Tétis (nereida)

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Tétis

Cabeça de Tetis de uma película avermelhada, circa 510–500 a.C. - Louvre
Genealogia
Pais Nereus e Doris
Filho(s) Aquiles

Tétis (em grego: Θέτις, transl.: Thétis), na mitologia grega, é uma ninfa do mar, uma das cinquenta nereidas filhas do antigo deus marinho. Quando descrita como uma nereida, Tétis era a filha de Nereus e Doris,[1] e neta de Tétis, a titânide. Teve vários filhos, entre eles, Aquiles. Tétis é descrita por Hesíodo como de "pés de prata". [2] Homero se refere a ela como "a deusa dos pés prateados". [3]

Em português, é frequentemente confundida com sua avó Tétis, mas esta confusão não existe em línguas como o grego, em que existe diferença entre th e t ou entre i e y, pois a nereida se escreve como Θέτις (thetis) e a titânide como Τηθύς (tethys)[carece de fontes?].

Características

Foi criada por Hera, a quem dedicava grande amizade. Recolheu Hefesto quando o deus foi precipitado do Olimpo por Zeus. Amada pelo soberano dos deuses, resistiu-lhe, temendo magoar Hera. De acordo com outra versão, foi o próprio Zeus que a repudiou. O senhor olímpico temia a realização de um oráculo segundo o qual Tétis conceberia dele um filho que o destronaria. Numa variante da lenda, tal oráculo referia-se a Zeus e a Posídon, ambos enamorados da nereida.

Para que a profecia não se cumprisse, o rei dos deuses apressou-se em casar a amada com o mortal Peleu, rei da Fítia (Tessália), filho de Éacol e neto de Zeus, por parte de pai, e grande amigo de Héracles. Tétis, entretanto, fugia à corte do noivo, transformando-se em diversos elementos. Aconselhado pelo centauro Quíron, Peleu segurou-a violentamente, até que a nereida voltou à forma natural. O casamento foi celebrado na presença dos deuses e das musas. Da união nasceram sete filhos. Para purificar as crianças dos elementos mortais herdados do pai, Tétis expunha-as ao fogo, acarretando sua morte. Segundo uma tradição, quando tentava purificar seu sétimo filho, Aquiles, Peleu interferiu, salvando a criança. Irritada, Tétis abandonou o marido e retornou ao fundo do mar. Protegeu o filho durante toda a vida do herói, tentando afastá-lo dos perigos e consolando-o nas tristezas. Não pôde, entretanto, evitar que ele morresse na guerra de Troia, pois assim havia decretado o Destino. Depois da morte do herói, tomou sob sua proteção Neoptólemo.

Referências

  1. Hesíodo, em Teogonia
  2. Hesíodo; Torrano, Jaa (2003). Teogonia a origem dos Deuses. [S.l.]: Editora Iluminuras Ltda 
  3. Lourenço, Frederico (23 de agosto de 2016). A Ilíada de Homero adaptada para jovens. [S.l.]: Claro Enigma 
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