Guerra Iemenita de 1979
A Guerra Iemenita de 1979 foi um conflito militar breve entre o Iêmen do Norte e o Iêmen do Sul.[1] A guerra se desenvolveu a partir de uma ruptura nas relações entre os dois países após os presidentes de ambos serem derrubados em golpes. A hostilidade da retórica das novas lideranças de ambos os países aumentou, levando a combates fronteiriços de pequena escala, o que, por sua vez se transformou em uma guerra completa explodido em fevereiro em 1979. O Iêmen do Norte apareceu a beira de uma derrota decisiva,[2] contudo isto foi impedido por uma mediação bem sucedida na forma do Acordo do Kuwait de 1979, que resultou em forças da Liga Árabe sendo implantadas para patrulhar a fronteira Norte-Sul. Um acordo para unir os dois países também foi assinado, embora não fosse implementado. [3] ConflitoO Iêmen do Sul foi acusado de estar fornecendo ajuda aos rebeldes no norte do país, através da Frente Democrática Nacional e cruzar a fronteira. [4] Em 28 de fevereiro, as forças Iêmen do Norte e do Iêmen do Sul começaram a disparar de um lado para o outro da fronteira. [3] As força do Iêmen do Norte, lideradas por alguns oficiais radicais do exército, cruzaram a fronteira do Iêmen do Sul e atacaram várias aldeias. [3] O Iêmen do Sul, com o apoio da União Soviética, Cuba e Alemanha Oriental, respondeu invadindo o norte. [3] O Iêmen do Sul também foi apoiado pela FDN,[5] que estava no meio de combates em sua própria rebelião contra o governo do Iêmen do Norte. Com a escalada da guerra, a Arábia Saudita e os Estados Unidos se apressaram para reforçar o armamento do governo do Iêmen do Norte. Citando a suposta agressão do Iêmen do Sul apoiado pelos soviéticos contra o Iêmen do Norte e a ameaça que poderia representar para a Arábia Saudita, aliado estadunidense; os Estados Unidos deram um grande passo para a assistência militar ao governo do Iêmen do Norte.[5] Como parte disto, os Estados Unidos forneceram 12 aviões F-5E ao Iêmen do Norte, a fim de fortalecer o governo. No entanto, não havia pilotos no Iêmen do Norte treinados em voar no F-5E, e como resultado, os Estados Unidos e a Arábia Saudita providenciaram 80 pilotos de Taiwan, além de equipes de solo e unidades de defesa anti-aéreas enviadas para o Iêmen do Norte. [6] A força-tarefa da Marinha dos Estados Unidos também foi enviada ao Mar da Arábia, em resposta à escalada de violência.[3] As forças do sul avançaram até a cidade de Taizz antes de se retirar. [7][8] ConsequênciasAcordo do Kuwait de 1979Em março, os líderes do Iêmen do Norte e do Sul se reuniram no Kuwait para uma cúpula de reconciliação, em parte, à forte insistência do Iraque.[2] As negociações foram mediadas pela Liga Árabe. No âmbito do Acordo do Kuwait, as duas partes reafirmaram o seu compromisso com o objetivo e o processo de unificação do Iêmen, tal como tinha sido explicitado no Acordo de Cairo de 1972. O acordo de unificação foi particularmente resultado da pressão do Iraque, Síria e Kuwait, todos os quais defendiam um mundo árabe unificado a fim de melhor responder às questões decorrentes dos Acordos de Camp David, a invasão soviética do Afeganistão e a Revolução Iraniana. O trabalho para um projeto de constituição para um Iêmen unido prosseguiu ao longo dos próximos dois anos, no entanto a maioria das tentativas de implementar o espírito e a letra do acordo foram colocados em espera até 1982, e o fim da rebelião da Frente Democrática Nacional apoiada pelo Iêmen do Sul. [9]
Referências
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