Batalha de Mucala (2016)

Batalha de Mucala (2016)
Guerra Civil Iemenita (2015–presente)
Data 24 a 25 de abril de 2016 (1 dia)
Local Mucala, província de Hadramaute, Iêmen
Desfecho Vitória decisiva da Coalizão
Beligerantes
AQAP Iémen Exército do Iêmen (pró-Hadi)
Comandantes
Qasim al-Raymi
Khalid Batarfi
Mamoun Abdulhamid Hatem 
Sa’ad bin ‘Atef al Awlaki[1]
Mohammed Saleh al-Orabi[2]
Iémen Ahmad Bin Bourek (Governador da província de Hadramaute)[3]
Arábia Saudita brigadeiro-general Auni Al Qurni (Vice-comandante das Forças Especiais Sauditas no Iêmen)[4]
Emirados Árabes Unidos brigadeiro-general Musallam Al Rashidi (Comandante da Força dos EAU em Hadhramout)[4]
Forças
1.000+ combatentes[5] 2.000 soldados[6]
Baixas
89–91 mortos
30 feridos(por ataques aéreos)
100–800 mortos(ofensiva terrestre, reivindicações da coalizão)[7][8]
8-250 capturados
10 mortos (reivindicações da AQAP durante ofensiva terrestre)[9]
Total:
927-1171
27 mortos
60 feridos[10][11]
Total:
87
2 cidadãos sauditas executados pela AQAP
4 civis mortos por ataques de drones
8 civis mortos por ataques aéreos (reivindicações da AQAP)
Total:
14 civis mortos

A Segunda Batalha de Mucala refere-se a um confronto armado entre a Alcaida na Península Arábica (AQAP) e as forças pró-governo Hadi, da coalizão árabe e do Movimento do Sul. O objetivo da ofensiva da coalizão era desativar o recém-ressurgente Emirado da Alcaida no Iêmen, recapturando sua capital Mucala. A batalha conduziu a uma vitória da coalizão, na qual as forças pró-governo Hadi obtiveram o controle de Mucala e das zonas costeiras adjacentes.[12][13]

Antecedentes

Ver artigo principal: Batalha de Mucala (2015)

Mucala é a capital da província de Hadramaute e a quinta maior cidade do Iêmen. A cidade e a maior parte da província sulista ficaram sob controle da Alcaida durante uma ofensiva desta no começo de abril de 2015. O grupo islâmico acabou capturando Mucala, levando-os a estabelecer uma nova sede para o grupo e permitindo que a Alcaida roubasse mais de 200 milhões de dólares americanos do banco central de Mucala e libertasse mais de 300 combatentes da prisão provincial.[14] Após a conquista, os Estados Unidos realizaram muitos ataques aéreos contra o grupo matando um grande número deles.[5]

Batalha

Ofensiva terrestre

Em 24 de abril de 2016, soldados dos Emirados Árabes Unidos entraram em Mucala, apoiados por caças, matando cerca de 30 combatentes da AQAP. No mesmo dia, combatentes da Alcaida começaram a se retirar da cidade para outras partes da província de Hadramaute. Isso ocorreu após negociações com membros da tribo local e clérigos, supostamente para evitar danos a civis e a destruição da cidade pelos ataques contra combatentes da AQAP.[15] Em 25 de abril, as forças pró-governo Hadi e as forças dos Emirados Árabes Unidos haviam recapturado Mucala, juntamente com o restante das regiões costeiras da província de Hadramaute.[13] No mesmo dia, oficiais da coalizão afirmaram que mais de 800 combatentes da AQAP foram mortos nos combates, mas esse número foi contestado por jornalistas iemenitas que cobriram o evento, que afirmaram que o grupo recuou após negociações. No dia 26 de abril, Mucala e o restante dos vilarejos e cidades vizinhas foram liberados das forças da AQAP.[13][16][17][18]

Envolvimento dos Estados Unidos

Em 6 de maio, o capitão da marinha Jeff Davis, um porta-voz do Pentágono, confirmou que as forças estadunidenses foram posicionadas perto da cidade de Mucala e não revelaram o número de tropas.[19]

Resultado

Os Emirados Árabes Unidos estabeleceram uma base primária de operações contra a AQAP na cidade libertada.[20] A base de operações especiais permitiu que a CIA e o Joint Special Operations Command (JSOC) tivessem como alvo as células mais fortes da AQAP no Iêmen e permitiram uma cooperação reforçada entre os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos contra a AQAP.[20]

Referências

  1. Roggio, Bill (31 de março de 2016). «US strike on camp targeted local AQAP fighters, not external network, commander claims». FDD's Long War Journal 
  2. «Yemeni forces 'captured 250 Qaeda' after city retaken». Al Arabiya. 13 de Maio de 2016 
  3. Saeed Al Batati, Correspondent. «Governor of Hadramout arrives in liberated Al Mukalla». GulfNews 
  4. a b Mukalla’s liberation sends a warning to supporters of terrorism, says UAE commander - The National
  5. a b Al Qaeda emerges stronger and richer from Yemen war - Al Arabiya.
  6. «Yemeni forces seize main oil terminal from al Qaeda». Yahoo News 
  7. «Arab coalition kills 800 Qaeda fighters - Yemen government forces make gains - Kuwait Times». Kuwait Times 
  8. «Arab coalition enters AQAP stronghold in port city of Mukalla, Yemen». The Long War Journal 
  9. «Yemen govt forces seize Qaeda-held military camp». Al Arabiya. 30 de Abril de 2016 
  10. «Yemen: 27 soldiers killed, 60 wounded in Mukalla offensive against Al-Qaeda militants». The Indian Express. 27 de Abril de 2016 
  11. 27 Yemeni troops killed in Mukalla offensive - AL ARABIYA ENGLISH
  12. Agence France-Presse (25 de Abril de 2016). «Saudi coalition claims it killed 800 al-Qaeda fighters in Yemen». The Telegraph 
  13. a b c Saleh al-Batati in Aden, Yemen & Asa Fitch in Dubai (25 de Abril de 2016). «Yemeni Troops Retake al Qaeda-Controlled City». WSJ 
  14. Umberto Bacchi. «Yemen: Al-Qaeda frees 300 in al-Mukalla prison attack». International Business Times UK 
  15. «Times Of Oman :: Troops enter Al Qaeda-held Yemeni city of Mukalla». Times of Oman. 24 de Abril de 2016 
  16. «Yemeni Troops, Backed by United Arab Emirates, Take City From Al Qaeda». nytimes.com. 24 de Abril de 2016 
  17. 800 al-Qaeda fighters killed in Yemen offensive - alarabiya.net (25 de Abril de 2016)
  18. Yemeni govt troops retake key Qaeda-held city - alarabiya.net (24 de Abril de 2016)
  19. «US 'boots on the ground' now in Yemen - Pentagon». 6 de Maio de 2016 
  20. a b «Hunting AQAP in Yemen: Joint UAE-US Special Operations Base in Mukalla (IMINT)». T Intelligence