Elden Ring
Elden Ring (エルデンリング Eruden Ringu?) é um jogo eletrônico de RPG de ação em terceira pessoa, desenvolvido pela FromSoftware e publicado pela Bandai Namco Entertainment. O jogo é um projeto colaborativo entre o diretor Hidetaka Miyazaki e o romancista de fantasia George R. R. Martin. Foi lançado em 25 de fevereiro de 2022 para Microsoft Windows, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S. Em Elden Ring os jogadores percorrem livremente pelo mundo aberto interativo, onde os elementos de jogabilidade incluem combate, com vários tipos de armas e feitiços mágicos, passeios a cavalo e crafting. O jogo eletrônico foi aclamado pela crítica, com elogios sendo direcionados à sua jogabilidade e ao projeto de mundo aberto. O jogo vendeu mais de 17,5 milhões de cópias ao redor do mundo até o fim de setembro de 2022.[1] Elden Ring ganhou o Golden Joystick Award como melhor jogo do ano em 2022 e o The Game Awards na mesma categoria também em 2022 (incluindo outros três prêmios). JogabilidadeElden Ring é um jogo eletrônico de RPG de ação, jogado de uma perspectiva em terceira pessoa e apresenta elementos semelhantes aos encontrados em seus antecessores, a série Souls, além de Bloodborne e Sekiro: Shadows Die Twice, com uma jogabilidade focada em combate e exploração. O diretor Hidetaka Miyazaki explicou que os jogadores começam em um ambiente linear, mas eventualmente progridem para explorar livremente as Terras Intermédias, incluindo suas seis áreas principais, bem como castelos, fortalezas e catacumbas espalhadas pelo vasto mapa de mundo aberto. Essas áreas principais são interconectadas através de um ponto central no qual os jogadores podem acessar mais tarde conforme progridem no jogo — semelhante ao Santuário do Enlace de Fogo de Dark Souls — e serão exploráveis usando a montaria do personagem como o principal meio de transporte, embora um sistema de viagem rápida seja uma opção disponível. Ao longo do jogo, os jogadores encontram personagens não-jogáveis (NPCs) e inimigos, incluindo os semideuses que governam cada área principal e servirão como os chefes principais do jogo.[2][3][4] O combate em Elden Ring depende muito de elementos de construção de personagens encontrados em títulos anteriores da série Souls e propriedades intelectuais relacionadas, como combate corpo a corpo calculado e de curto alcance com o uso de habilidades e magias, bem como mecânicas de bloqueio e esquiva. Elden Ring apresenta um combate montado e um sistema de furtividade, sendo este último um elemento central da jogabilidade de Sekiro; esses recursos fazem com que o jogador seja encorajado na estratégia de sua abordagem de combate com cada inimigo único que encontrar. O jogo faz uso de uma barra de resistência do personagem do jogador, depois de estar ausente em Sekiro, embora sua influência geral sobre o combate tenha sido reduzida em comparação com títulos anteriores que o utilizaram. Ao contrário de Sekiro, a mecânica de ressurreição após a morte no jogo não está disponível; no entanto, alguns elementos foram adicionados para garantir a progressão dos jogadores.[2][5] Miyazaki afirmou que a personalização em Elden Ring seria mais rica, pois os jogadores podem descobrir diferentes habilidades através da exploração do mapa, em vez de desbloquear árvores de habilidades como em Sekiro e diferir das habilidades de armas pré-fixadas dos jogos anteriores da FromSoftware. Essas habilidades são intercambiáveis com uma grande variedade de armas que, juntamente com equipamentos, habilidades mágicas e itens que os jogadores podem criar usando materiais encontrados no mundo, podem ser usados para personalizar o personagem do jogador.[3][5] O jogo também conta com uma mecânica de convocação, onde os jogadores podem convocar uma grande variedade de espíritos colecionáveis escondidos em todo o mapa do mundo do jogo, incluindo inimigos derrotados anteriormente, como aliados para ajudá-los na batalha. Semelhante à série Souls, o multijogador do jogo permite que outros jogadores sejam convocados para um modo cooperativo.[3][6] PremissaElden Ring ocorre no reino das Terras Intermédias, algum tempo após a destruição do Anel Prístino e a dispersão de seus fragmentos, as Grandes Runas. Uma vez agraciado pelo anel e o Erdtree que simboliza sua presença, o reino agora é governado pela descendência semideusa da Rainha Marika, a Eterna, cada um possuindo um fragmento do anel que os corrompe e os mancha com poder. Como um "Maculado" — um exilado das Terras Intermédias e que perdeu a graça do anel e convocado de volta após a Fragmentação — o jogador deve atravessar o reino para encontrar todas as Grandes Runas, restaurar o Anel Prístino e se tornar o Lorde Prístino.