A União de Maricá foi idealizada pelo então prefeito Washington Quaquá, surgindo para que se tivesse uma representante da cidade no Carnaval Carioca. Para isso, durante sessão na Câmara dos Vereadores de Maricá, no dia 26 de Maio a entidade foi criada, após a compra da vaga do Império da Praça Seca, com o objetivo de passar a desfilar na Série C.[3] A União surgiu com o objetivo de unir antigas escolas de samba do município que desfilavam na cidade até 2008, quando os desfiles foram encerrados, devido ao fim da subvenção ao Carnaval, feita pelo próprio Washington Quaquá, ao assumir o município.
Em 27 de novembro de 2015, foi divulgada uma suposta assembleia da Praça Seca que, segundo a imprensa, "alterou sua denominação e sede", fazendo assim o procedimento conhecido no mundo do samba como "venda de CNPJ".[2]
História
A escola fez sua estreia na Série C no dia 8 de fevereiro de 2016, sendo a última escola a desfilar, obtendo o 4° lugar em seu primeiro desfile oficial. Conquistou seu primeiro acesso em 2018, quando foi campeã do Grupo C homenageando o centenário do Cordão da Bola Preta. Em 2023, com o enredo "Eu Sigo Nordestino", a União de Maricá conquistou o vice-campeonato geral da Série Prata vencendo o desfile de sexta-feira e obteve o inédito acesso à Série Ouro, garantindo o direito de desfilar na Marquês de Sapucaí pela primeira vez na história.
2024: "O Esperançar do Poeta"
Para o carnaval de 2024, ano de sua estreia na Série Ouro e nos desfiles da Marquês de Sapucaí, a União de Maricá reformou sua equipe trazendo nomes consagrados no carnaval carioca, como o intérprete Nino do Milênio (para fazer dupla com Matheus Gaúcho, que defende a escola desde sua fundação), o diretor de carnaval Wilsinho Alves, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Fabrício Pires e Giovanna Justo, o coreógrafo Patrick Carvalho e o carnavalesco André Rodrigues, que desenvolveu o enredo "O Esperançar do Poeta", sobre o papel social dos compositores e uma homenagem ao compositor Guará, autor de sambas como "33 – Destino de D. Pedro II" e "Sorriso Aberto". Guará foi assassinado em 1988, aos 33 anos de idade. Especialistas elogiaram o desfile da agremiação, considerando-a um dos destaques do primeiro dia da Série Ouro e destacando a força de quesitos como Bateria, Comissão de Frente, Harmonia e Samba-Enredo.[4] No julgamento oficial do carnaval, a União de Maricá se classificou em quarto lugar, ficando a frente de escolas tradicionais como São Clemente e União da Ilha do Governador.[5] A Comissão de Frente foi a mais premiada do ano, recebendo nove premiações. Após o desfile, André Rodrigues foi desligado da agremiação.[6]
2025: "O Cavalo de Santíssimo e a Coroa do Seu 7"
Aos 28 anos de idade, Juliano Oliveira assumiu a presidência da escola. Juliano começou na agremiação como componente, foi coordenador de ala e fazia parte da diretoria.[7] Para o carnaval de 2025, a União contratou o carnavalesco Leandro Vieira[8] que desenvolverá um enredo sobre Seu Sete da Lira, uma manifestação de Exu, que seria incorporado pela mãe-de-santoDona Cacilda de Assis, no início da década de 1970.[9]
"Evolução da Vida através da Visão de Darwin" (Compositores do samba: Dominguinhos do Estácio, Gilberto Gomes, Marcinho Família, Renatinho da Oficina, Arthur Miguel, Sérgio Joca e Carlão do Caranguejo)
"Nelson Gonçalves - O Autorretrato do Rei do Rádio" (Compositores do samba: Pedro Cassa, Wagner Mariano, JotaPê, J. Vidal, Roberto Cardoso, Gilmar Nogueira, Natal e Pedrinho)
"O Esperançar do Poeta" (Compositores do samba: Rafael Gigante, Vinicius Ferreira, Junior Fionda, Camarão Neto, Victor do Chapéu, Jefferson Oliveira, Marquinho Abaeté e André do Posto 7)
(Compositores do samba: Wanderley Monteiro, Rafael Gigante, João Vidal, Vinicius Ferreira, Jefferson Oliveira, Miguel Dibo, Hélio Porto e André do Posto 7)