Eleições gerais no Reino Unido em 1983
As eleições gerais no Reino Unido em 1983 foram realizadas a 9 de junho para eleger os 650 assentos da Câmara dos Comuns do Reino Unido. O grande vencedor das eleições foi o Partido Conservador, liderado por Margaret Thatcher, que, não só manteve a maioria absoluta que detinha, como ampliou-a, conquistado 397 assentos, mais 58 em relação a 1979[1]. Apesar da forte impopularidade inicial com o programa económico seguido por Thatcher, culminando em forte recessão e a um recorde de mais de três milhões de britânicos desempregados[1], a vitória na Guerra das Malvinas deu uma enorme popularidade aos conservadores, culminando numa vitória esmagadora nestas eleições[1]. O Partido Trabalhista, liderado por Michael Foot, sofreu um resultado desastroso, perdendo mais de 60 parlamentares e caindo mais de 9% nos votos em relação a 1979[1]. Foot, próxima da ala mais radical dos trabalhistas, formou um programa eleitoral, que foi descrito como a "Carta mais longa de suicídio", pela imprensa britânica, e, muito contribuiu para a queda dos trabalhistas[2]. Importa referir que o radicalismo de Foot criou divisões profundas no partido, culminando na fundação do Partido Social-Democrata, formado por membros da ala moderada dos trabalhistas, como Roy Jenkins[1]. Os recém-formadas social-democratas rapidamente entraram numa aliança eleitoral com o Partido Liberal e, inicialmente, tiveram um sucesso enorme nas sondagens, com muitas a indicaram uma forte possibilidade de venceram estas eleições, mas, após a Guerra das Malvinas, a aliança caiu em intenção dos votos[1]. Nas eleições, a aliança entre liberais e social-democratas conseguiu mais de 25% dos votos, mas, por culpa do sistema eleitoral britânico, ficou-se com 23 parlamentares, um resultado frustrante, tendo em contas as enormes expectativas iniciais[1]. Após as eleições, Thatcher continuou a liderar o governo do Reino Unido[1]. Resultados oficiais
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