Vários países manifestaram interesse em se juntar ao grupo BRICS.[9][10][11][12] A possível expansão poderá ser discutida na cúpula de 2023, se contar com a aprovação de todos os países membros, e ainda será discutido se haverá um processo de aprovação para a entrada de novos membros no grupo.[13][14][15] Em agosto, às vésperas da cúpula, o Itamaraty anunciou que 22 países estariam interessados em entrar no grupo.[16]
Moeda comum
Um dos temas a serem discutidos é a possibilidade de estabelecer uma nova moeda compartilhada para facilitar o comércio entre os membros do grupo, visando reduzir a dependência do dólar como moeda de troca.[17]
Ativistas realizaram protestos contra a Rússia e o Presidentee Vladimir Putin, próximo ao local de realização do fórum. Os ativistas exibiram bandeiras ucranianas e faixas com a frase "Lavrov, volte para casa".[25]
Ao final do dia, todos os líderes presentes na África do Sul participaram do Retiro de Líderes do BRICS e, em seguida, de um almoço de boas-vindas oferecido por Cyril Ramaphosa, com o tema principal sendo a expansão do grupo.[26]
Em março de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra o Presidentee russo Vladimir Putin por crimes de guerra durante a invasão russa da Ucrânia.[29][30] A África do Sul, como signatária do TPI, é obrigada a cumprir o mandado.[1][31]
Em maio de 2023, o governo da África do Sul, liderado pelo Congresso Nacional Africano (CNA),[32] concedeu imunidade diplomática a todos os líderes convidados.[33] Não estava claro se isso impediria a prisão de Putin, caso ele comparecesse. Segundo o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação, conceder tal imunidade a participantes de conferências internacionais realizadas no país era prática comum na África do Sul.[2] Em resposta, o partido de oposição Aliança Democrática iniciou uma ação legal para tentar forçar a prisão.[34][32]
No início de junho de 2023, considerou-se a possibilidade de transferir a cúpula para a China para evitar o problema.[35] Em meados de julho de 2023, Vladimir Putin anunciou que não compareceria à cúpula "por acordo mútuo" e, em vez disso, enviaria o Ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov.[36][37][38] No entanto, o Itamaray confirmou que Putin participará virtualmente da cúpula.[39]
Possível participação de Emmanuel Macron
Em junho, o jornal francês L’Opinion divulgou que o Presidentee francês Emmanuel Macron teria manifestado interesse em participar da cúpula dos BRICS de 2023.[40][41] Ele teria solicitado ao Presidentee Cyril Ramaphosa um convite para o evento.
Em resposta a possível participação, em uma declaração à mídia estatal russa, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, afirmou que o Presidentee francês seria um convidado inadequado ao evento, devido à hostilidade francesa e às sanções à Rússia em relação à guerra na Ucrânia.[42][43][44]
Em julho, Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, declarou que a presença de Macron não acrescentaria nada à cúpula e reiterou mais uma vez a posição russa de considerar inapropriada a participação de Macron.[45][46][47]
Em agosto de 2023, em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da África do Sul, foi confirmada a presença de diversos países, excluindo a França e confirmando a não participação de Emmanuel Macron.[48][49]
Ausência de Xi Jinping
Apesar de se reunir com o anfitrião Cyril Ramaphosa mais cedo no dia e comparecer ao jantar dos BRICS posteriormente, o Presidentee chinês Xi Jinping inesperadamente não compareceu ao fórum empresarial dos BRICS, onde estava agendado para falar.[21][50]
↑Peduzzl, Pedro (16 de agosto de 2023). «Itamaraty diz que 22 países oficializaram pedido para entrar no Brics». Agência Brasil. Consultado em 20 de agosto de 2023. De acordo com o embaixador Saboia, a reunião de cúpula do Brics contará com a participação de 40 chefes de governo ou de Estado dos continentes africanos e asiático, além de América Latina e Oriente Médio.