Leucoteia Nota: Para o asteroide, veja 35 Leucoteia.
Leucoteia (em grego clássico: Λευκοθέα; romaniz.: Leukothéa; literalmente: "deusa branca"; deve ser entendida como "A deusa que flui na espuma do mar"}} era uma deusa do mar da mitologia grega, protetora dos marinheiros, que se manifestava sob a forma de uma ninfa transformada. OrigemEm tempos Leucoteia foi uma princesa mortal, Ino, uma das filhas do rei Cadmo de Tebas. Ino e o seu marido, Atamante, tiveram dois filhos, Learco e Melicertes, e atraíram a ira de Hera quando acolheram o deus Dionísio (filho ilegítimo de Sêmele, irmã de Ino, e Zeus). Como castigo, Hera envolveu Atamante numa loucura assassina e fê-lo matar Learco. Ino, então, pegou no filho mais novo para o salvar da loucura do marido e saltou com ele desde uma falésia para o mar. De acordo com a mitologia, os deuses do Olimpo apiedaram-se deles e fizeram de ambos deuses do mar, transformando Melicertes em Palemon, o patrono dos Jogos Ístmicos, e Ino em Leucoteia, a deusa branca e protetora dos marinheiros[1]. Noutras versões do mito, é Ino quem enlouquece ou até mesmo os dois.
ProtetoraNa Odisseia, Homero relata que Leucoteia salvou a vida de Odisseu após Calipso o ter permitido regressar a casa e ter-lhe oferecido, para tal, uma jangada. Posídon ao ver a embarcação destruiu-a com a palma da mão. Odisseu submergiu-se pelo peso das suas ricas vestes, mas a sua grande fortaleza física permitiu-lhe desembaraçar-se do lastre antes de morrer afogado; quando chegou à superfície encontrou Leucoteia, que para despistar Posídon se disfarçou de gaivota. Leucoteia entregou a Odisseu um velo mágico que, atado à cintura, o livraria de morrer afogado se se voltasse a submergir. Odisseu obedeceu-lhe e, em vez de se agarrar aos restos da embarcação, pode nadar para longe, o que fez que Posídon não pudesse localizá-lo.
CultoLeucoteia tinha os seus altares junto aos de Posídon, sendo que o principal estava em Corinto. Tinha um santuário em Lacônia onde respondia a perguntas sobre os sonhos, sendo esta a sua forma de oráculo. Pode comparar-se Leucoteia com Losana, uma deusa etrusca Os romanos adoravam-na com o nome de Mater Matuta e acudiam ao seu templo, em Roma para interceder pelos filhos dos parentes; nunca pelos próprios, pois Leucoteia fora violada e humilhada pelos seus filhos antes de ser imortal [4]. CantatasOs compositores alemães Georg Philipp Telemann, Johann Philipp Kirnberger e Johann Christoph Friedrich Bach compuseram cantatas dedicadas a Ino a partir do poema do iluminismo alemão, inspirado nas Metamorfoses de Ovídio, de Karl Wilhelm Ramler[5]. Referências
Bibliografia
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