Série 291 a 296 da CP
A Série 291 a 296, igualmente identificada como Série 290, foi um tipo de locomotiva a tracção a vapor, utilizada pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses. História e descriçãoConsistia numa família de locomotivas a vapor com tender,[1] construídas pela casa alemã Henschel & Sohn em 1913.[2] Na década de 1990, a locomotiva 294 foi colocada numa via da estação de Vila Nova de Gaia, em conjunto com cinco outras motoras a vapor, que foram abatidas ao serviço em meados dos anos 70.[2] Desde então não foram alvo de quaisquer intervenções de conservação, atingido um avançado estado de degradação.[3] Esta locomotiva foi escolhida pelo Museu Nacional Ferroviário para ser transportada para a Guarda, onde iria ser alvo de uma intervenção de restauro, e colocada na rotunda de São Miguel, perto do Parque Urbano do Rio Diz.[4][5][3] Em Fevereiro de 2021, foi aprovada a celebração de um contrato entre o museu e a Câmara Municipal da Guarda, para a cedência da locomotiva à autarquia.[3] Em Setembro desse ano, esta decisão foi criticada pelo Grupo de Amigos do Caminho de Ferro da Beira Baixa, devido à forma como seria colocada a locomotiva, ou seja, exposta aos elementos do clima, onde se voltaria a degradar, como já tinha sucedido com a BA 101 que foi colocada num pedestal em Vilar Formoso.[3] Com efeito, esta não foi a primeira locomotiva a ser escolhida para ser colocada naquele local, tendo-se decidido originalmente por uma motora da Série 1550, da qual ainda restam vários exemplares, enquanto que a locomotiva 294 é a única sobrevivente da sua série.[3] Porém, apesar da anuência do Museu Nacional Ferroviário e da operadora Comboios de Portugal, a Câmara Municipal do Barreiro opôs-se à transferência da locomotiva em causa, tendo então sido escolhida a 294.[3] Foi apresentada uma proposta alternativa para a exposição da locomotiva, como parte de um parque temático sobre os caminhos de ferro, igualmente na área do Parque de São Miguel, não só providenciando melhores condições de preservação para o material circulante, mas também promovendo a sua musealização.[3] A locomotiva e o correspondente tender iriam ser transportados por via rodoviária, com o apoio da equipa de Comboios Históricos da operadora Comboios de Portugal, tendo a operação sido inicialmente marcada para o dia 12 de Novembro desse ano,[2] mas acabou por não ser realizada, tendo a empresa referido que «a janela de tempo não foi suficiente» para iniciar a transferência da locomotiva.[1] Este processo iria ser feito durante a noite, sendo os dois elementos de material circulante transportados inicialmente para a via de estaleiro da empresa DST, que era a responsável pelas obras que estavam então a decorrer na estação de Gaia.[1][6] Ficha técnicaCaracterísticas gerais
Ver tambémReferências
Ligações externas
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