Dr. Luizinho

Luiz Antônio Teixeira Júnior
Dr. Luizinho
Luizinho em 2021
Secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro
Período 1° de janeiro de 2016
até 6 de abril de 2018
Governador Luiz Fernando Pezão
Antecessor(a) Felipe Peixoto
Sucessor(a) Sérgio D'Abreu Gama
Período 1 de janeiro de 2023
até 12 de setembro de 2023
Governador Cláudio Castro
Antecessor(a) Alexandre Chieppe
Sucessor(a) Cláudia Mello
Deputado federal pelo Rio de Janeiro
No cargo
Período 1° de fevereiro de 2019
até a atualidade
Secretário de Saúde de Nova Iguaçu
Período 1 de janeiro de 2013
até 1 de janeiro de 2016
Dados pessoais
Nome completo Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior
Nascimento 15 de dezembro de 1973 (45 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Progenitores Pai: Luiz Antônio Teixeira
Partido PP (2018-presente)
Profissão Médico e político

Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, mais conhecido como Doutor Luizinho (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1973) é um médico e político brasileiro filiado ao Progressistas (PP). Atualmente é deputado federal pelo Rio de Janeiro, onde por duas vezes foi secretário estadual de saúde.

Biografia

É médico ortopedista, especialista em traumatologia e esporte com MBA Executivo em Saúde pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead – UFRJ). Antes de entrar para a política, fundou sua primeira clínica particular aos 30 anos, foi vice-presidente e secretário geral do Cosems RJ entre 2013 e 2015 e membro do Conselho Brasileiro dos Executivos em Saúde (CBEXS). Em 2013, assumiu a secretaria municipal de saúde de Nova Iguaçu durante a gestão de Nelson Bornier, permanecendo até 2015. No final do mesmo ano, foi convidado pelo então governador Luiz Fernando Pezão a assumir a secretaria estadual de Saúde a partir do dia 1° de janeiro de 2016, onde permaneceu até o início de abril de 2018, quando deixa o cargo para se candidatar a deputado federal nas eleições de outubro do mesmo ano.[1]

Carreira política

Foi eleito para seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados com 103 745 votos, sendo o mais votado do Progressistas no estado e o décimo primeiro no geral.[2]

No Congresso, presidiu a Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, única que funcionou no parlamento durante o ano de 2020 e que foi fundamental para convencer o Governo Federal a aportar recursos na pesquisa da vacina de Oxford-AstraZeneca, permitindo à Fiocruz firmar acordo para produzir o imunizante.[carece de fontes?] Em 2021, Luizinho foi eleito presidente da Comissão de Seguridade Social e Família.

Em março de 2021, o deputado protocolou um projeto que dava desconto no Imposto de Renda a empresas e pessoas que contratarem leitos privados para uso do Sistema Único de Saúde (SUS).[3] Outro projeto seu, aprovado por votação simbólica na Câmara em abril, cria uma carteira digital de vacinação.[4]

Foi reeleito deputado federal nas eleições de 2022 com 190 071 votos, a quarta maior votação do estado.[5] No início de 2023, porém, se licenciou do mandato para reassumir a secretaria estadual de saúde do Rio de Janeiro, a convite do governador fluminense Cláudio Castro.[6] Deixou a pasta em 12 de setembro de 2023 para retornar à Câmara dos Deputados, assumindo a liderança do Progressistas na casa.[7]

O deputado chegou a ser considerado para o cargo de ministro da Saúde, numa possível substituição da ministra Nísia Trindade por uma indicação do Centrão.[8] Não foi a primeira vez que Dr. Luizinho foi considerando para o cargo; durante o governo Bolsonaro, ele também chegou a ser considerado como possível substituto do general Eduardo Pazuello.[9] Preterido, a não indicação acabou gerando maior tensão entre o Centrão e o presidente.[10][11]

Em outubro de 2024, descobriu-se que pacientes que receberam órgãos transplantados pelo SUS haviam sido contaminados com o vírus HIV, após exames feitos por um laboratório privado contratado pela Fundação Saúde.[12] O laboratório responsável tinha como sócios parentes de Luizinho (um primo e o marido da tia).[13][14] A irmã do deputado também trabalhava na Fundação Saúde e foi posteriormente exonerada.[15][16]

Em entrevista ao Globo, Dr. Luizinho questionou: "se um parente meu puxar uma arma e matar alguém, eu que sou o culpado?".[17] Segundo o jornal Metrópoles, o escândalo do laboratório acabou com a possibilidade de Luizinho suceder no cargo o presidente da Câmera, Arthur Lira, que não mais bancaria sua candidatura com o receio de novas investigações.[18] O Diário do Rio se questionou se essa foi a morte política de Dr. Luizinho, ressalvando, no entanto, que se o deputado souber administrar bem a repercussão do escândalo logo estará de volta.[19]

