José Antônio Saraiva
José Antônio Saraiva (Santo Amaro, 1 de maio de 1823 – Salvador, 21 de julho de 1895), também conhecido como Conselheiro Saraiva, foi um advogado e político brasileiro. Foi deputado provincial, presidente de província, ministro dos Negócios Estrangeiros (ver Gabinete Olinda de 1865), ministro da Guerra, ministro da Marinha (ver Gabinete Olinda de 1857), ministro do Império (ver Gabinete Caxias de 1861), presidente do Conselho de Ministros, ministro da Fazenda, senador do Império de 1869 a 1889 e da República de 1890 a 1893. Presidente do Conselho de MinistrosMais Informações: Gabinete Saraiva (1880) e Gabinete Saraiva (1885) Exerceu o cargo de Presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro) nos períodos de 28 de março de 1880 a 20 de agosto de 1882 e de 6 de maio de 1885 a 20 de agosto do mesmo ano. Em sua primeira passagem pelo cargo (1880-1882), foi responsável pela aprovação da chamada Lei Saraiva, reforma eleitoral que introduziu o sufrágio direto no Brasil. Na segunda vez (1885), foi co-responsável, juntamente com João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe, pela aprovação da chamada Lei dos Sexagenários (também conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe), que libertou os escravos com 60 anos de idade ou mais. Na madrugada de 16 de novembro de 1889, D. Pedro II chegou a nomeá-lo novamente, no lugar de Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto, mas o fato sequer foi reconhecido, devido à Proclamação da República no dia anterior. Presidente de ProvínciaPiauí - Nomeado por Carta Imperial de 23 de junho de 1850, presidiu a província de 7 de setembro desse ano a 12 de março de 1853, com apenas 27 anos, graças ao grande prestígio de Pedro de Araújo Lima, então Visconde de Olinda, seu padrinho político. Sendo seu primeiro cargo público relevante, o conselheiro foi responsável pela mudança da capital de Oeiras para Teresina. A medida que a economia pecuária entrou em declínio, as elites políticas oeirenses demonstraram a incapacidade de criar alternativas para os destinos da província. Foi esta a situação que deu origem a ideia de transferência da capital para a região da Vila do Poti. A região onde se criaria a nova capital apresentava, segundo o pensamento de Saraiva, as condições para se resolverem os problemas fundamentais que provocavam a crise vivida pela sociedade piauiense da época, pois mudaria o eixo das relações político-econômicas, até então situado no interior da província, numa região de difícil comunicação, que se manteve viva enquanto a pecuária ainda se mostrava capaz de sustentar a região. Essa ousadia de Saraiva lhe rendeu bastante prestígio, devido a sua coragem e capacidade para convencer o povo piauiense, principalmente as oligarquias de Oeiras e Campo Maior, a aderir a nova ideia de progresso que seria a transferência da capital, chegando a assustar até mesmo o governo central do Rio de Janeiro, que acreditou, por um momento, ter sido um erro colocar um jovem para assumir um posto político importante. Porém, futuramente, com o sucesso de seu projeto e sua boa administração em outras províncias, tornou-se um homem de confiança de D. Pedro II. Teresina foi fundada em 16 de agosto de 1852, assim denominada em homenagem à Imperatriz, Teresa Cristina, esposa de D. Pedro II. A cidade se tornou a capital da província (depois do estado) desde essa data, transferindo para ela, desde Oeiras, a sede administrativa da região. Depois do sucesso de sua administração no Piauí, o Conselheiro Saraiva foi nomeado presidente de mais três províncias importantes do Império, entre 1853 e 1859.
Está sepultado no Cemitério do Campo Santo em Salvador.[1] Gabinete de 28 de março de 1880Foi simultaneamente Presidente do Conselho de Ministros e Ministro da Fazenda.
Gabinete de 6 de maio de 1885Foi simultaneamente Presidente do Conselho de Ministros e Ministro da Fazenda.
Ver tambémReferênciasReferências Bibliográficas
Bibliografia
Ligações externas
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