Pérola Negra (escola de samba)
O Grêmio Recreativo Social Cultural Escola de Samba Pérola Negra é uma escola de samba do bairro da Vila Madalena, zona oeste da capital paulista. A Pérola é considerada uma das escolas mais simpáticas de São Paulo.[2] Seu hino foi composto pelo poeta Pasquale Nigro, compositor e um dos idealizadores da escola, morador da comunidade da Vila Madalena. A Pérola Negra esteve pela primeira vez no Grupo Especial em 1976, quando ficou ininterruptamente até 81. Participou também em 1983, 1990, 1996 e 2001. Em 2007, a Pérola voltou à elite do carnaval paulistano, onde ficou até 2012, suas outras participações ocorreram em 2014 e 2016. Em 2020, a agremiação estará novamente no grupo especial de São Paulo. Até a década de 2000, sua denominação era GRES Pérola Negra, sendo então alterada para a atual.[3] HistóriaFoi fundada em 7 de agosto de 1973, a partir da fusão do GRES Acadêmicos de Vila Madalena e o Bloco Boca das Bruxas. O nome surgiu da visão de seus fundadores por ser a Pérola Negra uma joia rara, usando a alusão de "A Joia Rara do Samba". Outra versão é que seu nome é sugestão de seu fundador, que observava uma garrafa da cerveja Pérola Negra. Sua estreia no Carnaval Paulistano ocorreu no ano de 1974, levando para a avenida São João o tema enredo "Piolim, alegria circo história", resultado: Pérola Negra campeã do Grupo III. Com esse resultado surpreendente, pessoas ainda indecisas resolveram aderir ao projeto e no Carnaval de 1975, quando contagiaram a avenida com o enredo "A São Paulo de Adoniran", o resultado não poderia ser outro senão: Pérola Negra, campeã do Grupo II. Em 1976 a Pérola Negra estreou no Grupo Especial Paulistano com o enredo "Portinari, pintor do povo", conquistando sua melhor posição de sua história 5° lugar, a caçulinha do especial surpreendeu este ano ficando até na frente da tradicional Nenê de Vila Matilde; No ano de 1979 conquistou novamente sua melhor posição em sua história no Grupo Especial:5°lugar com o enredo Carnaval, intrigas e opiniões ficando na frente da grande Rosas de Ouro; Em 1981 foi rebaixada e voltou em 1983 sendo novamente rebaixada; Depois de 6 carnavais no acesso em 1990 a Pérola voltou para a elite do Carnaval Paulistano com o enredo “ Shangri-lá tupiniquin, sonho, fartura e milagres”, apresentando um samba que possuía o refrão considerado pela crítica como muito belo: "Sou tupiniquim, e a minha terra é Shangrilá / habitat verdadeiro, especial não tem maldade / e a liberdade é natural". Nesse ano, a Pérola Negra não conseguiu colocar nenhum carro na avenida, o que lhe causou a perda de 35 pontos. Se os carros da Pérola tivessem entrado no sambódromo, ao invés dela, a Nenê teria sido a rebaixada. Em 1996,o Pérola esteve no Grupo Especial, mas foi rebaixada. No ano 2000 com a comemoração dos 500 anos do Descobrimento do Brasil a Pérola Negra é Campeã do Grupo de Acesso com o enredo “Canta Brasil, a tropicália do ano 2000 “. A comunidade da Vila Madalena neste ano teve como intérprete oficial o ilustre Royce do Cavaco. Em 2001 a Pérola volta ao Grupo Especial com o enredo A vida pela paz. Solidariedade onde exaltou a Paz e grandes personalidades como Chico Xavier, Gandhi, Martin Luther King, Didi, entre outros, tendo como Musa da Bateria a atriz Marisa Orth. A escola abriu o desfile do novo milênio, porém devido as fortes chuvas na cidade de São Paulo, teve problemas nas alegorias o que causou atraso no desfile, sendo rebaixada. No carnaval de 2006, a escola foi vice-campeã do Grupo de Acesso, com o enredo Deus salve as rainhas, onde exaltou as mulheres. Na premiação “Melhor do Acesso” a escola ganhou os seguintes troféus: Melhor Alegoria, Melhor Carnavalesco, Melhor Fantasia e melhor Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira. O vice campeonato deu o direito da agremiação retornar ao Grupo Especial. Em 2007 a Pérola Negra retorna a desfilar na elite do carnaval Paulistano. A escola apresentou o enredo "Venda como arte, comércio como sua principal representação". Com um samba, mais acelerado do que o habitual ("Canta Pérola Negra/ Me leva a sonhar/ Na arte de amar, sou especial/ Brilhando neste carnaval"), exaltou