Grande Prêmio de Mônaco
Juntamente com as 500 Milhas de Indianápolis e com as 24 Horas de Le Mans, o GP de Mônaco faz parte da chamada Tríplice Coroa do Automobilismo, que são as três mais prestigiadas corridas do automobilismo mundial.[4] O GP foi disputado pela primeira vez em 1929. Em 1950, teve sua primeira participação na Fórmula 1 e a partir de 1955 passou a ser disputado regularmente pelo campeonato da Fórmula 1. Já teve alguns acidentes fatais, como o de Lorenzo Bandini em 1967. Curiosamente, com exceção do atual trecho da piscina, com suas quatro curvas, introduzido em 1973, o traçado de 3.337 metros é, basicamente, o mesmo que no dia 14 de abril de 1929 recebeu a primeira edição do Grande Prêmio de Mônaco.[5] O Grande Prêmio de Mônaco formou parte do primeiro Campeonato Mundial de Fórmula 1 desde 21 de maio de 1950, o ano da criação, ganho por Juan Manuel Fangio com um Alfa Romeo. De 1955 esta corrida foi disputada anualmente. Juntamente com a data da Fórmula 1, por exemplo carros históricos e categorias baixas são disputadas. O Fórmula Júnior correu em Mônaco, em 1950 e de 1959 até 1963. Entre 1964 e 1997 realizou uma corrida de Fórmula 3, que serviu como um ponto de encontro para os pilotos dos vários campeonatos nacionais na Fórmula 3. Fórmula 3000 internacional ocorreu em 1998 e marcou o início de 2005 ao seu sucessor, o GP2 Series. Fórmula 3 Euroseries correu em Mônaco apenas uma vez em 2005, e o World Series by Renault faz daquele mesmo ano. Por ser a mais tradicional prova do calendário da Fórmula 1, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) faz algumas concessões para a corrida acontecer. Ele é o único da Fórmula 1 que não excede a distância total de 305 km do Grand Prix, devido a uma cláusula especial que a FIA aprovou para Mônaco. Apenas 78 voltas são disputadas, totalizando uma distância de 260 km. Isto porque, para atingir esta distância de 305 km, a prova teria que ser disputada em 92 voltas. Com uma velocidade média de 155 km/h, as 92 voltas seriam concluídas em tempo superior as 2 horas previstas em regulamento. Outra concessão, que aconteceu até 2016, tem a ver com a tradição dos pódios: o GP de Monaco era a única corrida do ano em que a estrutura levada aos outros 19 GPs não era montada. A premiação, tradicionalmente, sempre aconteceu nos degraus do primeiro andar do camarote da família real - os Grimaldi - do principado. Em 2017, porém, esta tradição mudou, já que o Automóvel Clube de Mônaco (ACM), que organiza a corrida, montou o pódio no segundo andar do camarote, com direito até àquelas bandeiras em LED.[3] Por fim, o GP de Monaco é o único que tem um dia livre voltado exclusivamente para eventos comerciais: a sexta-feira que antecede a prova. Para isso, os primeiros treinos são antecipados para a quinta-feira.[2] O maior vencedor da história do evento é o brasileiro Ayrton Senna[6] que venceu seis vezes (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993). Senna também é o piloto com o maior número de poles conquistadas: Cinco (1985, 1988, 1989, 1990 e 1991).[7] Estes feitos de Ayrton Senna da Silva, piloto brasileiro que faleceu em 1994, o levou a receber o apelido de Rei de Mônaco. HistóriaOrigensComo muitas corridas europeias, o Grande Prêmio de Mônaco é anterior ao atual Campeonato Mundial de Formula 1. O primeiro Grande Prêmio do principado foi organizado por Antony Noghès e aconteceu em 14 de abril de 1929, no reinado do Príncipe Louis II, através do Automóvel Clube de Mônaco (ACM), que organizou o Rali de Monte Carlo e, em 1928, candidatou-se à Association Internationale des Automobiles Clubs Reconnus (AIACR), o órgão regulador internacional do automobilismo, visando elevar-se de um clube regional francês para o status nacional completo. A inscrição foi recusada devido à falta de um grande evento automobilístico realizado dentro dos limites de Mônaco. O rali não pôde ser considerado, pois utilizou principalmente as estradas de outros países europeus.[8][9] Para obter o status nacional completo, Noghès propôs a criação de um Grande Prêmio automobilístico nas ruas de Monte Carlo. Após a sanção do príncipe Louis II, o organizador da prova buscou o apoio de seu conterrâneo, o piloto Louis Chiron, para quem a topografia de Mônaco era adequada à construção de uma pista de corrida.[10] Dezesseis nomes disputaram o primeiro Grande Prêmio de Mônaco e nele a classificação foi definida por sorteio, cabendo a pole position ao francês Philippe Étancelin, piloto da Bugatti.[9] Outro piloto renomado e favorito à vitória era o alemão Rudolf Caracciola, da Mercedes, além de um certo "Georges Philippe", na verdade um pseudônimo utilizado pelo barão Philippe de Rothschild afim de ocultar sua identidade. Para o torcedor monegasco, no entanto, a terça-feira de competição foi prejudicada pela ausência de Louis Chiron, comprometido com os treinos e a disputa das 500 Milhas de Indianápolis de 1929.[11] Sobre a corrida, o vencedor foi o britânico William Grover-Williams (sob o heterônimo de "Williams"), dirigindo um Bugatti Type 35B, modelo de fábrica colorido com o tradicional "verde bretão".[12] O Mercedes SSK de Caracciola não teve permissão para correr no ano seguinte, quando René Dreyfus e seu Bugatti Type 35B venceram a prova, com Chiron em segundo lugar a bordo de um Bugatti Type 35C. Resiliente, Louis Chiron permaneceu na equipe e venceu a corrida de 1931. Em 2022, ele continua sendo o único nativo de Mônaco a vencer um Grande Prêmio em seu país. Vencedores do GP de MônacoO fundo rosa indica que a prova não fez parte do Mundial de Fórmula 1. O fundo creme indica os Grandes Prêmios de Mônaco que fizeram parte do Campeonato Europeu de Automobilismo anterior à 2ª Guerra Mundial. Por anoVitórias por pilotoVitórias por equipe
Vitórias por país
↑1 (Última atualização: GP de Mônaco de 2024) Estatísticas do GP de Mônaco de F1
NotasReferências
Ver também
Ligações externas |