[2][7][8] DesenvolvimentoElden Ring foi desenvolvido pela FromSoftware e publicado pela Bandai Namco Entertainment. Foi anunciado na E3 2019 para Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One.[9] Nenhuma informação adicional foi revelada até que um trailer de junho de 2021 anunciou uma data de lançamento para 21 de janeiro de 2022, com lançamentos adicionais para PlayStation 5 e Xbox Series X/S.[10] Em outubro de 2021, foi anunciado que o jogo seria adiado para 25 de fevereiro de 2022.[11] Elden Ring foi dirigido por Hidetaka Miyazaki com a construção de mundo sendo realizada pelo romancista de fantasia George R. R. Martin, mais conhecido por sua série de romances A Song of Ice and Fire.[12] Um fã do trabalho de Martin, Miyazaki o contatou com uma oferta para trabalhar juntos em um projeto, dando-lhe a liberdade criativa para escrever a história abrangente do universo do jogo. Miyazaki usou suas contribuições como base para a narrativa do título, comparando o processo ao de usar um "manual do mestre de masmorras em um RPG de Mesa".[12][13] Alguns funcionários da série de televisão Game of Thrones, uma adaptação de A Game of Thrones de A Song of Ice and Fire, também ajudaram no desenvolvimento do jogo.[14] Tal como acontece com muitos dos jogos anteriores de Miyazaki, a história não é claramente explicada aos jogadores, pois a FromSoftware pretende que eles a interpretem por si mesmos através de flavor texts e diálogos opcionais com personagens não-jogáveis (NPCs).[13][15] Miyazaki esperava que as contribuições de Martin produzissem uma narrativa mais acessível do que os jogos anteriores do estúdio.[16] A produção começou no início de 2017 após o lançamento de The Ringed City, um conteúdo para download para Dark Souls III, e foi desenvolvido ao lado de Sekiro.[17] Tal como acontece com os jogos da série Souls, os jogadores possuem a capacidade de criar seu próprio personagem personalizado em vez de usar um protagonista fixo.[13] Miyazaki também considerou Elden Ring como uma "evolução [mais] natural" para a série Souls, apresentando um mundo aberto com novas mecânicas de jogo, como passeios a cavalo.[13][17] Ao contrário de muitos outros jogos de mundo aberto, Elden Ring não apresenta cidades povoadas com NPCs, com o mundo possuindo inúmeras ruínas semelhantes a masmorras em seu lugar.[13] Miyazaki citou o trabalho de Fumito Ueda em Shadow of the Colossus (2005) como uma influência que "o inspirou a criar" Elden Ring, ao mesmo tempo em que foi inspirado pelo "escopo e liberdade de jogo" de The Legend of Zelda: Breath of the Wild (2017).[18] A trilha sonora foi composta por Yuka Kitamura, que compôs para muitos dos jogos anteriores de Miyazaki.[19] Em Fevereiro de 2023 uma expansão chamada Shadow of the Erdtree foi anunciada.[20] Um trailer para a expansão foi lançado no dia 21 de Fevereiro de 2024, anunciando o lançamento para 21 de Junho de 2024.[21] Recepção
Elden Ring recebeu "aclamação universal" de acordo com o agregador de resenhas Metacritic.[32][34][33] O jogo está entre os mais bem avaliados de 2022.[35] Na Twitch, atraiu quase 900 000 espectadores em 24 horas após o seu lançamento, tornando-se a terceira maior estreia na Twitch de todos os tempos, depois de Lost Ark e Cyberpunk 2077.[36] A Eurogamer elogiou o level design do mundo, afirmando que "[o cenário] parece meticulosamente feito à mão; cantos escuros escondem segredos solitários e contos esquecidos ricamente tecidos na tapeçaria do próprio mundo, através da narrativa ambiental".[37] O The Guardian elogiou o senso de exploração presente no jogo, escrevendo: "[Há] um profundo sentimento de admiração e emoção sempre que você encontra uma boca de caverna em algum litoral afastado que leva a um labirinto de bugigangas".[38] A GamesRadar+ gostou das mudanças que Elden Ring fez na fórmula Soulslike: "Arcos e flechas não são mais ruins, o que foi uma boa surpresa, as atualizações de armas foram um pouco simplificadas... e há o poder de convocar NPCs úteis gastando mana.[39] A Destructoid sentiu que a história foi melhor contada do que nos jogos anteriores da franquia Souls: "Gostei do esforço de reunir mais conhecimento através de ruínas textuais, pois é muito mais fácil juntar as coisas que estão realmente no jogo, e não em uma entrevista ou numa wiki".[22] Enquanto criticava o mapa do jogo por não transmitir corretamente as mudanças de altura, a Ars Technica gostou do cavalo do jogador, Torrente: "Não só o Torrente torna as viagens de longas distâncias mais rápidas e menos tediosas do que simplesmente correr, mas a montaria também vem com um incrivelmente salto duplo satisfatório que adiciona alguns desafios de plataforma bem-vindos e exploração vertical".