Pureza Nota: Para outros significados, veja Pureza (desambiguação).
Pureza é um município do estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2024, era de 9 707 habitantes. GeografiaCom 504,294 km² de área[2] (0,9549% da superfície estadual), Pureza se limita a norte com Touros; a sul com Taipu, Poço Branco e João Câmara; a leste com Maxaranguape e Rio do Fogo e a oeste com Touros e João Câmara.[6] Na divisão territorial do Brasil feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, o município pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal;[7] antes, na divisão em mesorregiões e microrregiões que vigorava desde 1989, fazia parte da microrregião do Litoral Nordeste, uma das quatro microrregiões formadoras da mesorregião do Leste Potiguar.[8] A cidade está a 64 km de Natal, capital estadual,[9] e a 2 468 km de Brasília, a capital federal.[10] O território de Pureza está inserido tanto nos tabuleiros costeiros, também chamados de "planaltos rebaixados", e quanto na Chapada da Serra Verde, com altitudes geralmente superiores aos tabuleiros.[6] Os solos locais são profundos e de forte a excessivamente drenados, porém pouco férteis e, em sua maior parte, de textura arenosa, caracterizando as areias quartzosas distróficas,[6] chamadas de neossolos na nova classificação brasileira de solos.[11] Também ocorrem, em áreas menores, o latossolo, os solos orgânicos (organossolos), o vertissolo e o solo bruno não cálcico (luvissolo).[12] A geologia local é constituída por sedimentos terciários do Grupo Barreiras, exceto na porção oeste do município, onde ocorrem os calcários da Formação Jandaíra, ambos inseridos na Bacia Potiguar.[6] Pureza está em uma área de transição entre os biomas Mata Atlântica e Caatinga, que ocupam 7% e 93% da área do município, respectivamente.[13] A Mata Atlântica, mais densa, apresenta-se sob as formas de floresta subperenifólia e subcaducifólia, o primeiro verde ao longo de todo o ano e o segundo com folhas caducas, que caem na estação seca, tal como ocorre na Caatinga, onde são comuns arbustos e espécies com presença de espinhos. Na hidrografia, 58,91% do território purezense estão na bacia hidrográfica do rio Punaú, 38,49% na bacia do rio Maxaranguape e os 2,5% restante na bacia do Boqueirão.[6] Na zona urbana está localizada a fonte do olheiro, importante ponto turístico que abriga a nascente do Rio Maxaranguape,[14] cuja foz está em Barra de Maxaranguape, uma praia do Oceano Atlântico, logo após passar pela cidade de Maxaranguape.[15] Embora Pureza esteja na região do semiárido brasileiro delimitada pelo governo federal, que leva em conta o risco de seca,[16][17] o clima é considerado tropical chuvoso com verão seco, com chuvas concentradas no período de março a julho, sendo abril e junho os meses de maior precipitação. Desde 1962, quando foi instalado um pluviômetro na cidade, o maior acumulado de chuva em 24 horas alcançou 205 mm em 30 de julho de 1998, seguido por 193,7 mm em 18 de fevereiro de 2018.[18] A partir de dezembro de 2018, quando entrou em operação uma estação meteorológica automática da EMPARN na cidade, a menor temperatura ocorreu em 16 de agosto de 2022, com mínima de 17,6 °C, e a maior atingiu 35,6 °C nos dias 12 de janeiro de 2019 e 22 de março de 2020.[19]
Referências
BibliografiaJACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179, 2008. LIMA, Rodrigo Lucas; SILVA, Valdenildo Pedro. Gestão ambiental para o turismo excursionista do olheiro de Pureza-RN: uma contribuição da percepção de moradores e excursionistas. HOLOS, v. 3, p. 120-137, 2011. SIMONETTI, Thiago França. Análise das mudanças no uso e cobertura da terra na Bacia hidrográfica do Rio Maxaranguape - RN (1985 - 2020). 70f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia), Departamento de Geografia, UFRN, Natal, 2022. |
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