem contribuir em alguns casos para alívio da inflamação mais comum causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, em função da fragmentação da placa bacteriana. PADAVONA (2011) não conseguiu reproduzir os mesmos resultados do estudo de 2009, porém ressalta o efeito anti-inflamatório da liberação de endorfinas e dopamina produzida pelo canto, bem como melhoras no sistema imunológico.
Complicações
Um abscesso pode se desenvolver lateralmente à tonsila durante uma infecção, tipicamente diversos dias após o início da tonsilite. Isto é chamado de abscesso peritonsilar.
Em casos crônicos/recidivantes (geralmente definidos como sete episódios de tonsilites no ano anterior, cinco episódios em cada um dos dois anos anterior ou três episódios em cada um dos três anos anteriores),[11][12][13] ou em casos agudos onde as tonsilas palatinas se tornaram tão inchadas que a deglutição foi prejudicada, uma tonsilectomia pode ser realizada para remover as tonsilas. Pacientes cujas tonsilas foram removidas certamente ainda estarão protegidos de infecções pelo resto de seu sistema imune.
Bactérias se alimentando do muco que se acumula nos espaços das tonsilas (criptas) podem produzir depósitos amarelo-esbranquiçados conhecidos como tonsilólitos. Isso pode causar uma emissão de um odor devido a presença de compostos sulfúricos voláteis.
Em casos muito raros, doenças como febre reumática[14] ou glomerulonefrite[15] podem ocorrer. Estas complicações são extremamente raras em países desenvolvidos mas ainda continuam sendo um problema em países pobres.[16][17]
Referências
↑«Amigdalite». Dicionário Michaelis. Consultado em 7 de junho de 2021
↑ abKlug, TE; Rusan, M; Fuursted, K; Ovesen, T (agosto de 2016). «Peritonsillar Abscess: Complication of Acute Tonsillitis or Weber's Glands Infection?». Otolaryngology--head and neck surgery : official journal of American Academy of Otolaryngology-Head and Neck Surgery. 155 (2): 199–207. PMID27026737. doi:10.1177/0194599816639551
↑ abcSpinks, A; Glasziou, PP; Del Mar, CB (5 de novembro de 2013). «Antibiotics for sore throat.». The Cochrane database of systematic reviews. 11: CD000023. PMID24190439. doi:10.1002/14651858.CD000023.pub4
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↑Windfuhr, JP; Toepfner, N; Steffen, G; Waldfahrer, F; Berner, R (abril de 2016). «Clinical practice guideline: tonsillitis II. Surgical management.». European Archives of Oto-Rhino-Laryngology. 273 (4): 989–1009. PMID26882912. doi:10.1007/s00405-016-3904-x
↑«6.3 Referral Criteria for Tonsillectomy». Management of Sore Throat and Indications for Tonsillectomy. [S.l.]: Scottish Intercollegiate Guidelines Network. Janeiro de 1999. ISBN1-899893-66-0 - notes though that these criteria "have been arrived at arbitrarily" from: Paradise JL, Bluestone CD, Bachman RZ; et al. (1984). «Efficacy of tonsillectomy for recurrent throat infection in severely affected children. Results of parallel randomized and nonrandomized clinical trials». N. Engl. J. Med. 310 (11): 674–83. PMID6700642 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑Paradise JL, Bluestone CD, Colborn DK, Bernard BS, Rockette HE, Kurs-Lasky M (2002). «Tonsillectomy and adenotonsillectomy for recurrent throat infection in moderately affected children». Pediatrics. 110 (1 Pt 1): 7–15. PMID12093941 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link) - this later study by the same team looked at less severely affected children and concluded "modest benefit conferred by tonsillectomy or adenotonsillectomy in children moderately affected with recurrent throat infection seems not to justify the inherent risks, morbidity, and cost of the operations"
↑Wolfensberger M, Mund MT (2004). «[Evidence based indications for tonsillectomy]». Ther Umsch (em alemão). 61 (5): 325–8. PMID15195718 - review of literature of the past 25 years concludes "No consensus has yet been reached, however, about the number of annual episodes that justify tonsillectomy"
↑Zoch-Zwierz W, Wasilewska A, Biernacka A; et al. (2001). «[The course of post-streptococcal glomerulonephritis depending on methods of treatment for the preceding respiratory tract infection]». Wiad. Lek. (em polaco). 54 (1-2): 56–63. PMID11344703 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)