Fratura de Jefferson
Uma fratura de Jefferson é uma fratura da primeira vértebra (atlas). É classicamente descrita como uma fratura em quatro partes dos arcos posterior e anterior do atlas,[1] embora ela também possa aparecer como uma fratura em duas ou três partes. A fratura pode resultar de compressão da segunda vértebra ou hiperextensão do pescoço, causando uma fratura posterior, que pode estar acompanhada por fraturas de outras partes da coluna cervical.[1] Somente cerca de 1-2% das fraturas espinhais são fraturas do atlas, das quais cerca de um terço são fraturas clássicas de Jefferson com 4 fragmentos.[2] É causada por uma força potente axial (longitudinal, ao longo da coluna vertebral) sobre o crânio, que é transmitida aos côndilos laterais, quebrando o anel do atlas em seu local mais fraco, levando os fragmentos de fratura para fora. Frequentemente isto ocorre em lesões durante banhos, quando a pessoa salta de cabeça em águas rasas. EpônimoA fratura recebe o nome em homenagem ao neurologista e neurocirurgião britânico Sir Geoffrey Jefferson, que descreveu quatro casos da fratura em 1920 além de revisar casos anteriores que já haviam sido descritos anteriormente.[3] Em 1920 escreveu em seu trabalho „Fracture of the atlas vertebra: report of four cases, and a review of those previously recorded“, que ela ocorre na forma clássica de fratura múltipla (uma fratura bilateral do arco posterior e anterior do atlas).[4] EtiologiaAs fraturas de Jefferson são geralmente causadas por impacto ou sobrecarga na porção posterior da cabeça. São frequentemente associadas com mergulhos em águas rasas, impacto contra o teto de um veículo e quedas,[5] e em crianças pode ocorrer durante quedas do equipamento do playground.[6] Menos frequentemente, uma forte rotação da cabeça também pode resultar nas fraturas de Jefferson.[5] As fraturas de Jefferson são extremamente raras em crianças, mas a recuperação é geralmente completa sem cirurgia.[6] SintomasAs pessoas com fraturas de Jefferson geralmente relatam dor no pescoço superior mas não apresentam sinais neurológicos. A fratura também pode causar lesão às artérias do pescoço, resultando em síndrome medular lateral, síndrome de Horner, ataxia e a inabilidade de sentir dor ou temperatura.[1] Em casos raros, anormalidades congênitas podem causar os mesmos sintomas de uma fratura de Jefferson.[7][8] DiagnósticoA confirmação radiológica se dá através de uma radiografia com a boca aberta. Referências
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