Proteu Nota: Se procura pelo satélite de Netuno, consulte Proteu; para demais casos, veja Proteu (desambiguação).
Proteu (em grego clássico: Πρωτεύς), na mitologia grega, é uma deidade marinha, um dos primeiros deuses gregos associado aos rios e corpos oceânicos de água, filho de Posídon e Fenícia. Considerado o deus da "mudança elusiva do mar", sugere a constante mudança na natureza do mar e a qualidade líquida da água, reverenciado como profeta, tinha o dom da premonição e atraía o interesse de muitos que queriam saber as artimanhas do poderoso destino, e mudaria de forma para evitar que o fizesse; Proteu só responderia àqueles que fossem capazes de o capturar. EtimologiaO nome Proteu[1], deve ter como significado "O Primeiro", já que seu nome é composto, aparentemente, apenas pelo radical proto[2] (do grego "πρῶτος", prōtos, "primeiro"). Não é certo ao que Proteu seria o "primeiro", mas nos contos onde Proteu seria filho de Posídon, este seria seu filho primogênito, mais velho ainda que Tritão. A primeira amostra do nome Proteu, ainda que não se saiba se se refere ao deus ou a uma pessoa, foi escrita em Linear B durante a Grécia Micênica, e aparece como po-ro-te-u.[3] Na linguagem moderna, o adjetivo "proteano",[carece de fontes] significa "mutável", "versátil" ou "capaz de assumir muitas formas", no mercado de trabalho[4] proteano tem conotações positivas de flexibilidade e adaptabilidade. GenealogiaProteu foi geralmente representado como filho primogênito de Posídon e de Fenície, uma das várias filhas do rei Fênix da Fenícia, sendo irmão mais velho de Torone. Proteu e sua irmã, Torone, tiveram dois filhos: Poligôno, (às vezes Timôlo[5]) e Telegôno, ambos desafiaram e morreram nas mãos de Hércules, enquanto este cumpria seu nono trabalho[6]. Outro filho de Proteu, Eioneu, se tornou pai de Dimas, um rei da Frígia. Proteu teve dois filhos com a neirídie Psâmate[7][8]: o rei Teoclímeno e sua irmã Eidotéia, (que passou a ser chamada de , Teônoe, Idotéia ou Eurínome, quando alcançou a adolescência) figura muito presente nos textos em que seu pai é mencionado. Cabeiro, mãe dos três Cabeiri[9] e das três ninfas cabeirianas e esposa de Hefestos, às vezes é dada como uma filha de Proteu. Proteu também teve outras três filhas: Roetéia, que deu nome à cidade anatólia de Rhoiteion[carece de fontes], na Trôade; Thebe, que se tornou epônimo da cidade egípcia de Thebis[10]; e Taicrucia, mãe de Ninfeus com Zeus[11]. MitologiaProteu, deus profético do mar.De acordo com Homero, na Odisséia[12], Proteu morava na pequena ilha de Pharos[13][14], situada na costa leste do delta do Rio Nilo, onde era conhecido nos arredores como o Oráculo, O Velho Homem do Mar, ou o Pastor dos Rebanhos de Netuno[15][16]; ainda na Odisséia, Menelau relata ao seu filho Telêmaco que ele descansou na ilha em sua viagem de retorno da Guerra de Tróia, onde a filha de Proteu, Eidoteia[17], ("a própria imagem da deusa"), disse a Menelau, que apenas se ele fosse capaz de capturar o pai dela, ela o forçaria a dizer qual Deus ele ofendeu e como Menelau poderia apaziguá-lo e retornar para casa. Mais tarde Proteu saiu do mar, para descansar com seu rebanho de focas, mas Menelau o agarrou[18], então Proteu assumiu a forma de um leão, de uma serpente, de um leopardo, de um porco, de uma árvore e até a forma líquida da própria água do mar, onde mesmo nessa forma Menelau conseguiu o segurar[19]. Julgando-o digno de seus poderes[20], Proteu informou verdadeiramente, que seu irmão, Agamemnom tinha sido assassinado por Aégisto[21] em sua volta para casa, que Ajax naufragou por um ataque de Atenas e foi morto por Netuno[22], e que Ulisses foi abandonado na Ilha Ogígia, lugar de descanso de Calípso[23]. Vigílio em sua quarta Geórgica[24] conta que um dia as abelhas de Aristeu, filho de Apolo, morreram de alguma doença. Aristeu buscou sua mãe, Cirene, à procura de respostas, e esta disse que Proteu, filho de Netuno morador da ilha de Cárpatos[25], poderia contá-lo como prevenir outro desastre, mas só faria isso se obrigado. Aristeu teve de segurar Proteu, não importasse que forma física ele assumisse. Após o desafio, Proteu se cansou e contou à Aristeu que a morte das abelhas eram uma punição a ele ter causado a morte de Eurídicie[26]. Para perdoa-lo, Aristeu precisaria sacrificar 12 animais aos deuses, deixar os corpos no lugar do sacrifício e retornar 3 dias depois. Ele seguiu estas instruções, e após retornar, achou sobre os corpos um enxame de abelhas vivas que ele levou ao seu apiário. As abelhas de Aristeu nunca mais sofreram pela doença. Ver tambémReferências
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