Haroldo Saboia
Haroldo Freitas Pires de Saboia, ou apenas Haroldo Saboia, (São Luís, 16 de junho de 1950) é um jornalista, advogado, economista , servidor público e político brasileiro, atualmente filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e outrora deputado federal pelo Maranhão.[1][2][3][4] Dados biográficosOrigem e formaçãoFilho de José Pires de Saboia Filho e Iracema Freitas Pires de Saboia. Aluno do ensino primário na capital maranhense, cursou o ensino médio em São João del-Rei e Brasília. Membro do movimento estudantil, ingressou no proscrito Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em 1968 e foi repórter no jornal O Estado de S. Paulo, mas a outorga do Ato Institucional Número Cinco o fez abandonar o curso de jornalismo na Universidade de Brasília no ano seguinte e em 1971 deixou o país rumo a Paris para não ser preso. Formado em Economia pela Universidade de Paris com mestrado na mesma instituição, deixou a França em 1977, quando voltou ao Brasil trabalhando no corpo técnico da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF).[1] Advogado formado pela Universidade de Brasília em 1997,[1] tem ainda o título de Master of Business Administration (MBA) em Políticas Públicas pela Fundação Getúlio Vargas em 2004. Carreira políticaEleito deputado estadual pelo MDB do Maranhão em 1978, participou da fundação do Comitê Brasileiro pela Anistia naquele estado e da criação do Movimento de Oposição pra Valer junto a Jackson Lago, Maria Aragão e Nascimento de Morais. Atuando em prol das greves e manifestações estudantis em São Luís,[5][6] migrou para o PMDB com a restauração do pluripartidarismo em 1980, reelegendo-se com a maior votação do estado em 1982.[3][7] Adversário do Clã Sarney,[8][9] conviveu com o mesmo quando José Sarney chegou interinamente à Presidência da República em 15 de março de 1985 e depois efetivado com a morte de Tancredo Neves. Ainda em 1985, foi candidato a prefeito de São Luís,[10][nota 1] num pleito vencido por Gardênia Gonçalves. Eleito deputado federal em 1986, integrou a Assembleia Nacional Constituinte responsável pela elaboração da Constituição de 1988.[11][12][13] Reeleito via PDT em 1990, votou a favor do impeachment de Fernando Collor em 1992.[14][15] Após migrar para o PT obteve outro mandato em 1994, mas foi efetivado somente em 1996.[nota 2] Nesse interregno o governador Cristóvão Buarque o nomeou diretor financeiro e depois presidente da Companhia Energética de Brasília.[3][2][1] Derrotado na eleição para senador em 1998, foi o único vereador petista eleito em São Luis no ano 2000, não disputando a reeleição. Mais uma vez derrotado ao candidatar-se a senador em 2002, migrou para o PPS no ano seguinte. Coordenador da campanha vitoriosa de Jackson Lago em 2006,[16][17] retornou ao PDT no ano seguinte, mas perdeu a eleição para vereador na capital maranhense em 2008.[3][18] Em 16 de abril de 2009, a Justiça Eleitoral cassou Jackson Lago empossando Roseana Sarney em seguida,[19] mas Saboia manteve o apoio a Jackson Lago na disputa pelo Palácio dos Leões em 2010, ano da reeleição de Roseana Sarney.[20][21][22] Suas atividades eleitorais mais recentes foram realizadas sob a legenda do PSOL: em 2012 foi candidato a prefeito da capital maranhense e em 2014 perdeu sua terceira eleição para senador.[23][24][25] Ascendentes políticosO acervo do Tribunal Superior Eleitoral informa: seu pai, o também advogado e jornalista Pires de Saboia, foi eleito deputado federal pela ARENA do Maranhão em 1966 e 1970.[26] Notas
Referências
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