Cólica biliar
Cólica biliar é a ocorrência de dor quando uma pedra na vesícula biliar bloqueia temporariamente o ducto cístico.[1] Na maior parte dos casos a dor situa-se na parte superior direita do abdómen, podendo irradiar para o ombro.[2] A dor dura geralmente de uma a algumas horas.[1] É frequente manifestar-se depois de uma refeição farta ou durante a noite.[1] São também comuns ataques sucessivos.[3] A formação de cálculos biliares tem origem na precipitação de cristais que se agregam para formar pedras. Os cálculos mais comuns são constituídos por colesterol.[4] Entre outros possíveis constituintes estão cálcio, bilirrubina, pigmentos ou cálculos mistos.[4]Entre outras condições que produzem sintomas semelhantes estão a apendicite, úlcera péptica, pancreatite e a doença de refluxo gastroesofágico.[1] O tratamento dos ataques de cálculos biliares geralmente consiste na remoção cirúrgica da vesícula biliar.[1] Esta intervenção pode ser realizada tanto por via de uma pequena incisão minimamente invasiva, como por uma incisão maior.[1] A cirurgia aberta com uma incisão maior está associada a maior número de complicações do que as incisões pequenas.[5] A cirurgia é geralmente feita sob anestesia geral.[1] Nas pessoas em que não é possível a cirurgia, pode ser tentada medicação para dissolver os cálculos ou litotripsia.[1] À data de 2017, não era ainda claro se a cirurgia é indicada para todas as pessoas com cólica biliar.[5] Nos países desenvolvidos, os cálculos biliares estão presentes em 10 a 15% da população adulta.[3] A cada ano, as cólicas afetam 1–4% de todas as pessoas com cálculos biliares.[3] Em cerca de 30% das pessoas que sofrem um ataque ocorrem complicações relacionadas com os cálculos biliares no ano seguinte ao ataque.[3] Nos casos em que as cólicas biliares não são tratadas, cerca de 15% das pessoas desenvolvem inflamação da vesícula biliar.[3] Entre outras possíveis complicações estão a inflamação do pâncreas.[3] Referências
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