Pecado Rasgado
Pecado Rasgado é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 4 de setembro de 1978 a 17 de março de 1979, em 168 capítulos.[1] Substituiu Te Contei? e foi substituída por Feijão Maravilha, sendo a 22ª "novela das sete" exibida pela emissora. Escrita por Silvio de Abreu, contou com a direção de Régis Cardoso.[1][2] Conta com as participações de Aracy Balabanian, Juca de Oliveira, Renée de Vielmond, Armando Bógus, Neuza Amaral, Nádia Lippi, Ney Santanna e Cláudio Cavalcanti.[1] SinopseAmbientada em São Paulo, a trama é repleta de conflitos amorosos. Teca, uma famosa psicóloga, vive com a mãe Aída, viúva preocupada com o futuro da filha, desejando vê-la bem casada.[2] Teca trabalha com jovens, dentre eles, Cris, uma jovem rica e romântica que tem profunda admiração por ela. Perdera a mãe muito cedo e vive com o pai Renato e as tias Estela e Eunice. Renato, viúvo e quarentão, é um executivo de sucesso, vice-presidente de uma sofisticada joalheria. Inteligente e sedutor, apaixona-se por Teca ao se conhecerem em Paris. Entretanto, o romance desperta o ciúme doentio de Estela, jovem empresária que nutriu uma forte paixão pelo cunhado e, controladora, vive investigando seus passos, disposta a tudo para conquistá-lo.[2] Estela é o motivo dos problemas psicológicos de Eunice, sua irmã mais velha, mulher reprimida e perturbada desde a morte do marido. Verdadeira dona da joalheria da família, deu plenos poderes para Renato e Estela conduzirem os negócios e, assim, poder tratar sua depressão.[2] Nélio, secretário executivo e melhor amigo de Renato, é um dos poucos que têm real interesse pelo restabelecimento da saúde de Eunice, por quem tem grande carinho. O casal Maurício e Raquel possui uma agência de turismo. Sem que o marido saiba, Raquel é uma contrabandista que vende sua "muamba" em uma loja no centro da cidade, na companhia do seu amante Arthur.[2] ProduçãoOs seis primeiros capítulos foram gravados em Paris, onde Teca e Renato se conhecem. O diretor Régis Cardoso teve que usar de propina para conseguir gravar à vontade na Torre Eiffel e no Aeroporto Charles de Gaulle. A novela também teve cenas feitas em Buenos Aires.[1] Pecado Rasgado marcou a estreia de Sílvio de Abreu como autor na Globo.[3] No ano anterior (1977), anda na TV Tupi, ele havia adaptado o romance Éramos Seis de Maria José Dupré, em parceria com Rubens Ewald Filho. Os dois foram contratados pela Globo. Silvio escreveu Pecado Rasgado, enquanto Rubens adaptava para o horário das seis outro livro de Maria José Dupré, Gina.[1] Em Pecado Rasgado, Sílvio de Abreu pouco pôde mostrar de suas habilidades como escritor de comédia, por limitações administrativas da emissora. O autor comentou acerca das dificuldades enfrentadas: "Foram muitas [dificuldades], a começar pelo estilo que eu estava querendo implantar em novelas, que privilegiava a comédia em detrimento do romance, coisa que só consegui emplacar em 1981, com Jogo da Vida. (...) Tudo era muito novo e assustou o conservadorismo da emissora e do público. Para mim, foi uma novela sem graça e desinteressante, que desperdiçou vários talentos e resultou no meu pedido de demissão da Rede Globo, jurando que nunca mais escreveria uma novela. (...) A Globo nunca reclamou da novela, mas eu via que a repercussão era insignificante. (...) Acho que minha falta de experiência, na época, foi a grande responsável por este mico em minha carreira.".[1] Outros fatores que comprometeram o bom andamento da novela foram o numeroso elenco de coadjuvantes e os desentendimentos de Sílvio com Régis Cardoso, levando parte dos atores a se indisporem durante os trabalhos. A novela marcou a estreia de Nádia Lippi, Ney Santanna e Élida L'Astorina na Globo.[1] A criativa abertura mostrava, numa animação, Adão e Eva correndo atrás de uma maçã - a marca registrada da novela - ao embalo da música "Não Existe Pecado ao Sul do Equador", de Chico Buarque interpretada por Ney Matogrosso. Esse tema ganharia um novo arranjo para a abertura de Dona Anja, produzida pelo SBT em 1997, com um verso que havia sido censurado nos anos 70 e não pôde aparecer em Pecado Rasgado: "vamos fazer um pecado safado debaixo do meu cobertor".[1] Elenco
Participações
ExibiçãoFoi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo de 5 de setembro de 1983 a 10 de fevereiro de 1984, em 115 capítulos, substituindo Plumas e Paetês e sendo substituída por Água Viva.[1] Outras MídiasFoi disponibilizada na íntegra no Globoplay, como parte do Projeto Resgate da plataforma, em 12 de agosto de 2024.[5] O motivo do resgate da trama é em forma de homenagem a atriz já falecida Aracy Balabanian.[6] Outras versões
Trilha sonoraNacionalFontes: Memoria Globo,[7] Teledramaturgia[1]
Capa: logotipo da novela
InternacionalFontes: Memoria Globo,[7] Teledramaturgia[1]
Capa: maçã mordida
Ligações externas
Referências
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