Tatsuzō Ishikawa
Tatsuzō Ishikawa (石川 達三, Ishikawa Tatsuzō, Yokote, 2 de julho de 1905 — Tóquio, 31 de janeiro de 1985) foi um escritor japonês. Ele foi o vencedor do 1º Prêmio Akutagawa, em 1935 e do 17º Prêmio Kikuchi Kan, em 1969. BiografiaNascido em Yokote, na província de Akita, Japão, Ishikawa foi criado em vários lugares, incluindo Kyoto e Okayama. Ele começou a cursar literatura na Universidade de Waseda, mas desistiu antes de se graduar. Em 1930, mudou-se do Japão para o Brasil através de um programa de imigração, onde ficou trabalhando por 6 meses. Ele havia feito um acordo com a revista em que trabalhava para escrever artigos sobre a viagem. No entanto, ao chegar à hospedaria de imigrantes no porto de Kobe, ponto de partida dos navios “Maru”, ficou chocado com a miséria dos imigrantes e decidiu escrever um romance. Em 1933, lançou o romance Sōbō (蒼 氓), onde descreve a longa viagem entre o Japão e o Brasil, a chegada ao porto de Santos e a distribuição dos trabalhadores pelas fazendas de café, abordando as experiências do autor com as condições dos imigrantes, mas de uma forma ficcional.[1][2] Em setembro de 1935, o romance recebeu o 1º Prêmio Akutagawa.[3] Em dezembro de 1937, Ishikawa foi despachado para Nanjing como repórter especial pela editora Chūō Kōron, para relatar os feitos dos militares japoneses na Segunda Guerra Sino-Japonesa, ocorrida entre os anos de 1937 e 1945. Após o desembarque em Xangai, ele chegou a Nanjing em janeiro de 1938, e passou oito dias na cidade, conversando com soldados japoneses da infantaria ao invés de oficiais, antes de retornar para o Japão e completar o manuscrito de Ikiteiru heitai (生きている兵隊) em apenas onze dias. Este romance relata, de forma fictícia, as atrocidades sofridas por civis chineses, bem como do pessimismo dos soldados japoneses em relação à guerra. Foi publicado em fevereiro, na edição de março da revista Chūō Kōron.[4] Devido ao seu assunto controverso, quase um quarto de seu conteúdo foi censurado antes mesmo de ser publicado. Ainda assim, a revista foi retirada de circulação no dia em que foi publicada. O autor e seus editores foram presos por "causar distúrbios na paz e na ordem". Ishikawa foi condenado a quatro meses de prisão e colocado em liberdade condicional por três anos.[5] Ishikawa continuou a ser um escritor ativo após a guerra e, em 1969, ganhou o Prêmio Kikuchi Kan por suas contribuições à literatura japonesa.[6] BibliografiaLivros selecionados em japonês
Livros publicados no Brasil
Prêmios
Referências
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