[40] A Polygon gostou de como o título deu aos jogadores mais opções de combate, mas ainda manteve um senso de desafio intacto: "O conjunto de ferramentas de Elden Ring para se tornar mais capaz contra probabilidades assustadoras é profundo e impressionantemente variado — mas não me tornou um deus".[41] A IGN elogiou a falta de marcadores de objetivos em Elden Ring, mas sentiu que o jogo deveria ter algum tipo de registro de missão ou diário para anotar os tópicos da trama: "Torna-se muito fácil esquecer certos tópicos da trama e acidentalmente deixá-los sem solução no final".[27] Enquanto apreciava os aspectos do mundo aberto, a Game Informer destacou o level design das masmorras: "As Masmorras Legadas são lendárias, muitas vezes conectando-se ao exterior a partir de vários pontos. Essas extensões com curadoria são um sonho para dissecar, e Elden Ring geralmente oferece diferentes maneiras de explorar essas áreas".[24] A PCGamesN sentiu que as melhorias na interface do usuário tornaram o jogo muito mais acessível: "Sua ficha de personagem é clara sobre quais são seus pontos fortes e fracos, as descrições dos itens não são desnecessariamente obscurecidas com trechos de conhecimento esotérico e instruções do tutorial explicam todas as mecânicas principais do jogo".[29] A versão de Windows do jogo foi criticada por possuir problemas de taxa de quadros, como "engasgos e lentidão bizarra", com a Digital Foundry descobrindo que o porte "possui problemas variados que afetarão todas as configurações de hardware em todas as predefinições de configurações gráficas". A Bandai Namco prometeu um patch futuro que resolveria esses problemas.[42] O lançamento na Steam recebeu críticas mistas no dia do lançamento devido a esses problemas, com 60% de críticas positivas.[43] VendasElden Ring vendeu 12 milhões de cópias em todo o mundo em 18 dias após seu lançamento, com um milhão apenas no Japão.[44] Ele vendeu 13,4 milhões de cópias em todo o mundo até o final de março de 2022,[45] e mais de 16,6 milhões de unidades até o final de julho de 2022.[46] A versão para Windows atraiu 734 000 jogadores simultâneos na Steam minutos após seu lançamento, superando Dark Souls III e Sekiro, e se tornando o maior lançamento da FromSoftware no serviço.[47] Ele liderou a tabela de vendas semanais da Steam após o lançamento, com várias edições do jogo ocupando quatro posições entre os cinco primeiros: os três primeiros lugares e o número cinco.[48] Em 7 de março de 2022, atingiu um pico de 953 000 jogadores simultâneos na Steam, classificando-o entre os mais altos da plataforma em sua história.[49] Foi o jogo de varejo mais vendido no Japão durante sua primeira semana de lançamento, com 278 507 unidades físicas vendidas naquela semana; a versão de PlayStation 4 ficou em primeiro lugar com 188 490 cópias vendidas, enquanto que a versão de PlayStation 5 ficou em segundo lugar com 90 017 cópias comercializadas.[50][51] Após sua primeira semana de lançamento, foi o segundo jogo mais vendido do mês em fevereiro de 2022, abaixo de Pokémon Legends: Arceus.[52] Nos Estados Unidos, Elden Ring estreou como o jogo mais vendido de fevereiro de 2022 e, de forma mais geral, o jogo mais vendido do início de 2022. Apesar de ter sido lançado na última semana de fevereiro, teve a segunda maior venda no mês de lançamento nos Estados Unidos de qualquer jogo lançado nos doze meses anteriores, perdendo apenas para Call of Duty: Vanguard em novembro de 2021. Suas fortes vendas na semana de lançamento impulsionaram Elden Ring a se tornar o quinto jogo mais vendido dos últimos doze meses.[53] No Reino Unido, Elden Ring estreou no topo do gráfico de vendas físicas, com vendas na semana de lançamento superando Dark Souls III, tornando-se o maior lançamento no Reino Unido para um jogo Soulslike e o terceiro maior lançamento físico do início de 2022, depois de Pokémon Legends: Arceus e Horizon Forbidden West.[54] Com as vendas digitais incluídas, Elden Ring teve o maior lançamento no Reino Unido no início de 2022, com vendas na semana de lançamento 2,5 vezes maiores que Horizon: Forbidden West na semana anterior. Elden Ring também teve o maior lançamento no Reino Unido fora das franquias FIFA e Call of Duty desde Red Dead Redemption 2 em 2018.[55] Após sua primeira semana de lançamento, Elden Ring liderou a parada mensal do Reino Unido em fevereiro de 2022, vendendo duas vezes mais que o segundo colocado Horizon Forbidden West naquele mês. Elden Ring tornou-se o IP estreante mais vendido no Reino Unido desde Tom Clancy's The Division em 2016.[56] Na Espanha, Elden Ring atingiu 60 500 cópias físicas vendidas durante sua semana de lançamento, tornando-se o maior lançamento de um jogo da FromSoftware na região.[57]
Prêmios e indicações
Referências
Ligações externas
|
Portal di Ensiklopedia Dunia