Leivinha
João Leiva Campos Filho, conhecido como Leivinha (Novo Horizonte, 11 de setembro de 1949), é um ex-futebolista brasileiro. Atuou como meia-direita e é considerado um dos maiores jogadores da história do Palmeiras, com participação decisiva nas conquistas da época da chamada "Academia". Também já atuou como comentarista esportivo. CarreiraLinenseLeivinha começou no Linense em 1965, com apenas quinze anos.[1] Pelo clube de Lins, marcou um gol no amistoso contra o Marília, em 15 de novembro daquele ano.[2] Portuguesa de DesportosSuas atuações chamaram a atenção dos grandes clubes paulistas, e em 1966 ele se transferiu para a Portuguesa.[3] Parte do pagamento de seu passe foi feita com um amistoso entre os dois times, vencido pela Lusa por 3 a 1.[4] Ele chegou ao clube no mesmo dia em que Marinho Peres e Zé Maria também vieram. Os três fariam parte da Seleção Brasileira que anos mais tarde disputaria a Copa do Mundo de 1974, mas nenhum deles estava no clube lusitano quando chegou a esse auge nas respectivas carreiras. Foi na Lusa que o futebol de Leivinha começou a ser notado. Formou, ao lado de Ratinho, Ivair, Paes e Rodrigues, umas da melhores linhas ofensivas da história da Portuguesa,[5] mas no fim de 1970 entrou em litígio com o clube, após este não aceitar vender seu passe para o Palmeiras.[6] Ele acabou ficando mais de seis meses parado, devido a sua vontade de se transferir para outro clube.[7] Pelo time do Canindé, marcou 63 gols.[8] PalmeirasEle transferiu-se para o Palmeiras em 1971. Sua estreia foi em maio, contra o Guarani, jogo em que também marcou seu primeiro gol pelo clube em que ganharia vários títulos entre 1972 e 1974.[9] Emérito cabeceador, seus gols por esse clube o levaram a ser convocado para a Seleção. Seu talento como cabeceador era tal que, durante a decisão do Campeonato Paulista de 1971, contra o São Paulo, Leivinha teve um legítimo gol de cabeça anulado pelo juiz Armando Marques, porque este julgou que Leivinha tinha dado um soco na bola, devido à velocidade e à precisão com que ele tinha cabeceado.[9] Sua última partida foi na vitória por 3 a 1 sobre o Real Madrid, em agosto de 1975. Assim como em sua estreia, também marcou um gol. No total, Leivinha disputou 268 jogos pelo Palmeiras, com 158 vitórias, 80 empates e 29 derrotas, anotando 108 gols.[9] Atlético de MadridApós ajudar o Palmeiras a vencer o Torneio Ramón de Carranza, em 1975, inclusive marcando um gol na final contra o Real Madrid, foi vendido para o Atlético de Madrid,[10] juntamente com seu companheiro de clube Luís Pereira. Nesse clube, ambos os jogadores alcançariam novamente a condição de ídolos dos torcedores.[1] Na sua estreia pelo time de Madri, marcou três gols, na vitória por 4 a 1 sobre o Salamanca, pelo Campeonato Espanhol.[11] Com dezoito gols, alcançou a vice-artilharia do campeonato em sua primeira temporada. Foi campeão da Copa do Generalíssimo (atual Copa do Rei) em 1975–76, com o título espanhol vindo na temporada de 1976–77. Com problemas físicos que afetaram seu desempenho no time espanhol, após a temporada de 1978–79 ele deixou o clube. No total, marcou 43 gols em 93 jogos pelo time de Madri.[12] São Paulo e fim de carreiraEm 1979, retornou ao Brasil para defender as cores do São Paulo. Seus dois únicos gols com a camisa tricolor foram na vitória sobre a Portuguesa por 4 a 2, em 31 de outubro de 1979.[2] O técnico Mário Juliato previa que, com uma sequência de jogos, o futebol de Leivinha aumentaria,[13] mas nesse mesmo ano o jogador acabou optando por encerrar a carreira, por causa de diversos problemas físicos. No total, disputou apenas onze jogos pelo Tricolor e marcou dois gols. Seleção BrasileiraConvocado por Aymoré Moreira, ele estreou na seleção brasileira como jogador da Lusa, na vitória por 2 a 1 sobre o Coritiba, em 13 de novembro de 1968. Prejudicado pelo esquema tático de Zagallo e por uma contusão num jogo com o Zaire, Leivinha acabou passando despercebido na seleção nacional. Entretanto, mesmo com essa passagem relativamente apagada pelo escrete brasileiro, é atribuído ao jogador, por muitas publicações esportivas, o mérito de ter convertido o milésimo gol da seleção brasileira. Isto teria ocorrido no dia 27 de maio de 1973, na vitória por 5 a 0 sobre a Bolívia, no Maracanã, quando o craque marcou o quarto gol. No total, marcou sete gols em 27 jogos pela Seleção e disputou a Copa do Mundo de 1974. Vida pessoalEle é tio do ex-jogador Lucas Leiva, que atuava como volante. Em 2019, o escritor Luciano Ubirajara Nassar lançou sua biografia: Leivinha, o camisa 8 de ouro.[14] No mesmo ano, recebeu o título de cidadão linense, da câmera de vereadores da cidade de Lins.[15] Títulos
Referências
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