Anorexia (sintoma)Anorexia, enquanto um sintoma, é a perda ou ausência de apetite também usada como sinônimo de hiporexia villa (hipo menos + orexis apetite), diminuição do apetite. Não deve ser confundida com anorexia nervosa, que é um transtorno alimentar em que ocorre recusa constante de alimentos mesmo quando se sente fome. A diminuição do apetite pode ser sintoma de infecções como tuberculose, sífilis e dengue, de transtornos psiquiátricos como depressão nervosa, distimia e transtorno de ansiedade generalizada ou de medicamentos como: antidepressivos, metanfetaminas e opiáceos. A regulação do apetite é um mecanismo complexo, influenciado pelos níveis séricos (quantidade no sangue) dos nutrientes circulantes, função hepática, capacidade gastrointestinal, sensações de paladar e olfato processados pelo cérebro.[1] Teoricamente inapetência ou hiporexia se refere a diminuição da ingestão de alimentos por menos de 24h, enquanto anorexia se refere a ausência de ingestão de alimentos por 24 horas ou mais, porém frequentemente são usados como sinônimos, mesmo por profissionais de saúde. Causas
Outros medicamentos podem ser usados para intencionalmente causar anorexia, a fim de ajudar uma paciente em jejum pré-operatório antes da anestesia geral. É importante evitar alimentos antes da cirurgia para reduzir o risco de aspiração pulmonar, que pode ser fatal. OpiáceosOs opiáceos atuam sobre o sistema digestivo e pode reduzir a sensação física da fome, da mesma forma que reduzem as sensações de dor física. Eles também costumam causar retardo no esvaziamento gástrico (gastroparesia) e às vezes pode levar a alterações no metabolismo com o uso a longo prazo. AnorexígenosSão medicamentos que tem por finalidade diminuir o apetite, usados no tratamento do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) e nos casos em que a obesidade é um fator de risco para doenças que acometem a saúde. Anorexia no câncerAnorexia e consequentemente caquexia (perda de peso) é um sintoma comum nos pacientes oncológicos, associada inicialmente ao processo natural da doença ou, mais tardiamente, ao crescimento tumoral e presença de metástases. Pode estar relacionada à náusea e vômito, à própria doença, ou ser resultante de medicamentos utilizados durante o tratamento, desconforto devido à mucosite, entre outros.[2] Diminuição do apetiteFrequentemente são apresentadas queixas sobre os distúrbios do apetite na infância, representadas comumente pelas mães como: "Meu filho não come" e/ou "só come porcarias". Essas queixas são cada vez mais comuns nos ambulatórios e consultórios de pediatras e nutricionistas, afetando a todos os níveis socioeconômicos e culturais, merecendo desta forma, uma análise cuidadosa do caso, a fim de se propor uma conduta mais adequada.[3] As razões desse comportamento são bastante complexas. Existem interações de características familiares e contextos sociais, sendo comum em algumas faixas etárias, com causa preponderante a falta de apetite. Em função disto, vários autores optam por abordar o tema do ponto de vista do aparecimento de "sintomas" na criança, de acordo com as fases de desenvolvimento e posterior conduta para prevenção e tratamento da recusa alimentar. Algumas vezes a anorexia pode ser consequência da bulimia nervosa. Assim a pessoa come menos e pratica o ato bulímico mais vezes do que deveria, fazendo com que a anorexia ocorra mais rápido.[necessário esclarecer] Recusa alimentar na infânciaA falta de apetite ou inapetência alimentar costuma coincidir com a ansiedade dos pais para que a criança se alimente, oferecendo alimentos saborosos mas pouco nutritivos (como batata-frita e salgadinhos). Desta forma, a criança associa que, se ela não comer, obterá o que deseja. É importante aos pais estabelecer um acordo com a criança sobre o que ela deve comer (muitas frutas, legumes e grãos) e limitar as comidas gordurosas. Nesse sentido estudos indicam que é preciso distinguir as crianças que comem pouco e/ou são seletivas daquelas que realmente apresentam critérios diagnósticos da Anorexia. A simples seletividade alimentar não pode ser classificada como uma desordem alimentar clássica e sim como uma manifestação de protesto e oposição da criança aos pais, que a frustra ao educá-lo.[4] Ver tambémReferências
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