O deputado apresentou um projeto de lei (n.º 3327/2024) modificando o Código Brasileiro de Aeronáutica para tornar obrigatório apetrechos de segurança para situações anormais de voo, a exemplo de um paraquedas para a própria aeronave.[20] O projeto foi criticado por não possuir viabilidade técnica.[21]

Referências

  1. «Novo secretário de Saúde do Rio diz que fará 'mais com menos'». Política Livre. Consultado em 19 de maio de 2023 
  2. «Dr. Luizinho». Gazeta do Povo. Consultado em 19 de maio de 2023. Arquivado do original em 11 de abril de 2019 
  3. «Câmara aprova dedução no IR a empresas que contratarem leito privado para uso do SUS». Folha de S.Paulo. 24 de março de 2021. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  4. Danielle Brant (29 de abril de 2021). «Câmara aprova projeto que cria carteira digital de vacinação». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  5. «No RJ, Taliria Petrone, Pazuello e Doutor Luizinho lideram votação para Câmara dos Deputados». Folha de S.Paulo. 2 de outubro de 2022. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  6. «Cláudio Castro divulga nomes do novo secretariado de seu governo». G1. Consultado em 30 de dezembro de 2022 
  7. «Doutor Luizinho é a escolha de Lira para a liderança do PP». Valor Econômico. Consultado em 12 de setembro de 2023 
  8. Cláudio Humberto (14 de junho de 2024). «Centrão pode emplacar deputado Dr. Luizinho como ministro da Saúde». Diário do Poder. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  9. Matheus Teixeira (14 de março de 2021). «Se Pazuello sair, inquérito do STF sobre suas ações na pandemia deve ir para primeira instância». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de dezembro de 2024. O deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), que é conhecido como "Dr. Luizinho", também é lembrado e tem chance de ser escolhido por Bolsonaro. 
  10. «Centrão fala em dificultar pauta do governo na Câmara após revés em escolha de ministro da Saúde». Folha de S.Paulo. 16 de março de 2021. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  11. «Bolsonaro tenta ganhar tempo para não ceder ao centrão, que acumula desgastes com o presidente». Folha de S.Paulo. 27 de março de 2021. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  12. Marina Tokarnia (11 de outubro de 2024). «Infecção por HIV em transplantes é investigada no Rio». Agência Brasil. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  13. Mariana Tokarnia (11 de outubro de 2024). «Transplante com HIV: ex-secretário é parente de sócios de laboratório». Agência Brasil. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  14. «Laboratório investigado por testes positivos para HIV após transplantes é de primo do ex-secretário de Saúde Dr. Luizinho». G1. 11 de outubro de 2024. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  15. Rafael Soares (12 de outubro de 2024). «Irmã de Dr. Luizinho trabalha na Fundação Saúde, que contratou laboratório envolvido em contaminação de transplantados». O Globo. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  16. «Dr. Luzinho diz que irmã exonerada se tornou diretora de Fundação Saúde devido a 'currículo e capacidade'». Folha de S.Paulo. 22 de outubro de 2024. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  17. Thiago Prado (22 de outubro de 2024). «'Jogo político': 'Se um parente meu matar alguém, eu sou o culpado?', diz Dr. Luizinho sobre escândalo dos transplantes». O Globo. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  18. Milena Teixeira (20 de outubro de 2024). «Crise em laboratório do Rio faz Lira perder seu plano B». Metrópoles. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  19. Quintino Gomes Freire (31 de outubro de 2024). «Dr. Luizinho teve sua morte política? - Bastidores do Rio». Diário do Rio. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  20. Micael Rocha (5 de setembro de 2024). «Proposta de lei sugere uso de paraquedas para evitar acidentes aéreos». AERO Magazine. Consultado em 21 de dezembro de 2024 
  21. Carlos Ferreira (15 de dezembro de 2024). «Deputado apresenta projeto de Lei que exige paraquedas em aviões no Brasil». AEROIN - Notícias de Aviação. Consultado em 21 de dezembro de 2024. Apesar da boa intenção, o projeto não possui viabilidade técnica nos equipamentos atualmente utilizados pelas empresas aéreas mundo afora e muito se fala sobre o assunto globalmente. No caso dos paraquedas, o peso das aeronaves exigiria dispositivos imensos e inviáveis. 

Ligações externas