Para se chegar a esse resultado, entretanto, foi necessária a intervenção do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão que cassou a candidatura de Ricardo Murad em sentença confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral.[3] A questão surgiu ante o fato que ele é cunhado de Roseana Sarney e essa ligação impedia a candidatura de parentes da ex-governadora no pleito daquele ano dado o exercício, por parte da mesma, de dois mandatos consecutivos no Palácio dos Leões. Quando a briga chegou a Brasília o recurso foi desconsiderado pela falta de uma procuração autorizando o deputado federal José Antônio Almeida a figurar como advogado do PSB maranhense e assim os 114.640 votos dados ao partido foram anulados e a falta desse contingente encerrou a eleição em primeiro turno e mesmo o próprio Ricardo Murad aceitou a sentença.[4] Outro fato que influiu na disputa foi a decisão do deputado federal Roberto Rocha em renunciar à sua candidatura a governador pelo PSDB para apoiar a campanha de Jackson Lago e reforçar a oposição ao clã Sarney, estratégia derrubada pela cassação de Ricardo Murad.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão houve 2.109.296 votos nominais (81,81%), 102.178 votos em branco (3,96%) e 366.779 votos nulos (14,23%) totalizando o comparecimento de 2.578.253 eleitores.[2]
Segundo o banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão houve 294.301 votos em branco (5,71%) e 796.301 votos nulos (15,44%). Por serem duas as vagas em disputa[nota 3] não informaremos o comparecimento dos eleitores para evitar discrepância nos números.[2]
↑A posse dos governadores eleitos em 1990 no Amapá, Distrito Federal e Roraima aconteceu em 1º de janeiro de 1991 conforme o Art. 28 da Carta de 1988 que estabeleceu o primeiro dia do ano para a posse de todos os governadores eleitos a partir de 1994.
↑A reeleição surgiu na ordem jurídica brasileira via Emenda Constitucional nº 16 de 4 de junho de 1997 e que beneficiou os detentores de mandatos executivos obtidos a partir de 1994.
↑Embora o Art. 46 § 3º da Constituição de 1988 previsse também a eleição de dois suplentes, listaremos somente o primeiro, sem prejuízo quanto a informar eventual convocação do segundo.
↑Renunciou em 5 de janeiro de 2007 para assumir a presidência da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Porto de Itaqui) e em seu lugar assumiu Luís Rocha Filho.
↑Perdeu o mandato em 11 de agosto de 2005 após ser condenado num processo iniciado em 1999 sob a acusação de venda irregular de ações da Companhia Energética do Maranhão e em seu lugar assumiu Albérico Filho.
↑Foi nomeado secretário extraordinário de Assuntos Políticos de São Luís pelo prefeito Tadeu Palácio e em seu lugar foi convocado Eliseu Moura.