Cortina de bambuCortina de Bambu foi a versão leste asiática da Cortina de Ferro. Marcou a divisão ao redor de Estados comunistas do leste da Ásia durante a Guerra Fria, especialmente da República Popular da China, mas excluindo a União Soviética. O termo foi aplicado com menos frequência para a fronteira entre o Norte e Sul da Coreia ou na fronteira flexível entre o comunismo e o Ocidente no Sudeste Asiático. Durante a Revolução Comunista Chinesa, a cortina serviu como um confinamento de classes, proibindo a entrada ou passagem para o exterior sem a permissão explícita. Muitos refugiados seriam bloqueados pelos capitalistas desta maneira. O termo "cortina de bambu" foi usado com menos frequência do que o termo "cortina de ferro" em parte porque este permaneceu relativamente estático por mais de 40 anos, enquanto o primeiro tinha seu posto constantemente alterado. O termo também foi uma descrição menos precisa da situação política na Ásia devido à falta de coesão dentro do bloco comunista do Leste asiático, que em última análise, resultou na Ruptura Sino-Soviética. Os governos comunistas da Mongólia, Vietname e posteriormente de Laos eram aliados da União Soviética, enquanto Camboja do regime de Pol Pot foi leal à China. Logo após a Guerra da Coreia, Coreia do Norte não jurou fidelidade nem a União Soviética, nem a China. As relações melhoraram entre a China e os Estados Unidos próximo ao final da guerra fria, o que tornou o termo mais ou menos obsoleto, exceto na península coreana e na divisão entre EUA e URSS do sudeste da Ásia. Em qualquer caso, historiadores como Toboso Sánchez Pilar observam que o termo continuou existindo na prática, até os anos setenta do século XX, quando os Estados Unidos acabaram com o embargo sobre as exportações chinesas e Richard Nixon fez uma visita oficial na China.[1] Atualmente, o termo é mais frequentemente usado para se referir às fronteiras fortemente vigiadas da Birmânia,[2] enquanto que DMZ é geralmente utilizada para a zona desmilitarizada que separa o Norte e o Sul da Coreia, quando utilizada em ponto de vista político. Ver também
Referências
|