Ninfa deriva de Νύμφη (ninfa), que significa "noiva", "velado", "botão de rosa", dentre outros significados. Elas são espíritos, habitantes dos lagos e riachos, bosques, florestas, prados e montanhas.
Uma classe especial de ninfas, as melíades, foram citadas por Homero como as mais ancestrais das ninfas. Enquanto as demais ninfas são normalmente filhas de Zeus, as melíades descendem de Urano.
Apesar de serem consideradas divindades menores, espíritos da natureza, as ninfas eram divindades cultuadas, com grande devoção e mesmo temor, em todo o mundo helénico. De acordo com a mitologia grega, Dione era a rainha das fadas e ninfas.
Embora não fossem imortais, as ninfas tinham vida muito longa e não envelheciam. Benfazejas, tudo propiciavam aos homens e à natureza. Tinham ainda o dom de profetizar, curar e nutrir.
Religião popular grega
A antiga crença grega nas ninfas sobreviveu em muitas partes do país até os primeiros anos do século XX, quando eram geralmente conhecidas como "nereidas".[1] As ninfas tendiam a frequentar áreas distantes dos seres humanos, mas podiam ser encontradas por viajantes solitários fora da vila, onde sua música poderia ser ouvida, e o viajante poderia espiar suas danças ou banhos em riachos ou piscinas, seja durante o calor do meio-dia ou no meio da noite.[2] Elas poderiam aparecer em um redemoinho. Tais encontros poderiam ser perigosos, trazendo mudez, infatução louca, loucura ou derrame ao homem infeliz. Quando os pais acreditavam que seu filho havia sido atingido por uma nereida, eles rezavam a São Artemidos.[3][4]
Lâmpades (Λαμπάδες) — associadas ao submundo, compõem o séquito de Hécate.
Têmides (Θεμείδες) — As têmides eram ninfas filhas de Zeus e da titânide Têmis, que viviam em uma caverna do rio Erídano; Personificavam as leis divinas e eram as guardiãs de importantes artefatos dos deuses.
Quione (Χιόνη) — talvez a única ninfa da neve, filha de Bóreas.
Citações
Calímaco, no seu "Hino a Delos", descreve-nos a angústia de uma ninfa pelo seu carvalho recentemente atingido por um raio.
As ninfas aparecem muitas vezes como auxiliares de outras divindades, como são exemplo as ninfas de Circe, ou como ajudantes de certos deuses, particularmente Ártemis, ou mesmo de outras ninfas de maior estatuto como Calipso.
As ninfas também aparecem bastante em lendas onde o amor é o motivo central, como as histórias de Eco e Calisto, e ainda onde o papel de mulher de um herói é de certa maneira tema recorrente, como são exemplos a lenda de Aegina e Aeacus ou a da ninfa Taigete.
↑"A pagã Artemis cedeu suas funções para o seu próprio caso genitivo transformado em Santa Artemidos", como Terrot Reaveley Glover expressou ao discutir o "politeísmo prático no culto dos santos", em Progresso na Religião até a Era Cristã 1922:107.
↑Tomkinson, John L. (2004). Grécia Assombrada: Ninfas, Vampiros e Outras Exotika 1ª ed. Atenas: Anagnosis. capítulo 3. ISBN978-960-88087-0-6