os comerciantes ao longo da história da humanidade. O abre-alas "A Grande Riqueza do Samba" trouxe papel de embrulho de bombons para recobrir as esculturas gigantes. O dourado e o vermelho da alegoria destacaram ainda mais as fantasias azuis e brancas de que estava sobre o carro, criando um belo contraste. Em 2008 com o enredo "A Onça vai beber água, Jaguariúna: qualidade e vida e desenvolvimento nos trilhos do tempo", a agremiação exaltou os encantos de Jaguariúna. O Abre Alas representou a história da cidade desde o período colonial até o surgimento das primeiras lavouras de café,o carro apresentou uma onça com cerca de dez metros de altura significando a origem do nome da cidade. No segundo carro foi apresentado o progresso da cidade a partir da chegada da ferrovia e da ascensão do café. A escola apresentou também aspectos da religiosidade, e contou com a alegoria da igreja Santa Maria. O potencial turístico, com destaque para a festa de peão de boiadeiro, apareceu no quarto carro. Nele, a escola mostrou um rodeio com direito a boi, peão e público, em arquibancada montada na alegoria. O desfile terminou com elementos que representam a evolução científica e tecnológica da cidade, e também a preocupação com o desenvolvimento sustentável. Com um desfile alegre e emocionante a Pérola conquistou um singelo 10º Lugar; No desfile de 2009, a escola realiza um de seus melhores carnavais, teve como tema Guiado por Surya pelos caminhos da Índia em busca da Pérola sagrada, idealizado pelo carnavalesco André Machado. A comissão de frente levou à avenida uma escultura do deus indiano Ganesh, para abrir os caminhos da escola de samba no Anhembi. Logo atrás veio uma ala composta por 42 pessoas,que realizaram danças típicas indianas. O abre-alas da Pérola Negra representou a carruagem de Surya - o deus Sol da cultura indiana. A alegoria, predominantemente dourada, contou com esculturas de cavalo para representar animais que puxaria a carruagem. O carro teve seis metros de altura. Outro deus indiano foi lembrado no segundo carro da Pérola Negra. Nesta alegoria, a deusa Durga foi representada por uma escultura que se encontrava sobre um belíssimo tigre. A ala das baianas foi destaque representou a mãe de Ganesh. A religião budista foi apresentada pela Pérola na terceira alegoria. Para encerrar o desfile, a Pérola Negra levou à avenida um carro alegórico que representou o Taj Mahal, monumento que simboliza o amor. Por ironia, o desfile ganhou novos ares graças à telenovela Caminho das Índias. Na transmissão da Globo a Leci Brandão afirmou que a Pérola que estava desfilando era outra Pérola, devido a sua renovação em todos os aspectos. A arquibancada vibrou muito com a escola. A agremiação passou bem[carece de fontes], sendo inclusive cotada para figurar no desfile das campeãs[carece de fontes], mas no final terminou na 9º colocação. Em 2010 a escola desfilou com o enredo "Vamos tirar o Brasil da gaveta" levando ao sambódromo uma comissão de frente com 14 integrantes fantasiados de canários da terra, um pássaro que voa, mas sempre retorna para seu ninho. O carro abre-alas, de mesmo nome do enredo, convocou os amantes da cultura popular brasileira a fazer um resgate. A alegoria revelou esculturas do branco, do negro e do índio, a miscigenação das raças. No mesmo setor, duas alas coreografadas representando pássaros; a ginasta Daiane dos Santos foi destaque de uma delas. O último carro, "Senhor Brasil", mostrou uma escultura de oito metros de altura tocando viola, com familiares de Rolando Boldrin e artistas que fizeram parte da sua história (como Goulart de Andrade, Laura de Andrade e Laura Cardoso) além do próprio compositor como destaque. A Pérola fez o sambódromo encher de emoção em pleno amanhecer. Foi tida como uma das favoritas, mas acabou perdendo preciosos pontos nos quesitos de bateria e evolução, terminando assim em 10º lugar. No ano de 2011 a Pérola veio com o enredo "Abraão, o patriarca da fé" e contou a história do personagem do Velho Testamento e Patriarca das tradições judaica, cristã e islâmica. A agremiação fez um desfile de superação, pois durante o preparatório para o carnaval o barracão da escola sofreu com as enchentes. Para a sua 16º participação no Grupo Especial do Carnaval Paulistano, a Pérola homenageou a cidade de Itanhaém. Em 2012 a cidade litorânea paulista completará 480 anos de fundação e a comemoração acontecerá também na passarela do samba de São Paulo. No concurso de samba enredo, houve empate entre os sambas de Tigrão, Serginho, Guga Mercadante, Marcelo Soares e Tião com de Mydras, Carlinhos, Bola, Regianno e Michel, o que resultou na fusão.