Insurreição jihadista no Iémen
Insurreição jihadista no Iémen refere-se a uma conflito armado entre os governos do Iémen, com apoio dos Estados Unidos, e os grupos jihadistas iemenitas, especialmente a Al-Qaeda e seus grupos afiliados, como parte da Guerra ao Terror.[5][6] A repressão governamental teve início em 2001 e intensificou-se em 14 de janeiro de 2010, quando o governo do Iémen declarou uma guerra aberta contra os fundamentalistas islâmicos. Além de combater os militantes da Al-Qaeda em várias províncias, o governo também enfrentava uma insurgência xiita no norte e tentava conter uma rebelião de grupos separatistas no sul. Os combates contra a al-Qaeda aumentaram durante o decorrer da revolução iemenita em 2011, quando os islamitas tomaram o controle de boa parte da província de Abyan e a declararam um emirado islâmico. Durante os primeiros meses de 2012, os militantes conseguiram o controle de outras cidades em todo o sudoeste do país, em meio às pesadas batalhas com as Forças Armadas do Iémen. Em maio de 2013 terroristas explodiram principal oleoduto do Iêmen, interrompendo o fluxo de petróleo bruto.[7] Em 19 de março de 2015, a insurgência dos jihadistas escalou em uma guerra civil em grande escala depois que os combatentes houthis tomaram Saná e expulsaram o presidente interino Hadi, fraturando o governo iemenita entre o governo Hadi e o recém-formado Conselho Político Supremo dos houthis. A guerra civil, assim, levou ao aumento da presença dos jihadistas no Iêmen, a um confronto entre a al-Qaeda e o braço iemenita do Estado Islâmico e a junção das insurgência dos jihadistas sunitas, dos houthis do norte e dos separatistas do sul em um único conflito.[8][9] CenárioO Iêmen tem sido pressionado para agir contra a al-Qaeda, desde que ataques a seus dois principais aliados, a Arábia Saudita e os Estados Unidos, tem ocorrido por militantes provenientes de solo iemenita. O conflito entre o exército e o grupo terrorista Al-Qaeda ocorre desde 2001, quando ocorreram os primeiros confrontos entre as duas partes.[10] No entanto, em 2009, o Iêmen emergiu como uma nova frente na guerra contra o terrorismo, na sequência de relatos de que Umar Farouk Abdulmutallab, um jovem nigeriano que tentou, sem sucesso, atacar um avião civil em Detroit, havia sido treinado no país. Este incidente ressaltou a forte presença de jihadistas no país e levou ao envolvimento dos Estados Unidos no conflito.[11] Desde então, têm ocorrido inúmeros combates entre tropas do governo e os insurgentes islâmicos, cuja presença se espalhou por todo o país, especialmente na área do antigo Iêmen do Sul.[12] Sob a presidência de Ali Abdullah Saleh, seus opositores o consideravam culpado pela situação no sul do Iêmen, ao não tomar medidas suficientes para conter o afluxo da al-Qaeda e alguns grupos críticos inclusive asseguraram que estava usando a presença da organização terrorista como um argumento para criar um temor de uma expansão islâmica caso seu governo caísse e, assim, reforçar o seu poder e apoio internacional.[13] Depois da Primavera Árabe, que acabou derrubando Saleh, os insurgentes usaram o caos que surgiu para expandir sua presença no país.[14] Seu sucessor, o presidente Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi, iniciou uma reforma no exército e ordenou o lançamento de uma nova ofensiva, tendo proposto a "destruição da Al-Qaeda".[15] Envolvimento dos Estados UnidosVer artigo principal: Ataques aéreos dos Estados Unidos no Iêmen
Os serviços de inteligência dos Estados Unidos têm participado ativamente da campanha ao lançar mísseis de cruzeiro e o uso de drones. O primeiro dos bombardeios com tais equipamentos foi em 2002, no qual foi eliminado o coordenador do atentado ao USS Cole.[16] Outros dos importantes ataques com drones foi o que matou Anwar al-Awlaki, um clérigo islamista ligado à Al Qaeda que morreu em um bombardeio da CIA em 30 de outubro de 2010.[17] Também eliminaram em 2012 Fahd al-Quso (líder local da Al-Qaeda e um dos terroristas mais procurados pelo FBI)[18] e em janeiro de 2013 Said al Shehri, número dois da Al Qaeda no Iêmen.[19] Os irmãos Kaid e Nabil al Dhahab, figuras importantes da Al Qaeda na província de Abyan, foram alvo de um ataque com drones no maio de 2012, mas sobreviveram.[20] No entanto, Kaid foi finalmente eliminado em agosto de 2013, pondo fim ao seu autoproclamado califado. No entanto, Nabil permaneceu livre.[21] Os drones estadunidenses também eliminaram outros líderes menores da Al Qaeda no Iêmen como Abdullah Hussein al Waeli e Mohammed al Ameri.[20] Situação civilNas cidades sob o controle da Al-Qaeda que se declaram pequenos "emirados islâmicos"[12] tem sido imposta uma interpretação rigorosa da sharia. São realizadas muitas prisões arbitrárias e, sobretudo, execuções de soldados.[22][23] Isso tem causado muitos deslocamentos de civis que migram para áreas mais seguras como as cidades de Aden e Sana.[13] Referências
Ver tambémLigações externas
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