Portulacaceae
Portulacaceae é uma família de plantas com flores, compreendendo 115 espécies em um único gênero Portulaca.[2] Anteriormente cerca de 20 gêneros com cerca de 500 espécies, foram colocados nesse grupo, mas agora se restringem a abranger apenas um gênero. A família tem sido reconhecida pela maioria dos taxonomistas, e é também conhecida como a família purslane; Tem uma distribuição cosmopolita, com a maior diversidade em regiões semiáridas do Hemisfério Sul em África, Austrália e América do Sul, mas com algumas espécies também se estendendo para o norte em regiões árticas. O sistema APG II (2003, inalterado do sistema APG de 1998) o atribui à ordem Caryophyllales em Eudicotyledoneae do núcleo do clado. No sistema APG III, vários gêneros foram movidos para Montiaceae, Didiereaceae, Anacampserotaceae e Talinaceae, tornando a família monotípica e contendo apenas o gênero Portulaca,[1] o que se manteve no APG IV. EtimologiaO nome Portulaca deriva do latim portula, diminutivo de “porta”, que se refere a uma cápsula (flor) que se abre através de uma tampa como uma pequena porta. Diversidade taxonômicaDentro da família Portulacaceae, há apenas um único gênero, Portulaca, com cerca de 115 espécies. É encontrada, de forma geral, em todo o mundo, mas principalmente em regiões tropicais e subtropicais. Já nas áreas temperadas, sua distribuição deve-se principalmente à naturalização, entretanto, em alguns casos, as origens dessas plantas ainda são desconhecidas.[3] MorfologiaSão ervas suculentas com ciclo de vida anual que possuem flores, normalmente possuindo raízes tuberosas e caules rastejantes ou retos. Já as folhas, alternas ou opostas , são simples, sésseis e sem estípulas, e as lâminas são suculentas, planas ou cilíndricas e inteiras. Os nós e axilas dessas folhas têm escamas, cerdas ou pelos. As flores podem ser sésseis e pediceladas, geralmente em cores vistosas, possuindo sépalas fundidas em um tubo e que são persistentes. As pétalas das flores variam em número entre quatro, cinco ou sete e são livres ou fundidas apenas na base, com quatro a 100 estames fundidos nas pétalas. O ovário é semi-ínfero, unilocular, com óvulos numerosos.[4] Relações filogenéticasPortulaca é dividida em dois subgêneros, o Portulacella, restrito à Austrália, e o outro mais difundido geograficamente. Um número maior de gêneros era incluído nessa família, mas agora eles são colocados em outros grupos, como Anacampserotaceae, Didiereaceae, Montiaceae e Talinaceae, restando apenas Portulaca na família.[5] Domínios e estado de ocorrência no BrasilEssa família não é endêmica do Brasil, mas apresenta ocorrência em todas as regiões: -Norte : Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins -Nordeste :Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe -Centro-Oeste : Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso -Sudeste : Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo -Sul : Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina Lista de espécies brasileirasAo todo são 21 espécies brasileiras pertencentes ao gênero Portulaca L. • Portulaca amilis • Portulaca cryptopetala • Portulaca diegoi • Portulaca elatior • Portulaca frieseana • Portulaca giuliettiae • Portulaca goiasensis • Portulaca grandiflora • Portulaca halimoides • Portulaca hatschbachii • Portulaca hirsutissima • Portulaca hoehnei • Portulaca minensis • Portulaca mucronata • Portulaca oleracea • Portulaca papulifera • Portulaca pilosa • Portulaca sedifolia • Portulaca thellusonii • Portulaca umbraticola • Portulaca werdermannii CuriosidadesDentro da família Portulacaceae existe uma espécie, Portulaca grandiflora, popularmente conhecida como “onze-horas”. Isso ocorre porque sua floração ocorre de acordo com o tempo, sendo quase sempre próximo ao meio-dia. Ela é nativa da América do Sul e precisa de uma incidência grande de luz para sobreviver.[carece de fontes] Uso: As espécies Portulaca grandiflora e Portulaca oleracea são muito utilizadas na culinária, como saladas. Além disso, possuem algumas propriedades, ajudando em tratamentos de queimaduras, infecções urinárias e problemas gástricos. Referências
Bibliografia
Ver tambémLigações externas
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