Salvador (Penamacor)
Salvador é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Salvador do Município de Penamacor, freguesia com 10,21 km² de área[2] e 320 habitantes (censo de 2021)[3], tendo, por isso, uma densidade populacional de 31,3 hab./km². Perto desta aldeia encontram-se as localidades de Aranhas e de Monsanto. Situa-se a 12 km da sede do município e a 7 km da fronteira com a Espanha. No seu largo principal é possível visitar a sua antiga igreja, cujo relógio foi restaurado na primeira metade da década de 2000. Possui um lagar, onde é possível comprar azeite preparado de forma totalmente artesanal. O artesanato local inclui adufes, bordados e rendas, entre outros objectos. Na gastronomia, destacam-se o queijo, os enchidos, o presunto, o pão caseiro e o pão-de-ló. HistóriaOs vestígios mais antigos do povoamento de Salvador encontram-se no chamado sítio dos Covões, onde foram encontrados restos de antigas habitações, uma pia baptismal, diversas moedas, objectos domésticos do dia-a-dia e sepulturas esculpidas em rochas. A primeira referência administrativa de Salvador mencionava-a como um priorado, associado à casa de Belmonte. Os condes de Belmonte possuíam diversas propriedades em Salvador. Numa delas, a quinta do cercado, encontrava-se a antiga igreja matriz. A maior parte da população da zona era constituída por caseiros ou rendeiros dos condes. Até 1881, Salvador pertenceu à Diocese de Castelo Branco, altura em que esta foi extinta. A partir de então, passou a integrar a Diocese da Guarda. DemografiaA população registada nos censos foi:[3]
Brasão![]() ![]() Salvador fez parte do extinto concelho de Monsanto até meados do século XIX, altura em que passou a integrar o concelho (atual município) de Penamacor. O brasão da freguesia de Salvador consiste num escudo de prata, com uma oliveira pintada de verde, com frutos negros. Possui ainda uma flor-de-lis de prata, com duas cabras em cor de púrpura, uma de cada lado. É encimada por uma coroa mural de prata, com três torres. Em baixo, encontra-se um listel branco, com o nome do local em letras maiúsculas pretas: "SALVADOR - PENAMACOR". Património
ReligiãoA padroeira de Salvador é Nossa Senhora da Oliveira. Reza a lenda que numa concavidade de uma oliveira apareceu uma imagem sua, no sítio dos Covões, nascendo assim o seu culto. Terá no mesmo local existido um templo a ela dedicado, onde repousava a sua imagem. Ao ser este demolido, dada a sua antiguidade, a imagem foi transferida para a igreja matriz da Aldeia de João Pires durante alguns anos, por se recusarem os condes a construir uma nova igreja. Os fiéis viram-se obrigados a construir uma nova igreja, à sua custa, num novo local, onde hoje ainda se encontra. A imagem voltou então a Salvador. Posteriormente, o bispo da Guarda D. Rodrigo de Moura Teles, em visita à povoação, achou que a imagem se encontrava em tão mau estado de conservação que a mandou enterrar, para que fosse feita uma nova. A aldeia encontra-se associada a três ermidas. São elas a antiga de Nossa Senhora da Oliveira, a de Santa Sofia, erigida pelo povo, como forma de reconhecimento pela povoação ter sido poupada à destruição por uma inundação, e a de Nossa Senhora de Fátima, de construção mais recente. Anualmente, Salvador celebra a 5 de Maio esta santa padroeira. No dia 12 de Maio, realiza-se uma procissão de velas, durante a qual se podem observar colchas artisticamente decoradas, arcos de flores e diversas lâmpadas acesas. Referências
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