[4] Foi um desfile com boas alegorias[carece de fontes] mas não agradou os jurados e acabou em 13° lugar sendo rebaixada para o acesso. Em 2013 desfilou com o Enredo "O Espetáculo vai começar, a Pérola apresenta: O Auto da Compadecida" que falava sobre a obra de Ariano Suassuna, conseguindo a primeira colocação com 269,6 pontos e voltando ao Grupo Especial em 2014. Em 2014 a Pérola Negra abriu a segunda noite de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo. O tema eleito foi universal: a felicidade. A escola da Vila Madalena, na Zona Oeste da Capital, batizou seu enredo de "Caminhos segui, lugar encontrei... Pérola Negra, a suprema felicidade!", para marcar sua volta ao Grupo Especial, depois da conquista do título do Grupo de Acesso, em 2013. Mesmo realizando um bom desfile a agremiação terminou em 13º Lugar sendo rebaixada novamente. De volta ao Grupo de Acesso em 2015, a escola levou para o Anhembi o Enredo: Pérolas. Numa disputa acirrada a agremiação conquistou o vice campeonato com 268,9 pontos, possibilitando assim realizar sua 18º participação no Grupo Especial. A Pérola Negra abriu os desfiles do Grupo Especial do carnaval de São Paulo de 2016 com uma homenagem à Vila Madalena, bairro boêmio da capital onde está localizada a raiz da Joia Rara. A escola entrou no sambódromo pouco depois das 23h30min, com alguns minutos de atraso, após a explosão de um transformador ter deixado parte do Anhembi sem luz. Em seu retorno à elite do carnaval paulistano, a Pérola apresentou um desfile caprichado, com diversas alas coreografadas, e encerrou o desfile dentro do tempo, sem problemas. O ponto alto foi o samba-enredo com vários refrões populares, que ajudou a empolgar os 3 mil componentes. A boemia da Vila Madalena veio representada no quarto carro, na forma de uma grande casa de samba, com Carlinhos de Jesus como destaque. A agremiação terminou no 13º lugar obtendo 264,0 pontos, sendo novamente rebaixada. A escola até tentou reverter esse rebaixamento alegando ter desfilado em condições desiguais com as demais escolas, devido aos problemas com a iluminação no dia do desfile, no entanto, o pedido foi rejeitado pela LIGA-SP e a Pérola desfilou pelo grupo de acesso em 2017 e ficou em 6°lugar, permanecendo no Grupo de Acesso para o Carnaval de 2018..[carece de fontes] Em 2017 desfilo no Acesso com o enredo "Pérola Negra levanta as mangas e põe a mão na massa" o tema contou diversas maneiras de falar sobre a massa, desde a criação do mundo até a comida, com um bom desfile ficou em 6º lugar. Já em 2018 com o enredo sobre Campina Grande contou a história do maior São João do Brasil, fez um desfile alegre e irreverente porém ficou com apenas o 5º lugar. Para o carnaval de 2019 anunciou um enredo afro sendo o primeiro de sua história, o tema ira contar a história de força e resistência da mulher negra. Com o enredo "Da majestosa África, tu és negra mulher guerreira a verdadeira Pérola Negra", a escola venceu o carnaval, no acesso paulistano e volta ao Grupo Especial depois de 3 anos tentando a promoção, para sua 19° participação no principal grupo de Escolas de Samba, de São Paulo. De volta à elite em 2020, apresentou o enredo "Bartali Tcherain – A estrela cigana brilha na Pérola Negra!", que homenageou os povos ciganos. Na preparação para o desfile, uma enchente atingiu o barracão da escola, danificando cerca de 40% das fantasias. Na apuração, terminou com o 14° lugar, sendo novamente rebaixada para o Grupo de Acesso 1. SegmentosPresidentes
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Corte de Bateria
Carnavais
Títulos
Premiações do Troféu Nota 10 - Diário de São Paulo
Referências
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