Grande Prêmio de Mônaco de 1970
Resultados do Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1 realizado em Montecarlo em 10 de maio de 1970.[1] Terceira etapa do campeonato, foi vencido pelo austríaco Jochen Rindt, da Lotus-Ford, num dia onde Jack Brabham ficou em segundo pela Brabham-Ford e Henri Pescarolo em terceiro com a Matra.[2] ResumoChris Amon vence o BRDCUma semana após o Grande Prêmio da Espanha realizou-se no Circuito de Silverstone a edição de 1970 do Troféu Internacional do British Racing Drivers' Club (BRDC) ou Clube Britânico dos Pilotos de Corrida, no entanto a baixa adesão das equipes de Fórmula 1 resultou na inserção de carros da Fórmula 5000 para completar o grid e nele o pole position era Chris Amon, da March. Ao seu lado na primeira fila estavam Jackie Stewart com uma March pertencente a Ken Tyrrell e a seguir dois carros da McLaren: um oficial pilotado por Denny Hulme e outro adaptado para a Fórmula 5000 sob os cuidados de Peter Gethin, enquanto a outra fila era composta por Jack Brabham (Brabham), Bruce McLaren (McLaren) e Graham Hill (Lotus).[3] Na primeira bateria a liderança de Hulme durou até ser este ultrapassado por Amon, que triunfou com Stewart em segundo. Antes de iniciada a nova bateria os organizadores da prova determinaram a formação do grid de acordo com as posições dos treinos e não pelo resultado da prova anterior, excluindo-se os que abandonaram a disputa. Mais uma vez Amon foi superado por um rival, sendo que Stewart liderou tanto em pista úmida quanto seca, porém seu triunfo dependia de uma diferença superior a doze segundos em relação a Chris Amon, entretanto o neozelandês acelerou o bastante para manter sua "margem de segurança" e ficou na segunda posição, resultado necessário para garantir a vitória.[3] Estreia de Ronnie PetersonNos treinos a March fez de Jackie Stewart o pole position em mais um ótimo resultado para Ken Tyrrell enquanto a "equipe oficial" pôs Chris Amon em segundo lugar. Nas posições seguintes estavam Denny Hulme pela McLaren e Jack Brabham pela Brabham. Quinto colocado, o belga Jacky Ickx amargou o terceiro GP consecutivo como representante único da Ferrari. Em situação mais discreta estavam Bruce McLaren (décimo), para quem a etapa monegasca seria a última de sua carreira,[4] e o estreante Ronnie Peterson (décimo segundo), cuja presença no grid foi garantida quando a Antique Automobiles (também denominada Colin Crabbe Racing) alugou uma March 701 para o piloto sueco, décimo segundo no grid de largada.[5] Dentre os não classificados à porfia monegasca, despediu-se da Fórmula 1 o francês Johnny Servoz-Gavin, titular de uma March a serviço de Ken Tyrrell.[6] Este treino, aliás, marcou a única dobradinha da March na primeira fila.[7] O vai e vem da LotusIdealizado por Colin Chapman e Maurice Philippe, o Lotus 72 fez sua estreia no Grande Prêmio da Espanha no último dia 19 de abril[8] e participou do Troféu Internacional BRDC uma semana depois, contudo a equipe de Hethel (cidade-sede da Lotus) decidiu voltar ao modelo 49 para correr em Mônaco.[5] O que seria uma decisão interna de um time ganhou contornos pitorescos: Graham Hill sofreu um acidente e foi o último a largar para a corrida, mas como a Rob Walker Racing Team não reconstruiu a tempo o carro de Hill (também um Lotus 49), a solução foi pedir emprestado a Colin Chapman o bólido de John Miles, pois este piloto não se classificou para a etapa monegasca. Embora incomum, a solicitação foi atendida.[9] Brabham erra, Rindt venceJackie Stewart manteve o primeiro lugar desde a largada e sustentou essa posição mesmo fustigado por Chris Amon e Jack Brabham até o ídolo australiano ultrapassar Amon no vigésimo segundo giro e tornar-se o perseguidor imediato de Stewart, mas um duelo entre ambos foi frustrado quando o britânico parou nos boxes na volta 27 e de lá não saiu, pois uma falha mecânica afetou sua March.[10] Àquela altura a corrida não dispunha de nomes como Jean-Pierre Beltoise, Bruce McLaren, John Surtees e Jacky Ickx enquanto Graham Hill se arrastava nas últimas posições. Enquanto Jack Brabham liderava a corrida, seus concorrentes mais próximos eram Chris Amon e Denny Hulme até Jochen Rindt subir para o terceiro lugar na volta 41, logo à frente de Hulme. Pouco depois o destino dos neozelandeses não foi auspicioso: Hulme perdeu rendimento em relação a Rindt e não pôde defender-se quando Jo Siffert e Henri Pescarolo o superaram, enquanto Amon ficou a pé devido a falhas na suspensão.[5] Entre tantos abandonos os melhores do dia passaram a ser Brabham, Rindt, Siffert e Pescarolo com os veteranos Hulme e Hill completando as posições de honra, mas Siffert foi vítima de uma pane seca a quatro giros do fim, entregando o sexto lugar para a BRM de Pedro Rodríguez. Nove segundos à frente do adversário mais próximo, Jack Brabham parecia destinado a uma vitória tranquila, mas ao frear além do ponto ideal seu bólido saiu da pista e bateu no guard-rail na última volta entregando a vitória a Jochen Rindt, embora o australiano tenha minorado o prejuízo ao engatar a ré para finalizar em segundo com Henri Pescarolo, da Matra, assegurando o único pódio de sua carreira enquanto Denny Hulme (McLaren), Graham Hill (Lotus) e Pedro Rodríguez (BRM) completaram a zona de pontuação. Foi a única vitória de Jochen Rindt em Montecarlo, a derradeira vez onde ele marcou a volta mais rápida numa corrida[11] e a última prova do Lotus 49. No mundial de pilotos a liderança permanecia nas mãos de Jack Brabham com 15 pontos, mesma contagem de sua equipe entre os construtores. Classificação da provaTreino oficial
Corrida
Tabela do campeonato após a corrida
Notas
Referências
|
Portal di Ensiklopedia Dunia