Sistema APG II

O Sistema de classificação APG II, sucessor do Sistema APG de 1998, foi um sistema para a classificação das angiospermas – segundo critérios filogenéticos -, publicado em 2003 por um vasto grupo de pesquisadores que se autodenominou "APG II" (do inglês Angiosperm Phylogeny Group, Grupo para a Filogenia das Angiospermas).[1]

Este sistema de classificação das angiospermas é marcadamente diferente dos anteriores, "tradicionais" e baseados em critérios morfológicos. O sistema ainda está em pleno desenvolvimento e evolução, sendo revisado constantemente, pois muitos nodos da filogenia são de conhecimento muito recente (por exemplo, que Amborella é uma angiosperma basal) e outros não apresentam ainda um posicionamento cladístico concreto.

Como particularidade, este sistema só engloba categorias taxonômicas desde as espécies até as ordens, e não caracteriza táxons acima da ordem. Os grupos considerados "categoricamente superiores" são denominados com nomes "informais" (não sujeitos ao Código Internacional de Nomenclatura Botânica), sendo mais apropriado denominá-los de clados em vez de "taxons".

Os grupos principais de clados (não táxons) são os seguintes:

Resumo

O sistema APG II é uma versão atualizada do sistema APG de 1998, atualização motividada pelos avanços ocorridos em 5 anos no conhecimento sobre a filogenia das angiospermas. Isto provocou várias mudanças na circunscrição familiar e na classificação, inclusive com a adição de algumas novas ordens.

Em geral, o APG adotou uma aproximação conservadora e propôs somente mudanças no sistema APG 1998 quando havia uma evidência substancial que suportasse uma revisão da classificação. Assim:

  • A circunscrição das ordens da APG somente foram mudadas para adicionar um número de famílias não classificadas numa ordem na APG’98, ou foram elevados para incluir grupos irmãos.
  • Nenhuma ordem da APG foi fundida ou fracionada, e nenhuma família foi transferida de uma ordem para outra. Exceto a família Oncothecaceae, que foi movida da ordem Garryales para euasterídeas I sem atribuir a uma ordem.
  • O sistema APG II mostra um melhor conhecimento das inter-relações entre as ordens e algumas das famílias não classificadas do que o sistema APG I, entretanto são incertas as relações entre as ordens maiores de monocotiledôneas e eudicotiledôneas nucleares, e parcialmente entre as ordens de rosídeas e asterídeas.
  • Na categoria família, várias foram “sinonimializadas” ou recircunscritas (especialmente famílias das ordens Asparagales, Malpighiales e Lamiales), porém somente quando foi necessário para preservar a monofilia e evitar redundâncias taxonômicas. Poucas famílias, segundo os conhecimentos disponíveis sobre as relações entre gêneros, as sinonímias foram restabelecidas. Em alguns casos, as famílias são listadas entre colchetes, indicando a possibilidade de alternar as circunscrições.

*=família nova (mudada após a classificação APG);

=ordem nova (mudada após a classificação APG);

§=circunscrição nova

As famílias em "[...]" são alternativas aceitáveis e monofiléticas. Podem ser utilizadas, opcionalmente, em lugar da definição lato sensu preferida aqui.


Ordens adicionais de angiospermas basais

Monocotiledóneas basais

Clado Commelinídeas

Eudicotiledôneas (com pólen tricolpado)

Ordens e Famílias

Eudicotiledôneas Núcleo

São dicotiledôneas com flores tetracíclicas (em geral: 4-5 sépalas, 4-5 pétalas, 4-10 estames, 2-5 carpelos)

Rosídeas

Ordens e Famílias
Eurosídeas I
Eurosídeas II

Asterídeas

Ordens e Famílias
Euasterídeas I
Euasterídeas II

Taxa com posições incertas (Eudicotiledôneas na maior parte)

[Quand un genre est le genre type d'un nom de une famille, cette nom de famille est donné ici.]

Ligações externas

Cladograma

O cladograma mostra as relações, mas excluí os taxa não atribuídos a uma ordem

Referências

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