Livre para Voar Nota: Para outros significados, veja Livre para Voar (desambiguação).
Livre para Voar é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo de 17 de setembro de 1984 a 13 de abril de 1985 em 184 capítulos, dos quais 5 foram duplos: 10/11; 36/37; 39/40; 45/46 e 52/53. Desse modo, foram exibidos 179.[1][2] Sucedeu Amor com Amor Se Paga e foi sucedida por A Gata Comeu, sendo a 29ª "novela das seis" exibida pela emissora. Escrita por Walther Negrão, com a coautoria de Alcides Nogueira, foi dirigida por Wolf Maya e Fred Confalonieri, com direção de produção de Carlos Henrique de Cerqueira Leite. Conta com as atuações de Tony Ramos, Carla Camurati, Elias Gleizer, Laura Cardoso, Nívea Maria, Carlos Augusto Strazzer e Dora Pellegrino. EnredoO misterioso Pardal esconde seu nome verdadeiro e seu passado ao chegar à cidade mineira de Poços de Caldas. Fica amigo de Pedrão, um ex-maquinista, e faz de um antigo vagão a sua residência. Conhece Gibi, um menino fugido de um orfanato, levando-o para morar consigo no vagão. Enquanto usa de ferro-velho para desenvolver sua arte, Pardal conhece a doce Cristina, herdeira e pretensa funcionária de uma fábrica de cristais, apaixonando-se pela moça. Mas ele não sabe que Cristina, na realidade, é Bebel, filha do falecido proprietário da fábrica, J. J. , a qual, após a morte do pai, retorna de Portugal para tomar conta dos negócios. Bebel, então desconhecida de todos, se infiltra na empresa como a moça do cafezinho, para descobrir quem está por trás da morte do pai. Ao mesmo tempo em que Bebel é Cristina e se apaixona verdadeiramente por Pardal, é assediada na diretoria da empresa por Danilo, um boa vida e mau caráter que mantém um relacionamento doentio com a neurótica Helena. Ao descobrir a verdadeira identidade de Cristina, Pardal renega Bebel, mas esquece que ele mesmo tem muito a esconder, a começar por seu verdadeiro nome, Paulo Alberto Ramos de Almeida Lima, um arquiteto de Belo Horizonte. ProduçãoA produção teve como cenário para gravação a cidade de Poços de Caldas, estância hidromineral.[3] Primeira novela de Rodolfo Bottino, Tiago Santiago, Dora Pellegrino, Guida Vianna, Alexandre Frota e Denise Milfont. As esculturas que Pardal (Tony Ramos) fazia na novela, eram feitas pelo artista Jorge de Salles.[2] O personagem maquinista Pedrão (Elias Gleiser), foi criado por Walther Negrão em homenagem ao seu pai, que também era maquinista.[4] A censura da ditadura militar quase impediu que Walther Negrão abordasse os problemas do alcoolismo na trama. Para dar prosseguimento à história, o autor e a Globo prestaram esclarecimentos ao governo, principalmente sobre os motivos do tema estar sendo abordado e sobre os desfechos da história. ControvérsiasEm entrevista ao podcast Não é Nada Pessoal, Alexandre Frota acusou Wolf Maya de assédio quando gravava a novela Livre para Voar, em 1984.: "O Wolf me chamou no quarto e veio com aquele papo: 'Tira a calça aí e o caramba'. E eu meio que corri por dentro do quarto e falei: 'Porra, Wolf, tá louco?'. E peguei e saí do quarto". Frota continua: "Engraçado que depois disso eu fiz a novela, a gente estourou, fiz outros trabalhos [com o Wolf], e fiz o Blue Jeans [espetáculo teatral dirigido por Maya]. E ele nunca tocou no assunto comigo, tipo: 'Pô, tu lembra quando a gente estava fazendo Livre Pra Voar...'"[5] O diretor nega o relato de Alexandre Frota e diz que era o ex-ator que buscava ter relações sexuais com ele.[6] Elenco
Elenco de apoio
ExibiçãoFoi reexibida pelo Vale a Pena Ver de Novo de 13 de outubro de 1986 a 24 de abril de 1987, substituindo Paraíso e sendo substituída por Vereda Tropical, em 140 capítulos. Outras MídiasFoi disponibilizada pelo Projeto Resgate do Globoplay em 20 de novembro de 2023.[7] RecepçãoO crítico Artur da Távola em seu balanço ao final de Livre Para Voar no jornal O Globo em 14 de abril de 1985, destacou o elenco e a produção do folhetim de Walter Negrão, no entanto afirmou que a novela foi "normal" e que a faixa das seis precisava de uma renovação urgente.[8] Enquanto Ismael Fernandes em seu livro Memória da Telenovela Brasileira teve uma análise mais negativa sobre o enredo telenovela: "O centro gerador da trama era inconsistente, frágil. Ele – Pardal (Tony Ramos) – vivendo ilegalmente e amparando um menor abandonado – Gibi (Fernando Almeida). Ela – Bebel (Carla Camuratti) – se empregando em sua própria firma disfarçada de humilde moça do café".[1][9] Teve média geral de 39 pontos na exibição original e 21 pontos na reprise pelo Vale a Pena Ver de Novo.[10] Trilha sonoraNacional
Internacional
Referências
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