Kátia Abreu
Kátia Regina de Abreu (Goiânia, 2 de fevereiro de 1962) é uma psicóloga, empresária, pecuarista e política brasileira, filiada ao Progressistas (PP). Foi a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff[2], deputada federal (2003-2007) e senadora pelo estado do Tocantins (2007-2023). Em 2018, compondo a chapa de Ciro Gomes, foi candidata à vice-presidente da República. Formada em psicologia na Pontifícia Universidade Católica de Goiás, tornou-se pecuarista ao assumir, com a morte do marido em 1987, uma fazenda no antigo norte goiano, atualmente Tocantins. Mudou-se para a fazenda mesmo sem muito conhecimento de como conduzi-la. Ao chegar à fazenda, encontrou dentro do cofre da propriedade um roteiro completo sobre o que fazer caso o seu marido não pudesse gerenciar a fazenda. Segundo Kátia, Irajá Silvestre havia deixado uma espécie de inventário, no qual explicava coisas como onde aplicar o dinheiro, quais dívidas deveriam ser pagas primeiro e quais eram os investimentos prioritários para o aumento da produtividade da fazenda.[3] Em 2017, foi acusada de de receber 500 mil de empreiteira para sua campanha eleitoral de 2014. [4] Em 2020, seu filho , Irajá Silvestre foi acusado de estuprar uma modelo de 22 anos em São Paulo. [5]Em 2017 foi expulsa do PMDB por violar código de ética e fidelidade partidária. [6] Em 2021 foi acusada de tráfico de influência no 5G, onde foi acusada de persuadir o ex Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a aprovação da internet 5G no Brasil. [7] Líder dos agropecuaristasDestacou-se entre os produtores da região e logo tornou-se presidente do Sindicato Rural de Gurupi. Em seguida, foi eleita presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins, cargo que exerceu por quatro mandatos consecutivos entre 1995 e 2005. Em novembro de 2008, foi eleita presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), para o triênio 2008 a 2011. A entidade representa 27 federações estaduais, 2142 sindicatos rurais por todo o Brasil, além de mais de um milhão de produtores sindicalizados. Carreira políticaEm 1998, Kátia Abreu disputou pela primeira vez uma cadeira na Câmara dos Deputados, ficando como primeira suplente. Assumiu a vaga em duas oportunidades, entre abril de 2000 e abril de 2002. Foi escolhida para presidir a Bancada ruralista no Congresso Nacional, sendo a primeira mulher no país a comandá-la, que na época contava com 180 integrantes. Em 2002, foi efetivamente eleita para a Câmara dos Deputados com 76.170 votos, a mais votada no Estado do Tocantins. Em 2006, concorreu e venceu a eleição por uma vaga ao Senado Federal, derrotando Siqueira Campos, que tentava a reeleição. Em 2007, criticou a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF),[8] criticando o presidente Lula. Em 2009, Kátia Abreu figurou entre as cem personalidades mais influentes do Brasil, numa lista seleta publicada pela edição especial da Revista Época.[9] Dentre as cem personalidades destacam-se trinta personalidades políticas, dentre os quais somam cinco senadores da República. Em 2010, em entrevista a revista Veja, a senadora fez críticas as políticas para o agronegócio do ministério trabalho, desenvolvimento agrário e meio ambiente do governo Lula. Na ocasião fez um desafio aos ministros
Em 2010, apoiou José Serra na Campanha presidencial de 2010, foi cotada vice de Serra e criticou Dilma e o presidente Lula durante a campanha de 2010.[11] Em 2011, torna-se aliada ao governo Dilma.[12] Em 2016 permaneceu mais fiel à Dilma que ao partido onde se situa: "Outros, como Katia Abreu, são considerados mais fiéis à presidente que ao partido, a ponto de considerarem uma troca de legenda para permanecer ao seu lado." [13] e "A ministra Kátia Abreu é uma política sem teto. O MDB, partido que a abriga, o faz obrigado pelas contingências, da mesma forma como ela está presa ao governo Dilma."[14] Em abril de 2016, o presidente em exercício do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o senador Romero Jucá, confirmou em nota que faz questão de solicitar a Comissão de Ética o processamento com a maior rapidez possível para a satisfação da base partidária e dos representados. Com isso a Senadora Kátia Abreu, pode ser expulsa do partido, por recusar a entregar seu cargo.[15] Em agosto de 2016, começou a possibilidade dela ser expulsa do MDB, inclusive como "paralelo do caso dela com o de Roberto Requião, outro senador do MDB que votou contra o impedimento da ex-presidente"; e supostamente, "processo deve começar em breve".