Porto de Mós Nota: Não confundir com Porto de Moz (no Brasil).
Porto de Mós é uma vila portuguesa pertencente ao distrito de Leiria, na província da Estremadura, integrando a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, na região do Centro de Portugal, com cerca de 5000 habitantes.[1] É sede do município de Porto de Mós com 261,83 km² de área[2] e 23 203 habitantes (2021),[3] subdividido em 10 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelos municípios de Leiria e da Batalha, a leste por Alcanena, a sul por Santarém e Rio Maior e a oeste por Alcobaça. HistóriaSegundo a lenda da Nazaré, o cavaleiro D. Fuas Roupinho, miraculado por Nossa Senhora da Nazaré, em 1182, foi alcaide de Porto de Mós. Segundo outras fontes, venceu um grande exército muçulmano que cercava o castelo, recorrendo ao estratagema de se esconder previamente na serra com parte dos seus homens. Derrotou o inimigo com um ataque surpresa ao seu acampamento, durante a noite. O concelho de Porto de Mós foi pertença dos Coutos de Alcobaça em 1230, doado por D. Sancho II, influenciando por muitos séculos a vida e os hábitos desta região que mais tarde foi entregue, por D. João I, a D. Nuno Álvares Pereira e à Casa de Bragança, após a decisiva Batalha de Aljubarrota, a 14 de Agosto de 1385. Em 1895 o concelho de Porto de Mós foi extinto e passou a pertencer ao concelho de Alcobaça, no entanto este período foi de curta duração, já que em 1898 voltou a ter o estatuto de concelho, mas sem a freguesia de Minde que juntou ao concelho de Torres Novas. A vila recebeu foral de D. Dinis em 1305 e mais tarde recebeu o foral Manuelino de D. Manuel em 1515.[5] GeografiaPorto de Mós situa-se na Região Centro de Portugal, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Do ponto de vista morfológico podem distinguir-se, no Maciço Calcário Estremenho do PNSAC, três subunidades – a Serra dos Candeeiros a oeste, o Planalto de Santo António ao centro e sul, e o Planalto de São Mamede e a Serra de Aire, a norte e este, respetivamente. A separar estas subunidades encontram-se três depressões originadas por grandes fraturas, respetivamente a depressão da Mendiga-Arrimal, o Polje de Mira-Minde e a depressão de Alvados. Apesar da ausência de cursos de água superficiais nesta região, a água existe em abundância no subsolo, constituindo um dos maiores reservatórios de água doce subterrânea do país que se estende entre Rio Maior e Leiria. A ação das águas, como agente físico-químico modelador dos calcários, originou uma paisagem marcada por formas de relevo características, como escarpas e afloramentos rochosos, que lhe conferem um traço vigoroso. De entre essas formas podem-se destacar, ainda, os campos de lapiás e as dolinas. A nível subterrâneo sobressaem os algares - aberturas naturais verticais - em alguns casos com dezenas de metros, e que por vezes se desenvolvem em profundidade por sistemas de galerias, salas e poços que, no seu conjunto, formam grutas.[6] EconomiaO município de Porto de Mós é essencialmente industrial, sendo predominante a indústria transformadora. Contudo, é a indústria da calçada portuguesa que tem levado o seu nome a percorrer mercados internacionais. O setor primário é pouco significativo no município, empregando 5% a 8% da população em atividades ligadas à agricultura, pecuária, suinicultura e às indústrias extrativas. As freguesias mais rurais do município (Alcaria, Arrimal, São Bento e Serro Ventoso) são aquelas em que este tipo de atividades predomina. O setor secundário emprega cerca de 55% dos habitantes do município. Destaca-se a indústria transformadora, com 457 empresas sediadas no município (segundo o último levantamento do INE, em 2001). Dentro deste setor, predominam as indústrias de fabrico de produtos minerais não metálicos (146, segundo dados do INE - 2001). As freguesias de Calvaria de Cima, Juncal, Pedreiras e Mira de Aire são as que mais cidadãos empregam na atividade industrial. A construção civil tem vindo a apresentar um aumento considerável, causado pelo crescimento populacional e pelo aumento das obras públicas. Ao longo dos últimos anos, o setor terciário tem apresentado um desenvolvimento considerável, particularmente nas freguesias da sede do município - S. João Baptista e São Pedro. Atualmente, cerca de 28% a 30% da população integra-se neste setor e encontra-se distribuída entre a atividade comercial e a função pública. De uma forma geral, o município tem tentado reunir as melhores condições para a criação e estabelecimento efetivo de empresas na região, nomeadamente com a criação e investimento nas zonas industriais de Porto de Mós, Juncal e Mira de Aire, que tem mantido um registado um crescimento continuado. Mas, como já foi referido, é a Calçada à Portuguesa que merece destaque na caracterização económica de Porto de Mós, por ser tão característica da região. A pedra extraída no município está presente numa série de obras no país e no estrangeiro, figurando até nas paredes de alguns palácios árabes no Iraque. A pedra preta, proveniente de Alqueidão da Serra, tem vindo a marcar território nos mercados europeus, americanos e chineses. E, precisamente porque a calçada é uma mais valia para o município, a Casa do Povo do Alqueidão da Serra criou, recentemente, o Prémio Nacional de Calçada à Portuguesa, para galardoar os melhores trabalhos feitos com pedra nacional.[7] Freguesias
Política
Eleições autárquicas [8]
(a) CDS apoiou a lista independente "Albino Januário Servir O Interesse Municipal" nas eleições de 2017 Eleições legislativas
População
Património
O município de Porto de Mós possui o seguinte património arquitetónico e histórico:
Feiras e mercados
Personalidades
Referências
Ligações externas
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