O corredor viário impacta na abertura de novos vetores de desenvolvimento na cidade[6][7] e, como parte do Sistema Integrado de Transporte Metropolitano (SITM),[8] compõe o sistema de transporte de massa com a função alimentadora ao sistema estrutural. Ele pretende interligar ambas as linhas metroviárias na altura das estações Pirajá (Linha 1) e Pituaçu (Linha 2),[5][9] como também a conexão com a Estação Lobato do futuro VLT do Subúrbio.[10] O projeto prevê a implantação, posterior às obras de construção e duplicação, de sistema de ônibus expressos (BRT) em uma das faixas, de média/alta capacidade.[11][12]
História
Pelo Contrato de Programa, datado de 22 de abril de 2013, celebrado entre o Município do Salvador, Município de Lauro de Freitas e o Estado da Bahia, decorrente do Convênio de CooperaçãoIntrafederativo n.º 1 de 2012, no contexto dos acordos sobre a transferência de controle do metrô, ficou a cargo do governo estadual a construção dos dois corredores transversais e foram reservadas à prefeitura da capital a definição do modal a ser instalado e a sua operação.[13] A implantação do corredor foi dividida em duas áreas: uma restrita à Pinto de Aguiar e outra para as demais.
A Avenida Pinto de Aguiar foi a primeira a ser reformada para a implantação do corredor alimentador, com ordem de serviço assinada em 20 de maio de 2013. Por 63 milhões de reais, os três quilômetros da avenida foram convertidos a três faixas de rolamento em cada sentido separadas por canteiro central, com ciclovias de 1,5 metro de largura em ambos os lados e passeios entre dois e três metros de largura, bem como melhorias urbanas (drenagem, iluminação e contenção de encostas). As obras financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tinham duração fixada em 10 meses.[14] Em 11 de abril de 2014, foram concluídas as obras em cerca de 1,5 quilômetro, representando 50% das intervenções.[15] E em 18 de setembro, o restante do trecho da avenida foi finalmente duplicado, sinalizado e recebeu intervenções de paisagismo.[16] Assim, foi concluída a primeira etapa do corredor.[17]
Em 17 de julho de 2013, o governo estadual lançou o edital de pré-qualificação de concorrentes para o restante das obras do Corredor 1 (intervenção na Avenida Gal Costa, construção do túnel entre a Pinto de Aguiar e a Gal Costa e da ligação Lobato–Pirajá), como também do Corredor Transversal II.[9] Meses depois, em 12 de março do ano seguinte, a vitória do consórcio Transoceânico Salvador na licitação foi homologada. O consórcio, formado pelas empresas Queiroz Galvão, TTC Engenharia, AXXO e Constran, venceu ao apresentar o menor preço, 647 milhões de reais.[18] O prazo de execução é de 36 meses, a contar da assinatura da ordem de serviço, feita em 27 de março de 2014.[19][20]
Em março de 2015, o então Corredor Transversal I foi renomeado para "Linha Azul", assim como ocorreu com o então Corredor Transversal II.[21][22] Em março de 2016, foi inaugurado o Sistema Viário Campinas de Pirajá, que incluiu construção de um viaduto de três faixas e 59 metros de extensão ao lado de um preexistente, bem como alças de acesso, calçada, drenagem, terraplenagem e paisagismo melhorando o acesso à Estrada de Campinas e ao Terminal Pirajá.[23] Em junho foi concluído o primeiro túnel da ligação Lobato–Pirajá, em outubro outro túnel teve a perfuração concluída, dessa vez no local onde havia o antigo ginásio da Universidade Católica do Salvador (UCSal), perto do Estádio de Pituaçu[24] e em novembro os túneis de 150 metros sob a avenida Paralela foram também perfurados completamente.[25] As obras do trecho de ligação da Pinto de Aguiar à Gal Costa constituíram a segunda etapa das obras, avaliadas em 147 milhões de reais. Dela fizeram parte os cinco quilômetros de extensão desde o mergulho sob a Paralela e seus dois túneis duplos ao trecho em superfície e mão dupla, com três faixas por sentido, até o Complexo Esportivo Armando Oliveira, em São Rafael. A segunda etapa foi aberta ao tráfego em 5 de março de 2018.[26][27] As entradas/saídas dos dois túneis duplos da passagem subterrânea (mergulho viário) foram grafitados pelos cinco integrantes do Projeto Mais Grafite. Iniciado em 2017 e integrado pelos grafiteiros Marcos Prisk, Júlio Costa, Questão Almada e Bigod, o Mais Grafite inseriu cores fortes e elementos da Tropicália nas paredes exteriores dos túneis.[28]
Em 2022, o governo estadual divulgou as estações previstas a operar: Ibirapitanga, Greenville, Pinto de Aguiar, Ligação Pituaçu, São Rafael, Sussuarana, Novo Horizonte, São Marcos, Pau da Lima, Jardim Cajazeiras e Pirajá.[8]
«Mobilidade Bahia». Página governamental sobre as Linhas Azul e Vermelha. Consultado em 28 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015