As relações bilaterais entre os dois países são consideradas muito antigas visto que, em 1824, teve início a colonização alemã no Brasil, com a chegada de imigrantes ao Rio Grande do Sul. Em 1825, a Prússia reconheceu a independência do Brasil, e em 1826 houve a abertura do consulado brasileiro em Hamburgo.
Em 1859, a Prússia promulgou o chamado "Rescrito de Heydt", proibindo a propaganda em favor da imigração para o Brasil, devido aos maus tratos sofridos pelos colonos alemães na província de São Paulo. Este rescrito teve efeito desfavorável sobre os possíveis emigrantes na Prússia, e de 1871 em diante, em toda a Alemanha. O decreto só foi revogado em 1896. Em 1900, o Barão do Rio Branco é nomeado ministro plenipotenciário em Berlim.[1]
Quando a Alemanha Nazista atacou a Polônia em 1939, dando início à Segunda Guerra Mundial, o Brasil declarou-se oficialmente neutro. Mas esta neutralidade foi "quebrada" quando submarinos alemães começaram a torpedear navios brasileiros na costa do país. Em 1942 houve o rompimento das relações diplomáticas do Brasil com as potências do Eixo, e o reconhecimento do "estado de beligerância".
Pós-Guerra
Após a Segunda Guerra Mundial, as relações diplomáticas entre os dois países foram reestabelecidas em julho de 1951, com a construção da sede da embaixada da Alemanha em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Em 2015, a primeiro-ministra alemãAngela Merkel visitou o Brasil acompanhada de uma comitiva de sete ministros e cinco secretários de Estado para iniciar processo de "consultas intergovernamentais" entre ambos os países. O país europeu mantém tal tipo de relacionamento estrito com outros oito países (França, Itália, Espanha, Polônia, Israel, Rússia, China e Índia).[3] O governo alemão também emitiu uma nota em 2018 através de sua embaixada que o nazismo era um regime de direita, sendo contestado por brasileiros na época.[4]