[16] Em dezembro de 2016, votou contra a PEC do Teto dos Gastos Públicos.[17] Em julho de 2017 votou contra a reforma trabalhista.[18] Em 13 de setembro de 2017, o MDB por recomendação da Comissão de Ética afastou Kátia Abreu por 60 dias motivado pelo fato de ela ter votado, em setembro do ano passado, contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.[19] Em resposta, Kátia Abreu disse que "Neste exato momento a preocupação do MDB deveria ser provar que não é uma organização criminosa (quadrilhão). Eu estou longe de ser um problema para o MDB. Sigo minha vida".[20] Em outubro de 2017 votou a contra a manutenção do mandato do senador Aécio Neves mostrando-se favorável a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[21][22] Em novembro de 2017, o conselho de ética do MDB decidiu por expulsar a senadora do partido por criticar o partido e o governo de Michel Temer.[23] Em abril de 2018, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Com a cassação do então governador do Tocantins, Marcelo Miranda (MDB) e sua vice Cláudia Lelis (PV), foi candidata à governadora do Estado nas eleições suplementares, em junho. Após o final do pleito, não conseguiu chegar ao segundo turno, obtendo pouco mais de 15% dos votos válidos. Em agosto, foi confirmada candidata a vice-presidente da República, na chapa de Ciro Gomes na eleição presidencial de 2018, chapa essa que obteve o terceiro lugar.[24][25] Em junho de 2019, votou contra o Decreto das Armas do governo, que flexibilizava porte e posse para o cidadão.[26] Em 22 de novembro de 2020 foi internada em São Paulo em decorrência de complicações causadas pela COVID-19. Segundo a parlamentar, seu teste deu positivo após 3 assessores receberem o diagnóstico da doença.[27] Atualmente está filiada ao Partido Progressista. Nas eleições de 2022, Kátia concorreu à reeleição para o 3° mandato de senadora. Sem o aval popular, ficou na 2ª colocação, com pouco mais de 18% dos votos válidos, perdendo para Dorinha Rezende (UNIÃO), que conquistou 50% dos votos válidos. Kátia deixa o Congresso Nacional após 20 anos de mandato. Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoEm dezembro de 2014, foi indicada por Dilma Rousseff para ocupar o cargo de ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.[2] Permaneceu no cargo até 12 de maio de 2016, sendo exonerada, no dia do afastamento de Dilma pelo Senado Federal.[28] Controvérsias
Sua atuação em defesa dos agropecuaristas tem gerado animosidade entre alguns ecologistas. Em 2009, foi rotulada pelos ativistas ambientalistas como "Miss Desmatamento".[29] No mesmo ano, foi criticada pela revista Carta Capital por manter dois terrenos improdutivos que concentram 2500 hectares de terra.[30] Como presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, contratou a organização Contas Abertas[carece de fontes] para descobrir quanto custou e quem produziu a Campanha de TV e rádio "Carne Legal" (a campanha se constitui de três peças intituladas "Churrasco de desmatamento", "Picadinho de trabalho escravo" e "Filé de lavagem de dinheiro"), encomendada pelo Ministério Público Federal.[31] Defende a política de uso de sementes alteradas em laboratório patenteadas por grandes corporações de biotecnologia como a Monsanto.[32] No dia 26 de junho de 2013, em uma palestra no Congresso Internacional de Carnes sediado em Goiânia, Kátia defendeu a PEC 37 em seu discurso, e manifestou repudio a todos aqueles que rejeitavam a Emenda. De acordo com as palavras da Senadora, os políticos devem ser livres, e a atuação do Ministério Público dificulta a governabilidade.[carece de fontes] Kátia na primeira sessão do novo Senado Federal em fevereiro de 2019, sessão a qual era destinada a escolher o novo presidente do Senado, se destacou ao defender o direito do voto secreto dos senadores, ação a qual provocou grande tumulto no plenário pois contrariava o presidente em exercício Davi Alcolumbre que decidiu colocar a questão em votação.[33] A senadora chegou a tomar papéis da mesa de Davi em protesto[34] e com isso paralisado a sessão por algum tempo. [3] Em 2017, foi acusada de de receber 500 mil da empreiteira Odebrecht para sua campanha eleitoral de 2014. [4] Em 2020, seu filho, Irajá Silvestre, foi acusado de estuprar uma modelo de 22 anos em São Paulo. [5] Em 2017 foi expulsa do PMDB por violar código de ética e fidelidade partidária.[6] Em 2021 foi acusada de tráfico de influência no 5G, onde foi acusada de persuadir o ex Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo para a aprovação da internet 5G no Brasil.[7] Notas
Referências
Ligações externas
|